Capítulo 37- "Castigo"

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 POV Narradora

 Ao lado de fora do tribunal Thurgood Marsh, havia uma multidão sedenta por informações sobre a sentença dada ao caso Lenhardt. Marcela foi alvejada por flashes assim que colocou os pés para fora, recebendo atenção de todos os jornalistas e repórteres presentes.

 "O que vai acontecer agora que seu marido foi condenado? Você assumirá os negócios?"

 " Lenhardt, é verdade que seu casamento acabou? "

 " Seu marido a culpa pelo que aconteceu? "

 - Saiam todos! – Exclamou um dos seguranças. – A deixem passar!

 A loira foi conduzida entre o aglomerado de pessoas que disputavam pelo melhor ângulo. Queriam registrar cada detalhe do assunto que tomava conta dos telejornais Nova Iorquinos. Com certa dificuldade, a loira conseguiu se juntar a Mari, que seguiu caminho em direção ao rolls-royce estacionado mais à frente.

 " Sra. Lenhardt, você será a presidente da Lenhardt Enterprise? "

 - Ela não tem nada a declarar no momento, respeitem isso! – Mari retrucou com firmeza.

 Ambas as mulheres adentraram o carro luxuoso, deixando para fora a selvageria dos fotógrafos.

 - Céus! Está famosa, e eu não sabia?! – Exclamou ofegante.

 Marcela riu um tanto nervosa.

 - Famosa por ser mulher de um criminoso! Mas, enfim, vamos embora daqui. Pyong, por favor.

 O homem assentiu rapidamente e logo iniciou nosso trajeto para longe do tribunal.

 - Eu não consegui ver Gizelly depois que saí da sala. Estou preocupada.

 Mari, que encarava a paisagem ao lado de fora, apenas sorriu. A morena havia aceitado que a policial não era de todo mau na vida de Marcela, muito pelo contrário, já havia tido provas da fidelidade de Gizelly para com seus sentimentos em relação a loira e fazia muito gosto disso.

 - Sua policial foi na frente. Não quer que vejam vocês juntas, certo? – Mari sussurrou.

 - Não, ainda não. – Respondeu de forma pensativa.

 - O que houve? – Indagou a morena com um olhar curioso.

 - Não consigo acreditar que isso aconteceu mesmo. Você tem ideia?

 - Deu tudo certo, Ma. – Respondeu a mais nova, entrelaçando os dedos aos de Marcela. – Nós conseguimos.

 Depois de um trajeto tranquilo, ambas chegaram à mansão Lenhardt. Pyong estacionou em frente à entrada principal, adiantando-se para abrir a porta para as mulheres, que logo saíram do veículo.

 - Você está liberado pelo resto da semana, Pyong.

 - Mas, senhora... – Relutou o homem sem entender.

 - Aproveite! Todos estão de folga. Eu pretendo fazer uma viagem, então não vou precisar de funcionários aqui.

 O homem assentiu e sorriu brevemente.

 - Sinto muito pelo que aconteceu, senhora. Espero que fique tudo bem. – Disse ele em um tom gentil.

 - Não se preocupe, estou ótima.

 - Certo, com licença.

 Assim que o homem se afastou, Mari e Marcela seguiram para o interior da mansão. Aquela casa agora parecia grande demais, talvez fosse a ausência dos funcionários que circulavam por todos os lugares, ou até mesmo a de Daniel, que não voltaria mais ali.

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