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Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra. Uma vez me deparei
Com um artista de um reino
Pintava quadros e escrevia
Mas sempre com medoEra censurado, o achavam louco
Não tinha espaço
Corria sempre o risco de ter tudo
Jogado no raloJá foi internado, isolado
Apenas por pintar
Não tinha um minuto de paz
Naquele lugarSempre que pintava
Era capturado
Internado por um tempo
Era um pobre coitadoEra uma luta eterna
Para fazer sua arte
Parecia que do mundo
Ele nunca faria parteConversando, percebi
O quão disconexo ele estava
Não sabia seu lugar no mundo
Virando madrugadasEle disse que tinha uma ideia
Uma ideia genial
Seria em último caso
Caso fosse terminalNão entendi muita coisa
Tinha bebido muito vinho
Terminamos a conversa
Fui pra casa sorrindoNo outro dia escutei
Que foi pego de novo
O cara não desiste
Uma persistência de ouroQuando saiu da prisão
Quis botar o plano em prática
Tentei falar com ele
Mas não prestava atenção em nadaDevia estar muito focado
Eu estava curioso
Queria muito saber
Qual o plano grandiosoTalvez fosse melhor
Eu não querer saber
Cheguei na casa dele
Vi algo que fez eu me arrependerUm quadro melado
De uma tinta vermelha
Tinta que cheirava forte
E corre nas veiasSua pele servindo
De tecido para a tela
Não acredito que fez
Uma loucura dessasEntrei mais um pouco
Vi o que não devia
Coitado do pintor
Teve uma péssima vidaPendurado se encontrava
Pendurado ficou
Não vou me intrometer
Pois já era, o show acabouMe encontro na estrada
Fugindo dos fatos
Continuarei minha aventura
Indo pra qualquer ladoSem rumo de novo
Sem destino ou parada
O bardo, sozinho
Continua sua jornada

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Contos Contados
PoetryPequenos contos que apresentarei para vocês em forma de poemas. Façam ótimo proveito.