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o    o v o    d o u r a d o

Eram cino para as dez quando Draco e Harry se enfiaram debaixo da Capa de Invisibilidade, segurando o Mapa do Maroto nas mãos, e escaparam da comunal da Sonserina. O loiro carregava o mapa, iluminado por sua varinha, enquanto seu amigo tinha o ovo dourado em suas mãos. Ambos tinham que caminhar colados - o que não era nada bom para a concentração de Draco.

Quando chegou à estátua de Boris, o Pasmo, um bruxo com cara de desorientado com as luvas nas mãos trocadas, eles localizaram a porta certa, encostaram-se nela e murmuraram a senha Frescor de Pinho, conforme Cedric instruíra Harry. A porta se abriu com um rangido. Os dois entraram, trancam-a ao passar e o moreno os despiu da Capa da Invisibilidade, olhando ao redor.

"Me lembre de melhorar minhas notas para ser monitor-chefe." Harry murmurou, e Draco olhou ao redor.

Sua reação imediata foi que valia a pena ser monitor-chefe só para poder usar aquele banheiro. Tinha uma iluminação suave fornecida por um esplêndido lustre de muitas velas e tudo era feito de mármore branco, inclusive o que parecia ser uma piscina retangular e vazia rebaixada no meio do piso. Tinha umas cem torneiras de ouro em volta da borda, cada uma com uma pedra preciosa de cor diferente engastada na parte superior. Havia também um trampolim. Longas cortinas de linho protegiam as janelas; havia uma montanha de toalhas brancas e macias a um canto e um único quadro com moldura de ouro na parede. Era uma sereia loura, profundamente adormecida sobre um rochedo, cujos longos cabelos esvoaçavam sobre o rosto toda vez que ela ressonava.

Harry pôs a capa, o ovo e o mapa de lado e avançou, olhando para os lados, seus passos ecoando nas paredes. Ele deixou uma das toalhas macias, a capa, o mapa e o ovo a um lado da banheira – que mais parecia uma piscina –, depois se ajoelhou e abriu algumas torneiras.

Draco se virou de costas para seu amigo, suas mãos segurando a bainha de sua camisa e puxando por cima de sua cabeça, expondo seu torso nu. Ele deixou o tecido cair as seus pés, abrindo em seguida o botão de suas calças. Seus olhos encontraram o espelho na sua frente, e ele viu atrás de si os olhos de Harry presos nele.

"Consegue tirar suas roupas ou quer que eu faça isso para você?" Draco brincou, e Harry imediatamente fica vermelho. Em uma tentativa de esconder sua vergonha - uma tentativa falha - o moreno rola os olhos e apenas se afasta.

O loiro sente suas próprias bochechas esquentarem. Não por embaraço, ele não tinha problema em expor seu corpo. Sabia que era uma boa visão para os olhos - graças a anos de quadribol -, e não costumava ter muita vergonha. Mas sim porque eram os olhos de Harry o encarando e, por apenas um segundo, ele se deixa contemplar a fantasia que seu amigo o estava admirando.

O barulho de Harry entrando na banheira o despertou de seus pensamentos e Draco rapidamente tirou o restante de sua roupa, permanecendo apenas de cueca. Ele seguiu seu amigo - sem nem mesmo se permitir encará-lo por muito tempo, sabendo que poderia se entregar - e entrou na água.

"Temos que colocar debaixo da água." Disse Draco, parando ao lado de seu amigo. Harry segurou o ovo em suas mãos, e os olhos dos dois se encontraram, cinza no verde. O loiro sente uma estranha tensão se formar entre eles, algo que nunca pareceu estar lá antes.

"Certo...." Harry murmurou, engolindo em seco e desviando o olhar. "Para podermos entender."

Ele afundou o ovo, e os dois meninos alcançaram a abertura ao mesmo tempo, suas mãos se encontrando. Draco pode jurar que sentiu uma corrente elétrica se iniciando no ponto de contato, percorrendo todo seu braço e se espalhando por seu corpo. Ambos se encaram novamente, a tensão nada familiar entre os dois crescendo. Harry entrelaçou lentamente seus dedos com os de Draco e...

Draco Black e o Cálice de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora