Desespero A Mil

209 15 11
                                    

Emma ON

Eu andava corredor por corredor a procura do infeliz de Neal e Henry. Eu precisava salvar a vida do meu filho.

Pode parecer idiotice, mas só agora eu vi que fiz a maior merda da minha vida. Se eu não tivesse feito a merda de falar com os pais de Tamara, talvez Regina não tivesse tido um infarto e Henry não estaria vulnerável aquele filha da puta que infelizmente é seu pai.

Regina errou feio, mas eu errei muito mais em magoar o sentimentos do Henry e permitir que outras pessoas ficassem com o que eu mais amo no mundo.

Passo quarto por quarto, vendo os olhares desesperados dos pacientes sem entender o que estava acontecendo, e perguntando para os enfermeiros e residentes porque tinham tantos policiais no prédio.

Teddy: Encontrou? - Esbarro com Teddy no meio do caminho, pois assim como Addison, ela e os outros estavam procurando também.

Emma: No, eu estou ficando desesperada. - Digo trêmula pensando no que ele poderia fazer com meu filho.

Teddy: Addison está na ala da pediatra procurando e... - Ela pausa no meio da frase me fazendo ficar intrigada. - Regina saiu da cirurgia.

Emma: Como ela está? - Pergunto eufórica por saber que ela não tinha morrido.

Teddy: Ela está na UTI, e vai ficar lá pela próxima semana. Acho melhor ela não saber o que aconteceu por enquanto, pois o quadro está bem delicado.

Emma: Houve uma época que ela fez tudo de errado somente para me fazer feliz. Ela me deu aquele pequeno. Ela é uma das melhores mães que conheço. Eu tenho que encontrar Henry sem nenhum arranhão ou então não vai ser o infarto que vai mata-la, em si saber o que aconteceu ao pequeño príncipe dela. - Falo enquanto repasso em minha cabeça tudo o que tinha acontecido nos últimos dias.

Teddy: Vou procurar na recepção e você vai pelas escadas. - Eu concordo e saio na direção que ela falou e cada uma pega seu rumo. Vejo a porta onde ficavam as escadas e resolvo descer procurando de ala em ala.

Cada degrau é um aumento do meu desespero, e uma faísca da minha culpa que batia no peito. A cada sala aberta onde só havia pacientes em desespero querendo saber o que se passava abaixava mais a minha expectativa de achar meu filho, mesmo sabendo que ele estaria no prédio.

Vou pela porta das escadas novamente descendo para os andares inferiores, esperando encontra-los.

Ouço um barulho em uma das áreas que estavam em reforma no hospital. Começo a diminuir os passos para não fazer tanto ruído e abro a porta vendo de canto Neal segurando Henry com um bisturi em seu pescoço. Henry me avista na fresta da porta e eu faço um movimento para que ele não faça barulho e alertar Neal que eu estava ali.

Neal andava com Henry para um lado e para o outro como se pensasse no que fazer, pensando provavelmente no próximo passo. Eu abro a porta com cuidado e pego um extintor de incêndio que estava pendurado na parede e me aproximo aos poucos, chegando perto o suficiente para desferir um golpe em sua cabeça deixando-o desnorteado e pegando Henry em meus braços.

Um alarme começou a soar e todas as porta em nossa vilta se trancaram. Droga! Tinha esquecido que nesses casos os andares de baixo ao os últimos a serem trancados. Neal geme se levantando aos poucos com o bisturi na mão olhando para mim com fúria. Eu segurava Henry com toda força do mundo.

Neal: Entrega o pirralho! - Ele grita fazendo Henry se estremecer em meu corpo. - Entrega o pirralho Swan!

Emma: Você não vai encostar no meu filho! - Henry se agarra mais ao meu corpo procurando segurança em meus braços. - Porque está fazendo tudo isso?

Neal: Seu filho? Ate onde eu sei, ele tem meu sangue. Ele precisa morrer para eu poder receber minha herança do velho idiota que se diz meu pai. - Ele pronuncia todas aquelas palavras com orgulho, como se fosse uma salvação para o mundo. 

Emma: Fez isso por dinheiro? Ganancia? Matar sua namorada e agora matar uma criança por dinheiro? - Eu estava furiosa, nunca iria deixar ele encostar em Henry por qualquer motivo do mundo, quem dirá por um motivo fútil desses.

