“Viserra Targaryen sempre foi uma visão encantadora, dita por todos como a criança mais linda e respondona dos Sete Reinos. Como uma jovem linda e vaidosa, ela foi cortejada a vida inteira por grandes senhores, cavaleiros e meninos imaturos, o que a tornou ainda mais vaidosa. Na juventude, sua beleza floresceu, transformando-a no deleite do reino, a jovem que fazia homens virarem o pescoço para admirá-la e mulheres torcerem o nariz de inveja. Sua presença era eletrizante, um sopro de vitalidade na corte dos Targaryen, onde os sussurros de suas travessuras se espalhavam como fogo.
Aos treze anos, em um momento de pura audácia, Viserra desafiou seus admiradores com uma aposta atrevida: aquele que conseguisse manter a cabeça mais tempo dentro da boca de um dragão teria a honra de roubar-lhe o primeiro beijo. A proposta, tão encantadora quanto perigosa, inflamou os corações dos jovens cavaleiros que a cercavam, prontos para enfrentar qualquer risco por um vislumbre de seu favor. Porém, o desfecho não foi como a princesa imaginava. Os protetores de dragão, sempre atentos, rapidamente intervieram, delatando-a aos seus irmãos mais velhos, Aemon e Baelon. Não demorou muito para que o rei Jaehaerys ouvisse sobre a imprudência da filha. O castigo foi severo: dias trancada em seu quarto, afastada das aventuras que tanto amava.
Viserra, no entanto, era de espírito indomável. Nunca foi de acreditar em histórias pomposas ou sonhos grandiosos. Para ela, a vida era algo a ser vivido no presente, sem se prender ao que poderia ou não acontecer. Adorava se aventurar, rir, e, para o constante desespero de sua mãe, a rainha Alysanne, amava provocar, responder e questionar tudo ao seu redor, além da evidente ambição que existia na garota. Viver o agora era sua filosofia, uma escolha feita ao observar as perdas e tragédias que pareciam sempre rondar sua família.”