17

594 88 62
                                    

Heyoon estava surpresa. Primeiro, como Sina sabia sua localização? Segundo, o que ela queria com Heyoon? Terceiro, Heyoon deveria se preocupar com o fato da mulher que a tocou de maneira nada apropriada estar na sua casa? Porque se não deveria, ela já estava.

— Eu vou perguntar de novo, vai que você é surda. O que você tá fazendo aqui, Sina Jauregui?

— Eu juro que o destino me odeia...ou você.-ela ri fraco—Eu não vim atrás de você. Minha irmã queria entregar uma encomenda para uma menina que ela um tempo atrás...que eu vou deduzir que não foi você, e sim alguém que mora com você. Então, entregue isso para ela, por favor?-pede, entregando uma caixa para a mulher em sua frente. Heyoon tinha a porta entreaberta, com o corpo colocado na fresta e o braço estendido, pegando a encomenda.

— Tudo bem. Obrigada. Passar bem.

— Espera espera espera.-pede, antes que Heyoon se afastasse—Eu queria falar com você sobre o que eu fiz naquele dia.-a coreana revira os olhos, fazendo que vai fechar a porta outra vez—Eu errei em ter forçado alguma coisa com você.-fala o óbvio. Heyoon fez a cara mais fechada que ela conseguiu e cruzou os braços, nem acreditando no que estava ouvindo. Sina respirou fundo, voltando a falar, olhando Heyoon—Pode me bater se quiser, não estamos no trabalho.

— Eu não te bato não é por falta de vontade ou por ser meu trabalho, e sim porque acredito que violência não é a resposta, nem para pessoas que assediam os outros, como você.-cospe as palavras.

— Heyoon...

— Sina. Me poupe... não posso te bater, mas posso bater a porta na sua cara, e irei fazer isso, então, licença.-avisa, se afastando da porta, quase a fechando. A Jauregui colocou a mão entre o meio da porta, a mantendo a aberta, enquanto Heyoon bufava

— Espera. Por favor.-pede mais uma vez—Eu nunca fiz um pedido de desculpas antes.-confessa, fazendo Heyoon se surpreender. Ela não sabia o que era pior; Sina estava pedindo desculpas para ela pela primeira vez, ou Sina nunca ter feito um pedido de desculpas, e ter escolhido logo essa situação para de redimir.—Eu me deixei subir a cabeça, minha mãe está certa, eu sou muito egoísta e focada em mim. Eu já entendi que não vai ter nada comigo. Eu só não quero que tenha medo de mim, eu não machucaria...-estende a mão para tocar em Heyoon, mas ela se afastou antes que a palma dela pudesse tocar o corpo da coreana

— Peça rendição sem me tocar.-ordena

— Tudo bem. Eu não quero que tenha medo de mim...eu não vou fazer nada que você não queira. Eu realmente sinto muito pelo que eu fiz naquela noite.-fala mais uma vez, enquanto Heyoon apenas escuta, mordendo os lábios

— Você realmente tinha alguma coisa para entregar, ou você criou essa história?-pergunta, fazendo Sina rir, negando com a cabeça. Hannah se enfiou no meio das pernas da mãe, puxando a roupa dela

— Eu quero conversar...vi um bicho e estou com medo, não quero ter medo, mim fala por favor, porque medo existe.-murmurra de jeito eufórico, errando o português enquanto Heyoon pegava ela no colo

— Que bicho você viu?

— Tinha asas. Acho que era uma...oh, oi!-fala para Sina, sorrindo enquanto abraça o pescoço da mãe, com vergonha

— Olá.-sorri largo—Sua irmã?-pergunta pra Heyoon, que novamente engole em seco

— Irmã?-Hannah interpretou que a pergunta era pra ela—Eu quero um irmãozinho, um menino, pra jogar bola como papais fazem!-exclama, levantando os braços para cima, fazendo um bico

— Hum...querida, vá buscar o papel para fazer mais desenhos. O que acha hum?

— Eu posso desenhar meu irmãozinho e ter ele?-questiona, abraçando as pernas da mãe

The beautiful nanny of my brother Onde histórias criam vida. Descubra agora