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Joalin estava boquiaberta fazia mais ou menos meia hora. Sina respirava com dificuldade, andando pelo quarto com seus dedos grudados um ao outro. Ela não sabia se tinha feito a coisa certa, nem com a pessoa certa. Sejamos sinceros, seria melhor se ela tivesse dito para Camila, ou Josh, até mesmo Lauren era melhor do que Joalin. A mulher de cabelos loiros e olhos verdes tinha pensado que Joalin talvez fosse arranjar um jeito de fazer uma piada com a situação — mesmo que pareça uma idéia impossível, Joalin consegue fazer piada com tudo — ou que ela fosse falar algo pouco sensato, mas logo depois iria estragar tudo, ou questionar porque Sina estava falando isso para ela. Pelo contrário, sua irmã mais nova ficou calada por tanto tempo que a ansiedade queimava no peito da primogênita, a fazendo querer gritar.

— E então?

— Calma...e então? Quer que eu diga o que? — sua garganta se movimentou involuntariamente, engolindo em seco — Porra, eu tenho dezessete, o que quer que eu te diga?!

— Cacete, eu não sei.

Joalin levou suas mãos ao cabelo, se sentando na cama com os joelhos dobrados. Ela respirou profundamente, juntando seus fios de cabelo atrás da cabeça com as mãos, puxando-os para baixo.

— Você tá... chorando?

— Me dá um desconto tá, eu tô com os hormônios explodindo e você me vem com essa história super emocionante. — mordeu o lábio, suspirando pesadamente — Cacete, se eu soubesse não teria feito as piadas sobre ela ser muito atraente. — negou com a cabeça, se sentindo culpada — Acha que o Josh sabe? — perguntou aleatoriamente — Tipo, ele sempre disse pra você ficar longe dela, e, sei lá, ele sempre foi muito protetor com ela.

— Acho que nosso irmão só tava tentando não ser um escroto, enquanto a gente praticamente não conseguia evitar isso. — respondeu com honestidade, apoiando sua cabeça na madeira da cama de Joalin

— Tá... então...acha que o Vincent que me deu o número dele é o mesmo Vincent que... aí, eu não consigo falar isso. Meu Deus, que horrível. Coitada! Meu Deus, eu quero dar um abraço nela.

— Não. — negou assim que sua frase terminou — Não, nem pensar

— Agora não é hora pra ciúmes, Sina

— Não sua tapada! Ela não quer sua pena. Ela não quer ser uma coitada. Nem seu abraço. — soltou os ombros, suspirando — Ela não é uma coitada, mas é assim que vão ver ela quando ficarem sabendo...se ficarem sabendo

— Como assim se? Porra! Dois anos escondendo isso é muita coisa, ela tem que denunciar esse cara! O certo seria levar ela pra Miami... — Sina interrompeu a irmã antes que sua frase terminasse

— Não, Joalin, você não tá entendendo, ela tem pavor daquele lugar, ela não conseguia nem respirar enquanto pisava lá. Não posso fazer isso com ela

— Você que não parece estar pensando direito, cacete, é claro que ela não gosta de lá, pelo que você me disse, ela não sofreu só quando ele drogou ela, ela era praticamente uma criança e ninguém cuidou dela. Aquela cidade a quebrou, ela não quer estar lá, mas isso não significa que ele tenha que sair impune, imagine, se ele fez isso uma vez, acha mesmo que foi a única? — perguntou, soltando sua bolsa morna em cima da cama, Sina mordeu o lábio inferior, fechando os olhos. Ela gostaria que tudo ficasse normal, mas não era o tipo de situação que dava de ser evitada — Meu Deus! Sina, se esse homem for o amigo do Bruno e ele tentar fazer alguma coisa com a Sabina? Meu Deus! Ele flertou comigo, que nojo! — a repulsa era visível em sua voz

— Calma, eu te contei para tentar ficar menos paranóica, não mais. Ele não tem nada da filha da Heyoon, mas ela disse que a menina não parece com ele, então não quer dizer nada.

The beautiful nanny of my brother Onde histórias criam vida. Descubra agora