Heyoon estava surpresa. Primeiro, como Sina sabia sua localização? Segundo, o que ela queria com Heyoon? Terceiro, Heyoon deveria se preocupar com o fato da mulher que a tocou de maneira nada apropriada estar na sua casa? Porque se não deveria, ela já estava.
— Eu vou perguntar de novo, vai que você é surda. O que você tá fazendo aqui, Sina Jauregui?
— Eu juro que o destino me odeia...ou você.-ela ri fraco—Eu não vim atrás de você. Minha irmã queria entregar uma encomenda para uma menina que ela um tempo atrás...que eu vou deduzir que não foi você, e sim alguém que mora com você. Então, entregue isso para ela, por favor?-pede, entregando uma caixa para a mulher em sua frente. Heyoon tinha a porta entreaberta, com o corpo colocado na fresta e o braço estendido, pegando a encomenda.
— Tudo bem. Obrigada. Passar bem.
— Espera espera espera.-pede, antes que Heyoon se afastasse—Eu queria falar com você sobre o que eu fiz naquele dia.-a coreana revira os olhos, fazendo que vai fechar a porta outra vez—Eu errei em ter forçado alguma coisa com você.-fala o óbvio. Heyoon fez a cara mais fechada que ela conseguiu e cruzou os braços, nem acreditando no que estava ouvindo. Sina respirou fundo, voltando a falar, olhando Heyoon—Pode me bater se quiser, não estamos no trabalho.
— Eu não te bato não é por falta de vontade ou por ser meu trabalho, e sim porque acredito que violência não é a resposta, nem para pessoas que assediam os outros, como você.-cospe as palavras.
— Heyoon...
— Sina. Me poupe... não posso te bater, mas posso bater a porta na sua cara, e irei fazer isso, então, licença.-avisa, se afastando da porta, quase a fechando. A Jauregui colocou a mão entre o meio da porta, a mantendo a aberta, enquanto Heyoon bufava
— Espera. Por favor.-pede mais uma vez—Eu nunca fiz um pedido de desculpas antes.-confessa, fazendo Heyoon se surpreender. Ela não sabia o que era pior; Sina estava pedindo desculpas para ela pela primeira vez, ou Sina nunca ter feito um pedido de desculpas, e ter escolhido logo essa situação para de redimir.—Eu me deixei subir a cabeça, minha mãe está certa, eu sou muito egoísta e focada em mim. Eu já entendi que não vai ter nada comigo. Eu só não quero que tenha medo de mim, eu não machucaria...-estende a mão para tocar em Heyoon, mas ela se afastou antes que a palma dela pudesse tocar o corpo da coreana
— Peça rendição sem me tocar.-ordena
— Tudo bem. Eu não quero que tenha medo de mim...eu não vou fazer nada que você não queira. Eu realmente sinto muito pelo que eu fiz naquela noite.-fala mais uma vez, enquanto Heyoon apenas escuta, mordendo os lábios
— Você realmente tinha alguma coisa para entregar, ou você criou essa história?-pergunta, fazendo Sina rir, negando com a cabeça. Hannah se enfiou no meio das pernas da mãe, puxando a roupa dela
— Eu quero conversar...vi um bicho e estou com medo, não quero ter medo, mim fala por favor, porque medo existe.-murmurra de jeito eufórico, errando o português enquanto Heyoon pegava ela no colo
— Que bicho você viu?
— Tinha asas. Acho que era uma...oh, oi!-fala para Sina, sorrindo enquanto abraça o pescoço da mãe, com vergonha
— Olá.-sorri largo—Sua irmã?-pergunta pra Heyoon, que novamente engole em seco
— Irmã?-Hannah interpretou que a pergunta era pra ela—Eu quero um irmãozinho, um menino, pra jogar bola como papais fazem!-exclama, levantando os braços para cima, fazendo um bico
— Hum...querida, vá buscar o papel para fazer mais desenhos. O que acha hum?
— Eu posso desenhar meu irmãozinho e ter ele?-questiona, abraçando as pernas da mãe
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The beautiful nanny of my brother
DiversosSina Jauregui, uma mulher irresponsável muito conhecida em sua cidade. Em grande parte por suas mães, que são incrivelmente reconhecidas na cidade, em outra pelas coisas ruins que ela fazia. Sina não era nada conservada, nada do que suas mães espera...