O Crescimento

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Quando eu tinha 10 anos eu fiz uma prova e fui para uma escola melhor, lá me destaquei em inglês e matemática... Dessa forma eu comecei a ajudar alguns colegas na sexta feira em troca de alguns ienes por hora...

Na ginástica eu era imparável, descobri que tinha talento nisso e graças a ela meus músculos era bem firmes, não eram muitos nem poucos de forma que eu era firme e forte sem parecer exagerada... Nesse ano eu larguei a ginástica... Ela havia me proporcionado muita resistência, agilidade e flexibilidade, mas eu tinha que me concentrar na luta...

Então eu peguei boxe, no centro comunitário e larguei as artes marciais, assim minha nova rotina era segunda ser babá de uma criança de 4 a anos, terça boxe, quarta tutoria, quinta boxe, sexta trabalhar no mercado ajudando no estoque, enquanto isso eu sempre treinava meu controle e meditava para aumentar minha energia, sem contar com a corrida matinal.

Assim aos 11 eu tinha a energia de 41 e o controle além do da outra vida... Era hora de começar a praticar as outras habilidades, e uma descoberta muito útil foi feita....

Durante uma noite, minutos antes de dormir eu havia sentado e meditado então eu percebi que havia começado a ficar mais bem disposta... Eu percebi isso antes, mas achei que era pelo aumento repentino de energia.

Como o outro dia era sábado eu resolvi fazer um teste,passei a noite toda meditando e no outro dia quando meu despertador anunciou a hora de levantar eu percebi que tinha acumulado muita energia, bem mais do que seu eu dormisse e por um segundo achei que fosse explodir, mas então decidi tentar usar um dos meus experimentos da outra vida... Logo invoquei meu grimório e e o abri na sessão dos selos e tracei com a energia na minha testa um com três quadrados sobrepostos e concentrei toda ela naquele ponto mesclando com a criação de um novo bolso de armazenamento e logo surgiu...

Uma tatuagem preta na minha testa, com o desenho do selo eu percebi que era diferente dos meus bolsos normais... Era maior... Muito maior, nele havia quase tanta energia quanto havia no meu corpo e tinha espaço para mais...

Eu poderia armazenar energia, para que quando nas batalhas eu me sentisse cansada poder simplesmente abri-los e usar o poder armazenado alí...

Assim eu trabalhei para encher aquele selo... Colocando o despertador para me lembrar de comer e fazer minhas necessidades eu passei o fim de semana meditando e mandando energia para o bolso.

Metade dele foi cheio nesse tempo, e a energia presente nele era três vezes o que meu corpo produzia em uma noite, a questão era que eu produzia em a noite a quantidade de energia que meu eu da outra vida produzia como herói... Eu já poderia lutar por horas em um combate direto, então eu decidi que não ia mais dormir,mas sim meditar e o tempo que eu gastava meditando antes ia todo para o controle...

Assim aos 13 eu tinha 10 selos no meu corpo, o da testa,  na palma de cada mão em forma de retângulos pretos e cinco nas minhas costas começando a um palmo do fim da minha nuca, os outros dois na sola de cada pé.

Os das minhas mãos eram de armazenamento, estes tinham mais espaço que meus bolsos normais, assim eu decidi dispensar eles e substituí-los pelos das minhas mãos.

Meu controle era incrível ao ponto de eu conseguir sentir a energia de cada célula,  tinha toda a energia que 10 metrópoles podiam produzir em um mês a cada noite, assim mesmo que eu não meditasse a energia que eu produzia normalmente não fazia com que dormir fosse necessário.

Então durante minhas noites em claro eu traçava pequenas ilusões e até algumas grandes treinando meu controle e aperfeiçoando-o... Assim meu colegas do orfanato se tornaram cobaias dos meus experimentos inofensivos, eu os fazia ver coisas que não estavam ali, fazia os pensar que já tinham realizado algum movimento, os fazia sentir cheiros que não estavam lá, basicamente eu havia domado os sentidos deles...

Depois de aperfeiçoar isso eu decidi trabalhar em criar mais selos como localização e transporte... Este era um projeto do meu outro eu, que decidi continuar, mas agora paralelo a isso havia meu treinamento físico, eu tinha encontrado alguns meninos fazendo parkour em um parque perto do orfanato e pedi que me ensinassem... Depois de ajudá-los com o dever de casa provando que podia paga-los para me ensinar deixei de fazer as tutorias por dinheiro e comecei a praticar parkour.

Nesse período de trabalho eu já havia ganhado o suficiente para um computador e  celular, e agora que os tinha havia começado a pesquisar e procurar trabalhos a distância...

Minha nova escola era bem útil por sempre ter anúncios de emprego de meio período, mas estes nunca eram úteis para mim então eu sempre explicava minha situação de órfã que tinha que estudar por um futuro melhor e pedia para fazer bicos... Alguns lugares deixavam e por isso eu era grata.

Um dia eu comentei sobre isso com um dos meninos do parkour, Yuki-san...

- Maa, sempre procurando o que fazer Kuro-chan - Ele me lançou um sorrisinho atrevido por que sabia que eu me irritava quando era chamada assim - Meu irmão mais velho Tatsuo trabalha em uma editora, eles estão procurando alguém que fala inglês e você é muito boa nisso. Posso dar o endereço do escritório dele para você - Eu olhei para ele e sorri respondendo

- Arigato Yu-san - E dessa forma eu tinha um menino vermelho e mais quatro rindo igual hienas. Mas aquilo valeu a pena...

Como prometido Yu me enviou o endereço e segunda feira depois da escola eu estava na porta da editora. Acontece que era um lugar bem grande e famoso, mesmo assim eu entrei e fui recebida por um recepcionista.

- Boa tarde, como posso te ajudar? - Ele me olhou com um sorriso gentil no rosto

- Boa tarde, eu soube que estão contratando tradutores, e queria tentar a vaga - Ele olhou para mim gentilmente, e disse

- Você precisa preencher esse formulário e me entregar - Eu o peguei e escrevi tudo o que era pedido rapidamente, assim ele me disse para subir até o terceiro andar e dar para a mulher atrás do balcão, e foi o que eu fiz...

No meu caminho até lá fiquei pensando se havia sido uma boa escolha ir com o uniforme escolar até lá, mas descartei isso da minha mente rapidamente pois já estava quase diante da mulher com um crachá anunciando ela como Hara Chimizu.

Assim eu a saldei e expliquei a situação e ela me encaminhou para o escritório onde fui entrevistada.

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