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N/A: Oi gente, tudo bem?? Então, nesse capítulo vamos ver a prática de mágica sem varinha. Eu tentei pesquisar o máximo sobre o assunto, mas não é uma coisa que foi muito aprofundada em lugar nenhum, então não temos muita informação. Então nessa fic eu vou usar como base a ideia que qualquer bruxo pode praticar mágica sem varinha, contanto que treine e já tenha uma certa experiência. E qualquer feitiço pode ser usado sem varinha, mesmo quando alguns são obviamente mais difíceis que outros. É isso, aproveitem o cap :)

c o m e n s a i s    d a    m o r t e

Voldemort desviou o olhar de Harry e começou a examinar o próprio corpo. Suas mãos eram como aranhas grandes e pálidas; seus longos dedos brancos acariciaram o próprio peito, os braços, o rosto; os olhos vermelhos, cujas pupilas eram fendas, como as de um gato, brilhavam ainda mais no escuro. Ele ergueu as mãos e flexionou os dedos com uma expressão arrebatada e exultante. Não deu a menor atenção a Lucius, que voltou a se sentar tremendo levemente e sangrando no chão, nem à enorme cobra, que reapareceu em cena e recomeçou a descrever círculos em torno de Harry, sibilando. Voldemort enfiou um dos dedos anormalmente longos em um bolso fundo e tirou uma varinha. Acariciou-a gentilmente, também.

Voldemort voltou seus olhos vermelhos para Harry e soltou uma risada, aquela sua risada aguda, fria e sem alegria. As vestes de Lucius agora estavam manchadas de sangue brilhante; o bruxo enrolara nelas o toco de braço.

"Estique o braço." Disse Voldemort indolentemente. Lucius estendeu seu braço com a mão intacta imediatamente, o que pareceu agradar Voldemort. Draco entendia porquê. Era um sinal que seu pai não esperava nada de seu amo e receberia apenas o que o mesmo estava disposto a dar.

Voldemort se curvou e puxou o braço esquerdo de Lucius; empurrou a manga das vestes do servo acima do cotovelo e Draco viu um crânio, com uma cobra saindo da boca –, a mesma imagem que aparecera no céu na Copa Mundial de Quadribol: a Marca Obscura. Voldemort examinou-a demoradamente. Lucius tremia levemente, mas não ousou falar nada.

"Reapareceu." Comentou Voldemort baixinho. "Todos deverão ter notado... e agora, veremos... agora saberemos..."

Ele comprimiu a marca no braço do servo com seu longo indicador branco. Lucius deixou escapar um gemido de dor. Parecia reprimir um grito. Voldemort afastou o dedo da marca em Lucius e Draco viu que ela se tornara muito preta. Com uma expressão de cruel satisfação no rosto, Voldemort se endireitou, atirou a cabeça para trás e começou a examinar o escuro cemitério.

"Quantos terão suficiente coragem para voltar quando sentirem isso?" Sussurrou ele, fixando seus olhos vermelhos e brilhantes nas estrelas. "E quantos serão bastante tolos para ficar longe de mim?"

Ele começou a andar de um lado para outro diante de Harry, Draco e Lucius seus olhos percorrendo o cemitério todo o tempo. Decorrido pouco mais de um minuto, ele tornou a olhar para Harry, um sorriso cruel deformando seu rosto viperino.

"Você está em pé, Harry Potter, sobre os restos mortais do meu pai – sibilou ele baixinho. – Um trouxa e um idiota... muito parecido com a sua querida mãe. Mas os dois tiveram sua utilidade, não? Sua mãe morreu tentando defendê-lo quando criança... e eu matei meu pai e veja como ele se provou útil, depois de morto..."

Voldemort soltou outra gargalhada. Para cima e para baixo ele andava, olhando para os lados, e a serpente continuava a circular no meio do capim.

"Você está vendo aquela casa lá na encosta do morro, Potter? Meu pai morava ali. Minha mãe, uma bruxa que vivia no povoado, se apaixonou por ele. Mas foi abandonada quando lhe contou o que era... ele não gostava de magia, meu pai... Ele a abandonou e voltou para os pais trouxas antes de eu nascer, Potter, e ela morreu me dando à luz, me deixando para ser criado em um orfanato de trouxas... mas eu jurei encontrálo... vinguei-me dele, desse idiota que me deu seu nome... Tom Riddle..."

Draco Black e o Cálice de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora