🎆 Réveillon Surpresa I 🎆

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A

pós aquela maravilhosa noite de natal com o meu amor, voltei a realidade. Eu e Omar entramos em um acordo. Ele passaria o réveillon com os meninos e logo em seguida eles viriam ficar comigo. Nós estávamos separados e só estávamos mantendo as aparências. Eu viveria a minha vida e ele a dele. Como eu sempre sonhei e desejei. José Eduardo decidiu viajar e me levou com ele. Esse ano seríamos só nós dois.

Deixei que ele resolvesse tudo. Foi o que ele me pediu e deixei. Só queria a companhia do meu menino e mais nada. Minhas irmãs não quiseram vim, preferiram ficar com a mamãe, que também não quis. Não entendi muito bem a mudança repentina, mas aceitei. Afinal todas insistiram para que eu viesse com ele. Foram algumas horas de viagem até que chegamos no lugar bem conhecido por mim. Estávamos em Guanajuato. Olhei para Edu e sorri.

Victoria: O que estamos fazendo aqui meu amor? - o olhava.

Eduardo: Ele me deu a chave da casa e me pediu para ficarmos aqui - lhe abracei pela cintura - então vamos aproveitar o nosso momento, só nós dois.

Victoria: Não acredito que ele fez isso - acariciei os braços dele - como? Quando? Edu eu pensei que iríamos para Acapulco.

Eduardo: Iríamos com as minhas tias e a vovó... mas... depois que eu conversei com ele, mudei de idéia - sorri e lhe beijei o rosto - não se preocupe, ele me falou que pediu para alguém deixar tudo pronto aqui... vamos tomar um banho e sair um pouco?

Victoria: Meu filho - sorri lhe olhando - não sei o que fazer com vocês dois... são piores do que eu imaginei - beijei o seu rosto - vem... vamos entrar... quero tomar um banho e passear um pouco na praia, você vem comigo?

Eduardo: Com ele eu não sei, mas comigo - sorri de lado - pode fazer o que desejar - beijei o seu rosto e segurei sua mão, entrando com ela na casa - vou tomar banho e te espero aqui na sala dona Eugênia - lhe provoquei - vai subindo que eu levo as suas coisas - mandei beijo para ela e sai.

Ri balançando a cabeça e subi as escadas. Se não fosse tão parecido fisicamente com o pai, poderia dizer que era filho do César. Conviveu tanto com ele, herdou todo seu humor negro e digo que o seu coração enorme e bondoso. Entrei em meu quarto e sorri vendo aquele lindo buquê de rosas sobre a nossa cama, junto com uma caixa dos meus deliciosos chocolates.

 Entrei em meu quarto e sorri vendo aquele lindo buquê de rosas sobre a nossa cama, junto com uma caixa dos meus deliciosos chocolates

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Victoria: Mas...- sorri indo até a cama e as peguei, cheirando - César... meu amor - fechei meus olhos inalando aquele delicioso cheiro que elas exalavam.

Peguei as coisas no carro e entrei em casa. Subi as escadas e logo entrei no quarto.

Eduardo: Hum... serviço completo - sorri - ele nunca me decepciona - falei rindo e sai.

Olhei para ele e ri. Levei o buquê para a cozinha e pedi para a pessoa que cuidava da casa colocar em um vaso e deixar em meu quarto. Lhe agradeci e fui para o meu quarto. Tomei um banho, me troquei e pouco tempo depois estava sentada na areia da praia com o meu filho.

Victoria: Filho - deitei a cabeça em seu peito - eu quero te agradecer por estar aqui comigo e principalmente por ter me trazido para cá... apesar de amar a sua avó e as suas tias, queria ficar reclusa - suspirei - esses últimos anos não estão sendo fáceis... estou sendo forte, mas quero desabar - fechei os meus olhos sentindo as suas carícias - eu amo os seus irmãos... a nossa família... mas sabe o quão complicado é sustentar uma farsa... ainda mais amando outra pessoa... se não fosse por você e pela Gaby, eu não sei como estaria - suspirei - amo o que faço... batalhei muito para chegar onde estou... mas ter todo esse holofote sobre a minha cabeça é pesado... eu trocaria tudo isso por viver ao lado dele... por ser apenas a Victoria, uma mulher simples... talvez dona de algum negócio... a esposa do César... a mãe dos seus filhos - sorri triste - ter a liberdade de viver o meu amor... de não temer que nos vejam... nada de mentiras... segredos... só nós dois e a nossa família.

