O minotauro

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Sentem-se todosEu vou narrarSobre um mintotauroPreso em seu lar

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Sentem-se todos
Eu vou narrar
Sobre um mintotauro
Preso em seu lar

Vivia dentro
De um labirinto
Aparentava
Estar sempre aflito

Não havia nascido
Não tinha um propósito
Vagava sozinho
Num ambiente inóspito

Não tinha destino
Vivia em angústia
Se você visse o chão
Sentiria repulsa

Corpos, morfo
Tudo sujo
Mas não tanto quanto a alma
De um ser que se sentia imundo

Ele vivia vagando
Perdido no tédio
Tinha nojo
De quem se achava esperto

Entra no labirinto
Se sentindo especial
Coitados mal sabem
Que esperam o mesmo final

No lugar deles, não iria
O minotauro acha lógico
Sofre se batendo sempre
Naquele ambiente claustrofóbico

O minotauro amaldiçoa
Sem nem saber a quem
No meio daquela tortura
Se sente um refém

Vida sofrida
Ambiente caótico
Me pergunto como deve estar
O seu psicológico

Quem faz isso deve ter
O espírito de mil porcos
Deixa um ser agonizando
Com apenas a companhia de corvos

Ver isso é injusto
Me aperta o coração
Pena que a bendita decisão
Não está em minhas mãos

Pobre criatura
Com destino nebuloso
Se o inferno fosse desenhado
Aquilo seria o esboço

Eu, como bardo que sou
Não posso fazer nada
Decidi ir embora
E seguir minha jornada

De tudo que já vi
Aquilo doeu muito
Está na minha lista
De piores lugares do mundo

O clima era pesado
Sem visão para o mundo de fora
Não aguentava mais estar perto
Ainda bem que fui embora

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