Raul Guedes escreve como quem observa o mundo por detrás de uma cortina entreaberta. Seu olhar é lento, atento, impiedoso. Suas palavras carregam o peso do que não se diz - e o prazer escondido no que se sussurra. Ele habita o espaço entre a poesia e o suor, entre a promessa do toque e o estrago que ele deixa.

Cada texto é uma entrega. Cada cena, um corte preciso na superfície das convenções. Raul escreve sobre corpos que se buscam, se desafiam, se invadem. Não há pudor, mas há respeito pelo que é real: o desejo nu, com fome e sem máscara.

Aqui o sexo não é enfeite - é centro, é víscera, é verdade.
É gemido contido, respiração presa, pele marcada.
É gente fodendo com a alma exposta.
E se você veio buscar segurança, Raul não é o lugar.
Mas se veio se perder... entra. Ele já tá te esperando.