Eduardo: Mãe - beijei os seus cabelos - não tem que me agradecer... é a minha mãe, a mulher que eu amo e sempre admirei... fiz e faço tudo para te ver feliz... apesar de sempre fingir, eu sabia que não amava o pai dos meus irmãos... sei que sempre amou o César e não entendia o porque casou com outro... sei que tudo é complicado e conforme fui crescendo, fui entendendo tudo e não te julgo... eu sei que ama estar com a nossa família, mas também sei que não está bem... assim como a vovó e a tia Gaby sabem... elas me pediram para cuidar da Sra e é o que estou fazendo... nem precisava disso, o faria de qualquer forma - ri - todos temos nossos momentos de queda, sempre me ensinou isso... mas se eu tirei algo desse momento, foi nunca desistir... a vida nos guarda muitas surpresas... se a Sra é quem é, tem um propósito bem maior por trás de tudo... as coisas estão mudando e vai chegar o momento de viverem livremente... só tenha paciência dona Eugênia e nunca desista desse amor... preparei uma noite bem especial e nada convencional para nós dois - sorri - se vamos entrar em um novo ano, que seja em grande estilo... só confie em mim... te prometo que não irá se arrepender disso - lhe sorri.

Victoria: Existem coisas que são impossíveis de explicar - suspirei - cometemos erros bruscos... erros que nos levam a pagar um preço gigantesco... mas para tudo se tem um jeito... foi um longo caminho até chegar aqui e tivemos que aprender com os nossos erros... eu te agradeço por não me julgar... a sociedade já trata de fazer isso - respirei pesado - você sempre cuidou de mim e nem imagina o quanto, meu bebê - beijei o seu rosto - eu só preciso de um tempo para me encontrar... não vou desistir dele... isso nunca mais... eu posso não entender o meu propósito aqui, mas o viverei conforme Deus decidir - sorri acariciando o seu rosto - olha lá o que vai me aprontar José Eduardo... é um homem, mas ainda pode levar uns tapas - falei séria e sorri.

Eduardo: É... cometemos erros e temos que pagar por eles dona Ruffo... jamais te julgaria... a Sra foi e é a melhor mãe que eu poderia ter nesse mundo... sei tudo que passou na vida... o que sofreu para me criar, para seguir adiante e sei que não é fácil... não tem que se preocupar com pessoas amargas e hipócritas... pessoas que julgam e cometem erros... que não sabem ao certo o que viveu durante todos esses anos... só tem que ser feliz... o resto deixe de lado... estou aqui para cuidar da Sra, assim como um dia cuidou e ainda cuida de mim - beijei sua testa - leve o tempo que necessitar para se encontrar... ele assim como eu, sempre estaremos aqui, te esperando... e não... eu não quero sentir o peso da sua mãozinha pesadinha - gargalhei - no final de tudo, me diga se mereço isso - pisquei para ela.

Victoria: Você sempre esteve ao meu lado e foi a única testemunha de tudo - suspirei - em fim, eu não quero relembrar, muito menos reviver nada disso... vamos adiantar o filme - ri - as pessoas são hipócritas sim... mas o que me preocupa mais são os seus irmãos... como estão reagindo a tudo isso... eu vou ser feliz, já estou sendo meu amor e não imagina o quanto - suspirei apaixonada - sempre meu bebê... sempre irei cuidar de você e te mimar muito... César me esperou uma vida, assim como eu lhe esperei... finalmente chegou o nosso momento e aos poucos vamos quebrando qualquer barreira - falei pensativa - está bem, terá um voto de confiança... vamos ver se vai ser positivo ou negativo - cai na gargalhada com ele.

Eduardo: Não se preocupe com eles... já são bastante grandinhos para saber lhe dar com um divórcio... eles tem uma vida a viver e estão vivendo... os meninos te amam, assim como amam o pai deles... isso não vai mudar... eles sabem disso... - lhe sorri - vamos passear mais um pouco ou quer descansar? Quero vê-la radiante essa noite dona Victoria.

Victoria: Huuum... o que está aprontando José Eduardo? - estreitei os meus olhos - quer saber? Eu vou para casa, quero descansar um pouco e me preparar espiritualmente para essa noite... algo me diz que coisa boa não vem.

Gargalhei e me levantei, lhe ajudando a levantar.

Eduardo: Espere e verá mamãe - lhe abracei pela cintura e voltamos para casa - vou deixá-la descansar e vou até a cidade, quero comprar umas coisas... prometo que vou me comportar.

Continua...

3 A.M - Pareja TekilaOnde histórias criam vida. Descubra agora