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Me perdoa, Altíssimo, se não há em mim As palavras elevadas para alcançá-Lo Garimpo um vocabulário sublime Que reflita a grandeza que Lhe é devida

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Me perdoa, Altíssimo, se não há em mim 
As palavras elevadas para alcançá-Lo 
Garimpo um vocabulário sublime 
Que reflita a grandeza que Lhe é devida...

Palavras são débies diante da Tua magnitude
E eu, pobre poeta torpe e sem virtudes 
Navego oceanos em busca de perfeições inférteis.

Estás nas alturas... eu nas extremas baixuras 
No mais profundo e infinito abismo...
Sou pó... cinza, ínfima partícula e nada.
E Tu és acima da medida das excelências...

Tropeçando em passos que erram o compasso 
Sigo na missão inalcançável de esculpir o indizível 
Que dizima minhas tentativas de reverência em versos.

Mas não desisto, prossigo nesse intento 
A poética não se submete a passos lentos
Cada um dá o que tem, sou poeta, essa é minha oferta
É como posso adorá-Lo, meu incenso, ouro e mirra.

E ainda que não seja elevado o meu incensário
Para tecer aroma e os setes céus irromper
Singro sem maestria nas asas incessantes da poesia.

Mesmo que o ouro seja menos que um grão de esmeralda
Que a mirra esmirrada não valha um terço de barro
Lanço aos Teus pés esse ínfimo fragmento disforme
E que minhas braçadas semeiem na orla do Teu coração.

Perdoa-me se é pouco, e se tampouco, atinge a mínima
Uma inotável de um acorde insonoro
Mas é cada gota minha que transborda e Te adora.

Minha escrita da pena pinga e sangra e verte  
As vestes que ditam um amor empobrecido 
Apesar de esvanecido, ainda assim, amor...
Aceite essa sinfonia sem partitura, por favor!

Aceite essa sinfonia sem partitura, por favor!

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Poesia para DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora