AKAI ITO

☆Capítulo 4 ☆

•EDA YILDIZ•

        Eda só percebeu que sua mão havia encontrando o belo rosto do dito cujo, quando viu a marca dos seus cinco dedos estampados na face do mesmo, ela havia agido no modo automático, e não se arrependia do que tinha feito, nunca tinha escutado tamanha loucura. Ainda em choque pelo que ouviu, ela olhou em volta e ficou feliz por estar em um lugar mais reservado do restaurante, assim, as pessoas não conseguiram presenciar aquele momento único de UFC.

- Talvez eu me arrependa de perguntar ou possa estar me iludindo, mas por acaso esse tapa teria sido de imensa emoção pela pergunta que eu te fiz, na verdade, o que eu estou tentando de perguntar é se isso significa um sim, querida- perguntou Serkan de forma extremamente debochada.

- Sentiu a ardência do meu tapa na sua cara, babaca? Então, acho que funcionou como uma resposta- diz Eda entredentes.

- Ainda me encontro um pouco confuso, será que você poderia soletrar a sua resposta para mim, querida?

- Olha aqui, esse tapa foi o caralho de um aviso, com letras garrafais, mas acho que eu devo ter batido com muita força ou o seu cérebro que é minúsculo mesmo. Você quer que eu soletre? Então eu soletro: N-Ã-O- Eda diz pausadamente- Eu não me casaria com você nem que fosse a última coisa que eu tivesse que fazer na vida, melhor ainda, eu só me casaria com você se o inferno congelasse e nós dois sabemos que isso nunca vai acontecer, não é mesmo, querido?

- Mesmo que não interesse a senhorita não se importe isso com toda certeza não é do meu agrado também, eu estava apenas pensando no bem-estar e futuro da criança. Só ficaríamos casados até que o bebê completasse um ano- explica Serkan.

-O que você quer dizer com isso?

-A minha família paterna, incluindo meu próprio pai, vão tratar essa criança como um bastardo se nós dois não estivermos casados quando souberem da sua gravidez. Eles nunca vão aceitar verdadeiramente essa criança. Por isso a Selin quis fazer a inseminação, ela sabia que eu me obrigaria a casar com ela por causa do meu filho.

-Eu nem sei se vou ter essa criança. Isso, com absoluta certeza, não fazia parte dos meus planos.

- A escolha é sua, mas se você realmente for ter esse bebê, eu vou assumir a paternidade. Eu digo e repito: sou o pai dessa criança, quer você queira, quer não, mas saiba de uma coisa- disse Serkan suspirando- A Selin ainda vai me pagar por isso.

- Será que é possível odiar alguém sem nunca tê-la visto? Porque a cada minuto que passa eu tenho mais vontade de bater nessa mulher - ela soltou um suspiro e olhou em volta antes de voltar sua atenção para Serkan - Qual é a história dessa mulher ?

-Nos conhecemos desde crianças, as nossas famílias são muito próximas. Na adolescência ela começou a gostar de mim, mas eu estava focado em entrar na faculdade, com o tempo, começamos a namorar, mas estamos separados há oito meses.

-Aparentemente ela não superou - Eda deixou um sorrisinho irônico escapar, antes de mudar sua feição para pânico quando viu vários repórteres com câmeras vindo em sua direção - O que está acontecendo?

         Depois disso, as coisas aconteceram muito rápido, quando Eda se deu conta, ela já tinha saído pelos fundos do restaurante, sendo acompanhada por Serkan até o carro do mesmo. Seguiram a caminho da clínica, para que assim, ela pudesse pegar o seu carro. Eda encontrava-se atônita, a notícia da gravidez, do casamento e dos repórteres a atingiram em cheio, era muita coisa para ser assimilado, no entanto, enquanto ela permanecia em estado de choque, Serkan berrava a plenos pulmões com a pessoa do outro lado da ligação, que pelo que Eda pode captar, parecia uma voz feminina. Serkan finaliza a chamada e fala com uma das mãos em sua têmpora e outra no volante, seus olhos permaneciam na estrada.