Prévias Temáticas: Amizade

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“amizade é via de mão dupla”

Pág. 636.

Eles são protetores...

“Dan: Vem logo! Ai, vem! (pegou-a no colo, sem mais cerimonias, e a tirou da festa; soltou-a apenas quando chegou no jardim, onde a sentou ao seu lado e perto de um canteiro de flores): Mulher, ser danada é uma coisa, ser maluca é outra! Vai ficar se embebedando no meio de um bando de desconhecidos tarados? Já tá perdendo a noção.

Naty: Tô ficando zonza... (apoiou o rosto no ombro dele, entre muitas lamúrias; estágio dois do consumo alcoólico)

Dan: Toma, sempre trago um chocolate comigo nessas festas, come. (ofereceu-lhe a barra, demasiadamente prestativo. Ficou irônico, no entanto, ao sentir gotas geladas caírem aos poucos): Ai, ótimo, começou a chover! Vem, consegue ficar de pé?

Naty: Se eu consigo ficar de pé? Tô perfeita! Aqui, olha! (começou a dançar como o Carlton do seriado “Um maluco no pedaço”, em um regresso brusco ao estágio um)

Dan: Que isso? Bebida desinibe mesmo, "mó" doida! (gargalhou, impressionado com a oscilação comportamental que pairava sobre ela)

Naty: Se contar isso, é um homem morto! Ai, vou sentar, um minuto só, a dancinha deu tontura.

Dan: E você também é uma das pessoas de quem eu mais gosto daqui, me esqueci de dizer. (encarou-a com um sorriso diante do silêncio em que estavam, mas só conseguiu fazê-la exclamar um “ei” repentino com isto): Ei o quê?

Naty: Não tinha reparado que você tinha olhos tão bonitos! São misturados, que louco! Parece até que estão girando! Foda! Uh, duas bolinhas de gude meio mel, meio verdes, meio giratórias...

Dan: Eu, hein... Papo de bêbado mesmo, safadona! Estão girando, sim... Só se for em reprovação ao seu estado cabuloso.

Naty: Ah, deixa eu ver melhor! Tira o boné!

Dan: De jeito nenhum!

Naty: Tira, vai! Eu quero ver, não seja assim! Eu estou alcoolizada! Pobre de mim! Nossa, rimou! Que barato!

Dan: Não, sai, sai! Pobre de você se eu não tivesse te tirado de lá. Iria acordar é dolorida! Altos rodízios na sua “perseguida”. Pronto, também rimei. Que “mágico”, não?”

... Companheiros para todas as horas

“Dani: Ela é tão pequena... O que eu faço? (tocou a face derrotada na de Jackie, que estava aos berros e aninhada em seus braços)

Júlia: Você consegue, você é forte! (tentou passar confiança, injetando-lhe doses carregadas da tão necessária coragem)

Dani: Eu... eu... eu não sei o que fazer! Não consigo! (apertou a pequena contra si num lamento de impotência; ela era a única que, apesar da pouca idade, poderia, um dia, entender com precisão tudo pelo que ele passava)

Júlia: Cadê sua mãe?

Dani: Ela só fica no trabalho agora. (beijou a testa da irmã, balançando-a de forma delicada, na intenção de acalmá-la a ponto de fazer cessar o choro): Meu Deus, olha pra ela! Não sei o que fazer! Não sei nem cuidar da minha irmã, sou um fracasso! O que meu pai diria agora? Imagina o desgosto dele se visse que não consigo cuidar da nossa família! Por que ele se foi, Ju? Eu não sou bom o suficiente para substituí-lo, eu não consigo! (tentou conter os olhos marejados, mas sabia o que estava por vir inevitavelmente; as gotas salgadas já tomavam posse do seu rosto)

Sinfonia - Destino Trocado (vol. 1) COMPLETO!Onde histórias criam vida. Descubra agora