[PERFIL EM HIBERNAÇÃO]

Tomado pelo sono mortal da vida, Leon segue sendo seu próprio vestígio de ser. 
Aprecia cafés, amores, amizades, versos e um tanto de libertinagem nunca admitida.

Acredita e refuta a tudo; abomina presunção. 
Sonha com o nascer das palavras na morte da carne; tem pressa de chegar ao fim. 
Quando não pode, ama facilmente, e finge esquecer o que não quer ser dito. 

Tem um certo gosto pelos seus iguais, ou ao menos aquilo que dizem ser do mesmo; não se envergonha nem se arrepende. 

A ele os versos são tudo e a busca pela palavra é incessante e em perene estado de evolução insatisfeita. 

Aos 34 anos, tem o íntimo constrangimento de ser um homem infantil. A antítese de algo que deveras lhe orgulha. 

Virginiano, para os interessados.