Quando começo a me mover eu ataco, ataco e ataco.
Sem início ou meio, apenas fim.
O sangue ao meu redor se acumula, o meu misturado ao deles e antes que eu possa pensar minhas pernas sedem...
- Quem é você? - Uma voz me pergunta, um corpo encolhido no chão quase desaparecendo nas sombras - O que é você? - Demoro segundos para reconhecer o cabelo e os olhos, e o sentimento contido neles.
Tomura me olha com medo e reverência.
E talvez seja o cansaço ou a dor, mas eu respondo - Um futuro esquecido, algo que foi e não vai mais ser - E rio, uma risada amarga... Antes que eu me de conta pontos pretos aparecem na minha visão e em meio a morte eu desmaio.
Quando volto a mim estou presa em uma cadeira no que parece ser um bar com caos e dor ao meu redor, ainda assim o silêncio permanece, mesmo que Kugou-san esteja do meu lado falando comigo, apenas o silêncio me cumprimenta e antes que outra coisa possa acontecer eu durmo.
Na terceira vez que eu acordo existem bips ao fundo, em um ritmo constante, antes de abrir os olhos eu sinto cheiro de casa, meus amigos... E antes que possa fazer alguma coisa escuto vozes.
- Você acha que o que estava nos cadernos era verdade? - Um homem pergunta - Aquilo era muito detalhado, detalhes que não se planejam, não há como saber onde ou como alguém vai se machucar com aquela precisão - A voz estava cheia de apreensão - Ela pode ser minha aluna, mas se isso for real.... Nem mesmo eu posso protegê-la da Comissão.
- Nós vamos conseguir, informações assim... Eles não vão arriscar estar errados e se aquilo for verdade ninguém pode obrigar ela a nada - Uma voz mais baixa e aguda diz.
- São verdadeiras - Uma voz rouca e áspera diz, eu digo.
Abro meus olhos e vejo Aizawa-sensei e Nedzu me observando. O primeiro caminha até mim e me oferece um copo com água que eu aceito.
- É real - Eu confirmo novamente, e talvez seja por que eu sou covarde, mas eu minto - Surgiu na minha cabeça, como lembranças quando minha peculiaridade veio, acho que pode ser uma parte dela que eu ainda não dominei... - Apreensão surge nos olhos deles, mas nada mais é falado para mim, então eu continuo. - Eu não sabia se era real, mudei tudo até chegar na U.A. e então as coisas começaram a acontecer igual, mas outras mudaram e eu não sabia o que estava certo e o que não estava, fiquei com medo e tentei me preparar para tudo.
- É compreensível que você tenha ficado em silêncio - Nedzu começa - Mas apesar das suas intenções você teria que passar por um interrogatório completo com alguém de nossa confiança - O dectetor de mentiras vivo - E então vamos ver como proseguir a partir desses resultados, o que você acha senhorita Sayo?
- Não pareço ter muita escolha senhor.
Eu passo o interrogatório, de alguma forma e sou liberada deles, Nedzu se despede afirmando ter que resolver alguns problemas sobre minha tutela, e eu entendo que ele quer garantir quem vai ficar de olho em mim e não questiono.
- Seus colegas querem ver você - Aizawa diz depois de ficar em silêncio por alguns minutos - Eles já estão nos dormitórios, se passaram 9 dias desde que você e Bakugou foram recuperados dos vilões, amanhã você vai para lá também já que os médicos liberaram você, recuperação milagrosa eles disseram... - Ele para como se não tivesse certeza do que fazer - Kurosaki você pode falar com alguém se precisar, o peso do mundo nas suas costas... Isso não foi justo.
A dor e pena no seu tom e eu entendo o que ele está oferecendo...
- Você é uma boa pessoa Sensei, se oferecendo para compartilhar o peso do mundo comigo.
Entrar nos dormitórios é estranho, a primeira casa de uma outra vida.... Quando eu coloco meus pés dentro do prédio Aizawa-sensei diz a mim.
- Não informamos ninguém que você recebeu alta nem nada do tipo, fica a seu critério, mas não recomendo que você diga tudo a eles... Essas informações são perigosas para todos os envolvidos. - Há pena e medo em seus tom, ainda assim ele se afasta depois de me instruir sobre como chegar ao meu quarto.
Então eu escuto vozes, ficando cada vez mais altas conforme eu me aproximo...
Isso são meus amigos conversando ou interrogando alguém?!
- Então você está me dizendo que a Sayo te chamou para sair? Como em um encontro? - Todo-san parece incrédulo.
- S-sim! - Amajiki?! - Ela m-me chamou! E-e-eu aceitei! E Isso não vai m-mudar. - A algo definitivo em seu tom que não me surpreende.
- Besteira! Você não consegue nem falar direito - Kugou-san?! Mas que por.. - Como você vai sair com ela assim?
KAMI-SAMA
- BEM! - Eu grito assim que entro na sala e tenho uma visão limpa dos meus amigos - Você devia ver como ele fica suado e cheio de adrenalina! - Eu digo e em segundos a sala entra em um pandemônio.
O primeiro a sair do estado desenfreado de vergonha que eu causei foi Ten-san... Ele corre em minha direção e antes que eu consiga processar está com os braços ao meu redor, me abraçando.
Sinto meu rosto molhado com as lágrimas que eu evitei derramar quando acordei e passo meus braços ao redor dele, logo outra pessoa se junta a nós e outra e outra. Quando nos separamos eu vejo Amajiki parado me observando e sorrio para ele, Ten-san segue meu olhar e o vê, então se vira para mim e diz
- O que exatamente você quis dizer com adrenalina e suor? - Eu relaxo quando o assunto não se volta para tudo o que aconteceu nós últimos dias e sei que todos ao meu redor percebem, apesar disso ninguém comenta nada.
- Nós treinamos juntos algumas vezes Ten-san - Eu digo no meu tom mais inocente, e pelo olhar de Todo-san e A-chan sei que não estou enganado absolutamente ninguém. - Você tem que sair desse tipo de mentalidade pervertida.
Risos ecoam baixinho e apesar de toda a dor e medo, eu sei que as coisas estão caminhando para um futuro melhor.
Olá amigos, aqui está um final Alternativo que alguns de vocês pediram!!! Devo anunciar que isso não vai para a frente e infelizmente esse é o fim da história, deixar ela em aberto é proposital para vocês imaginarem um futuro como quiserem (≧▽≦).
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My Hero Academy - Witch
FanficQuatro anos, é a idade com a qual as peculiaridades normalmente se manifestarão... Eu não fui excessão, só que com a manifestação da minha peculiaridade eu vi meu futuro através da minha perspectiva... Uma vida inteira que eu ainda não havia vívido...