Neal: Tamara nem era para ter ficado embarazada. Aquela idiota queria me amarrar a ella pensando que un hijo mudaria nuestro relacionamento. Uma pena que ella entrou no meu caminho justo quando descobriu que eu iria matar o velho. - Arregalo os olhos com tal afirmação. Ele iria matar o próprio pai? - Como abre a porcaria dessas portas?

Emma: Você é um idiota, sequestrou un niño en un hospital. Ellos já acionaram o código e o prédio está cheio de policiais. - Digo vendo sua fúria aumentar mais ainda.

Neal: Vocês vem comigo. - Ele vem em minha direção colocando o bisturi no pescoço de Henry me fazendo estremecer com o que ele teria coragem de fazer. - Ou el chico se muere. - Ele tem um sorriso doentio no rosto me deixando com medo. - Me arruma fogo. 

Emma: Fogo? 

Neal: Se las puertas estan trancadas, talvez um incêndio resolva meu problema e mate vocês dois carbonizados só restando o pó de suas existências. - Ele pressiona mais o bisturi no pescoço de Henry e eu vejo um pequeno filete de sangue.

Emma: Ok! Não machuca meu filho. - Desço Henry de meus braços com dificuldade e o coloco em um canto do cômodo. - Lembra do que você chama a mamãe?

Henry: Salvadora. - Ele pronuncia com medo olhando para Neal com o bisturi na mão. - No mamãe! Salvadoras se machucam, fica comigo.

Emma: Não posso nesse pequeno. Nesse momento a mamãe precisa ser a salvadora. - Me levanto e pego um fluido inflamável no canto da sala e Neal tinha um isqueiro em mãos. - Toma. - Entrego o fluido que ele toma da minha mão e pegando um papel que havia no chão jogando um pouco do liquido e colocando fogo. Eu vou ate Henry que estava agachado no canto olhando tudo. - Preciso que feche los ojos. - Ele me olha desconfiado ao mesmo tempo que estava com medo. - Confia na mamãe filho. Fecha os olhos e tampa os ouvidos e pensa em um lugar bem bonito onde queira ir de viajem no próximo ano.

Eu iria fazer a maior loucura da minha vida, e não queria que meu filho visse o que eu iria fazer. Neal tentava chegar perto do alarme no teto enquanto a chamas aumentavam no pedaço de papel, fazendo com que algumas faíscas caíssem. 

Eu pego o fluido no chão e meu viro olhando para o homem e jogando o fluido em sua roupa, deixando-o ensopado com o liquido inflamável.

Neal: O que você fez sua puta! - Ele se vira, mas em câmera lenta vemos um pequeno pedaço de papel com fogo cair passando por nossos olhos e pegando na roupa de Neal que começa a entrar em chamas. Ele tenta a todo custo tirar a roupa, mas estava queimando muito rápido, ele literalmente estava em chamas gritando de dor.

Emma: Continue com os ojos fechados meu filho. - Digo pegando Henry nos braços e correndo em direção a porta das escadas subindo rapidamente antes que aquele andar explodisse por conta de tudo inflamável que havia naquela área, e ao fundo os gritos agonizantes de Neal podiam se escutados. Consigo subir dois lances de escadas ate ouvir uma explosão ensurdecer meus ouvidos me fazendo segurar Henry mais forte nos braços sentindo o impacto da explosão chegar ate nós, nos jogando para frente.

Mesmo desnorteada e não escutando nada a minha volta, eu me levanto com dificuldade segurando Henry e vou em direção a porta azul em minha frente.

Abro a porta e vejo Addison e Teddy no que parecia ser a recepção. Elas me olham e começam a falar algo que eu não escuto pois ainda estava desnorteada da explosão. Sinto elas puxarem Henry de meus braços o colocando em uma maca.

E logo em seguida tudo fica escuro e em um piscar de olhos não sinto mais nada a minha volta.

///////////

Essa referencia que eu coloquei de Grey's, só quem assistiu vai saber. Esperemos que Emma e Henry fiquem bem. Comentem ai o que acharam, porque só faltam três capítulos gente.

Parece que alguém ama a Emma não é meismo? E parece que alguém ama a Regina.

Beijos, e ate o próximo cap.

•A ELEGIDA•Onde histórias criam vida. Descubra agora