Capítulo 43

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Enquanto Natanael e Sofia (Igor e eu decidimos que ela se chamaria assim), sugavam meu peito com toda a força que conseguiam, eu admirava seus rostinhos. Os olhinhos estavam fechados e as mãozinhas tão pequenas se moviam contra o meu seio.

Minhas amigas tinham razão, Natanael seria a cópia do pai. Tão forte quanto, pois ele era o que impunha mais força ao sugar o leite. E ele puxara não somente a força do pai, mas também os mesmos olhos azuis e a cor do cabelo. Quanto à Sofia, tinha as minhas fisionomias, cabelos pretos e olhinhos pretos.

Antes de o médico dizer que havia mais um bebê, eu já podia senti-lo dentro de mim, só não acreditava que fosse realmente um bebê. Eu estava muito ansiosa para conhecer o meu bebezinho, mas minutos depois de ele vir ao mundo, fiquei chocada ao saber que havia mais um dentro de mim. Não há palavras para descrever o que senti naquele momento, mas foi uma grande surpresa. Foi surreal, emocionante e lindo. Essa foi sem dúvida a melhor surpresa que já tive.

Segundo o médico, pode acontecer do bebê se "esconder" e não aparecer nos exames do ultrassom. É raro, mas pode acontecer. E aconteceu comigo! Isso significa amor em dose dupla, pois estou apaixonada pelos gêmeos – embora não idênticos.

Eu ainda amamentava meus pequenos brotinhos quando as primeiras visitas apareceram. Primeiro vieram minhas três melhores amigas, depois minha sogra e meus pais. Falar que ficaram surpresos ao verem que eram dois é pouco. Eles ficaram malucos e muito eufóricos. Minha bonequinha, a qual eu estava morrendo de saudade, se mostrou bastante curiosa com os irmãozinhos e acho que eles se dariam muito bem.

Mas o que mais me surpreendeu foi meu pai. Ele não parava de sorrir para os novos netos.

— Isso é que eu chamo de uma grande surpresa — ele diz.

— Acho que eu mesma ainda não acredito que sejam dois — sorrio. — Quer pegá-los?

— Ah, filha... tenho medo.

— Vem cá — o chamo para que se aproxime da cama. — É só segurar a cabecinha.

— Filha, eu acho melhor eu não...

— Deixa de ser medroso, pai. Anda, pega logo seus netos.

Com cuidado, ele toma em seus braços primeiro o pequeno Natanael. Ele apoia uma mão na cabecinha do neto e com a outra segura seu minúsculo corpinho. Vejo uma lágrima cair em seu rosto ao observá-lo com certa admiração.

— Como você é lindo. O vovô vai te ensinar muitas coisas, viu? Vai aprender a soltar pipa e jogar pião. Prometo que vai ser muito mais divertido do que ficar mexendo em redes sociais — ele dá um beijo no rostinho dele e me entrega de novo com o maior cuidado do mundo, e depois pega Sofia, admirando-a da mesma maneira. — Você é a cara da sua mãe. Eu também vou te ensinar todas as brincadeiras legais e prometo que você será muito mimada pelo vovô — ele sorri e a beija. Fico feliz e comovida em ver que o interesse pelos netos é verdadeiro. Ele me entrega a bebezinha.

Apartamento 305 (Série Apartamento - Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora