o acampamento

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- você falou que íamos acampar - Maya murmurou quando viu o hotel

- íamos mesmo, mas quando falei que queria vir Lucas disse que ia reservar uma das cabanas... Acho que é o modo dele de falar que está feliz por mim

- e por que não me falou? - mais estreitou o olhar

- queria fazer surpresa - o garoto sorriu - vem - ele desceu do carro e pegou as bolsas

- bom dia posso ajudar - a recepcionista perguntou

- o Lucas está? - Ravi perguntou

- sim... Quem deseja?

- fala pra ele que o Ravi chegou

- senhor Ravi - ela respondeu em reconhecimento - ele já deixou as chaves aqui - a moça pegou - o Carlos vai lhe acompanhar

- obrigado - Ravi olhou para Maya e os dois riram

- por aqui senhor - Carlos os guiou até a tenda

Maya olhou "a tenda" era uma cabana linda de dois andares, ela olhava para Ravi meio boba, parecia que eles tinham entrado em um sonho daqueles das histórias de conto de fadas, Carlos deixou as mochilas ali e saiu pedindo licença

- seu amigo e muito legal - Maya murmurou

- também acho - Ravi riu

Os dois subiram a escada em espiral e descobriram o quarto que não era grande, mas era tão bem dividido que se tornava aconchegante, Maya viu a banheira em um canto e a cama alinhada no meio do quarto, estava tudo arrumado

- acho que quero morar aqui pra sempre - Maya falou baixinho - e um lugar lindo

- mas nem se compara a você - Ravi abraçou Maya por trás e beijou seu pescoço

- acho que quero passar o dia todo aqui

- vamos fazer o que desejar - Ravi murmurou

- como você consegue? - Maya indagou

- o que?

- ser assim, perfeito, meu amigo e... Meu amigo de sexo - ela riu

- e um dom - Ravi brincou - vamos conhecer o lugar depois passamos o resto do dia aqui

- tá bom - Maya gostou da ideia

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- um... Dois... - Maya sentia os dedos de Ravi contando suas tatuagens - três.... Quatro... Cinco... Seis - ele beijou cada um delas - essa é minha favorita, Ravi passou os dedos na rosa que Maya tinha perto da virilha

 Seis - ele beijou cada um delas - essa é minha favorita, Ravi passou os dedos na rosa que Maya tinha perto da virilha

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- a minha é essa - Maya mostrou sua coruja

- como se sente? - ele mudou de assunto

- muito bem na verdade... - Maya sentou na cama - quando quer terminar sua entrevista?

- amanhã - agora quero ficar aqui só olhando a perfeição que é você - ele também sentou

- Ravi... - Maya ficava sem jeito quando ele a olhava assim

- você disse que podia falar o que eu quisesse

- pode... Mas eu fico sei lá - Maya suspirou

- sei lá? - ele foi para perto dela e beijou seu rosto - por que tem medo de dar nome ao que sente

- Ravi eu sei o que sinto, você é meu amigo e as vezes transamos - Maya falou - por que complicar?

- você é muito teimosa - Ravi levantou da cama e vestiu sua cueca e uma calça moletom - vou arrumar alguma coisa agora comer - ele saiu se esperar a resposta

- droga - Maya deitou na cama

Quando Ravi voltou para o quarto Maya estava dormindo, ele não queria ficar com raiva dela, mas toda vez que ele tentava falar sobre o que sentia ela o impedia, ele estava se cansando daquilo, de manter a relação deles em segredo como se fosse errado, ele gostava dela

- Maya trouxe comida - ele a chamou - ruivinha

- tô sem fome - ela falou baixinho

- vai ficar com raiva? - ele perguntou reclamando

- não - Maya virou pra olhar ele - por que quer tanto falar de sentimentos?

- por que isso é importante Maya... Mas não é sobre o sentimento - Ravi bufou - eu quero namorar... Sair e passear

- nós fazemos isso - ela murmurou

- quero te beijar na frente das pessoas e se alguém perguntar se somos namorados falar sim

- por que? - Maya não entendia, para ela era tão bom a relação deles

- por que é o que pessoas normais fazem Maya - Ravi falou com raiva - e isso não tem haver com sentimentos...

- tem tudo haver... Se você quer isso e por que sente algo

- você não quer saber sobre o que eu sinto - Ravi bufou

- então sente? - Maya o encarou

- sinto... - ele concordou - eu me apaixonei Maya

- não.... Somos amigos de sexo - ela falou triste - você falou que era isso... Falou que não ia mudar

- falei... Por que eu sabia desde o início que nunca quis ser só seu amigo, desde o primeiro dia.... Mas eu não vi isso

- Ravi por favor... Você vai estragar tudo - Maya queria chorar

- só vou se você não sentir o mesmo - ele murmurou

- eu... - Maya levantou da cama e se vestiu - você está estragando tudo

- você é covarde.... Tem medo de que alguém a ame... Mas não pode fugir para sempre - a voz de Ravi era baixa.e sofrida

- eu não.... amor? O amor só te machuca... Olha você... Amou tanto a Luna e ela... Morreu - Maya deixou uma lágrima cair - isso é injusto, as pessoas amarem tanto e do nada o outro morrer e você tem que tentar sobreviver a dor....

- e por medo vai fugir de amar? - Ravi acusou

- amor... Amor... Amor.... Isso e só um nome bobo pra um monte de hormônios

- Maya para - Ravi falou alto assustando a garota, ela o olhou magoada

- eu não te amo Ravi, não como você quer, você e meu amigo.... Eu não sou capaz de te dar mais do que isso

- sinto muito por isso - Ravi murmurou - mas não é suficiente - ele saiu novamente do quarto

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Pela manhã os dois voltaram para casa, todo o clima de romance havia se discipado, Maya se escolheu no banco enquanto Ravi dirigia, nenhum dos dois se importou em colocar a música para tocar, eles não conversaram durante toda a viagem, Maya sentia um desejo imenso de tocar Ravi e tentar resolver tudo, mas ela não sabia como fazer isso, ela não sabia se era capaz de sentir o que Ravi queria dela

- te vejo amanhã na faculdade - Ravi falou parando o carro em frente a casa de Maya

- te vejo lá - Maya desceu do carro pegou suas coisas - Ravi?

- oi Maya - ele a fitou

- sinto muito

- não mais do que eu - ele respondeu

A teoria de MayaOnde histórias criam vida. Descubra agora