h a g r i d, o g i g a n t e
"Claro! É por isso que o barulho pareceu tão familiar!" Draco exclamou no café da manhã do dia seguinte, surpreendendo Pansy, Blaise e Harry que estavam sentados ao seu lado. "É serêiaco, língua dos sereianos."
"Você sabe serêiaco?" Perguntou Blaise, surpreso. O loiro suspirou, balançando a cabeça.
"Não. Tive uma pequena obsessão por aprender novas línguas aos dez anos e serêiaco foi uma delas. Mas é quase impossível, então desisti. Mas ouvi tantas vezes que se tornou familiar. Cedric está te falando para tomar um banho com o ovo porquê a língua só se torna compreensível para nós debaixo da água."
"Você acha que a segunda prova tem algo a ver com sereianos?" Pansy murmurou. Draco suspirou e deu de ombros.
"Provavelmente. Sabemos que existem sereianos no Lago Negro, conseguimos vê-los da comunal às vezes. Talvez a segunda prova seja lá."
"Cedrico disse para eu usar o banheiro dos monitores.... Vai comigo mais tarde? Pode ajudar a interpretar o que quer que saia desse ovo." Disse Harry, e o loiro apenas concordou, tentando não pensar em quão ruim era a ideia de se enfiar em um banheiro sozinho com o melhor amigo hétero que ele gostava.
A neve continuava alta nos jardins e as janelas da estufa estavam cobertas por um vapor tão denso que não era possível enxergar através delas na aula de Herbologia. Ninguém estava ansioso para ir à aula de Trato das Criaturas Mágicas com um tempo desses, embora, como disse Ron, era provável que os explosivins deixassem os alunos bem aquecidos, quer fazendo-os correr atrás deles, quer expelindo fogo pelo rabo com tanta força que a cabana de Hagrid pegaria fogo.
Quando os garotos chegaram lá, porém, encontraram uma bruxa mais velha, com os cabelos grisalhos muito curtos e um queixo muito saliente, parada diante da porta da frente do professor.
"Vamos, andem, a sineta já tocou há cinco minutos." Vociferou ela, quando os viu caminhando pela neve com dificuldade ao seu encontro.
"Quem é a senhora?" Perguntou Ron, mirando-a. "Aonde foi o Hagrid?"
"Meu nome é Prof a Grubbly-Plank." Disse ela com eficiência. "Sou a professora temporária de Trato das Criaturas Mágicas."
"Aonde foi o Hagrid?" Repetiu Harry em voz alta.
"Não está se sentindo bem." Respondeu ela secamente. "Por aqui, por favor." Disse a professora e saiu contornando o picadeiro onde os enormes cavalos da Beauxbatons tremiam de frio.
Harry, Ron, Blaise, Pansy e Draco a seguiram, olhando para trás, por cima do ombro, para a cabana de Hagrid. Todas as cortinas estavam corridas. Será que Hagrid estava ali, sozinho e doente?
"Que é que o Hagrid tem?" Perguntou Harry, apressando o passo para alcançar a professora.
"Não é da sua conta." Disse ela, como se achasse que o garoto estava sendo intrometido.
"Mas é da minha conta." Disse Harry com veemência. "Que aconteceu com ele?"
A Prof a Grubbly-Plank continuou como se não o ouvisse. Conduziu-os além do picadeiro dos cavalos da Beauxbatons, todos agrupados tentando se proteger do frio, e em direção a uma árvore na orla da Floresta, onde encontraram amarrado um grande e belo unicórnio. Muitas garotas soltaram exclamações de admiração ao ver o unicórnio.
"Ah, é tão bonito!" Murmurou Lavender Brown. "Como será que ela conseguiu? Dizem que são realmente difíceis de apanhar!"
O unicórnio era tão branco que fazia a neve ao redor parecer cinzenta. Pateava o chão nervoso com seus cascos dourados e atirava para trás a cabeça com um só chifre.
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Draco Black e o Cálice de Fogo
RomanceCom a prisão de Wormtail, Draco pensou que tivesse se livrado do grande problema do quarto ano. Mas claro que o nome de Harry saiu daquele maldito cálice. Afina, não existem anos calmos com Harry Potter por perto.