Interligados (1° Livro - Amores Intensos)

Capítulo 1

Muitos anos atrás...

Laura narrando:

Saio de casa apressadamente, estava atrasada, completamente atrasada.

Tranco a porta de casa e olho o meu relógio de pulso, vendo quanto tempo teria para chegar até meu trabalho, cálculo em quanto tempo levaria para chegar e cheguei a conclusão de que levaria exato 20 minutos para chegar no meu horário certo.

Ajeito minha bolsa nos ombros, prendo meu cabelo loiro em um rabo de cavalo e comecei a andar, passo pelas as cercas brancas que havia em frente a minha casa e ando até o ponto de ônibus que havia ali perto. Quando chego no ponto, me sento em um dos bancos do lado de uma das minhas vizinhas, a cumprimento e pego meu livro em minha bolsa, começando a ler.

Não demorou muito para que o ônibus chegasse, quando ele parou de frente ao ponto eu fechei o livro e subi nele, dei o dinheiro da passagem ao cobrador e fui até o fundo do ônibus, achando um lugar para me sentar e voltando a ler meu livro.

A lanchonete em que trabalhava não ficava tão longe casa, morava em um bairro no subúrbio de uma cidade chamada Columbia, na Carolina do Sul. Morava junto com meus pais e a insuportável da minha irmã gêmea, Paola, tinha 21 anos e em vez de estar cursando uma faculdade, estava trabalhando para ajudar em casa.

Infelizmente, só poderia começar meus estudos quando Paola terminasse os dela, já que meus pais não conseguiriam manter duas filhas na faculdade. Paola nunca quis fazer faculdade, esse interesse repentino apareceu quando meus pais prometeram pagar meus estudos e isso despertou um ciúmes em Paola, ela não sossegou até fazer meus pais pagarem sua faculdade de administração e deixar o meu futuro de lado por hora

Até isso minha irmã tirou de mim.

Desde pequenas nunca fomos amigas, brigávamos sempre que tínhamos a chance e nunca chegamos perto de ter ao menos uma relação tolerável entre irmãs. Paola sempre foi o oposto de mim, mostrando ser mesquinha, egoísta e ruim quando queria, fora em como ela era determinada em conseguir o que queria e na hora que queria.

Quando tínhamos 8 anos meus pais resolveram levar ela em alguns especialistas, terapeutas, todos diziam que minha adorável irmã não tinha nada fora do normal, só tinha uma personalidade muito difícil de se lidar e que era muito determinada. Me pego pensando em que lugares meus pais acharam esses terapeutas, às vezes era nítido em como minha irmã tinha tudo, menos um gênio difícil.

Então sempre foi assim, meus pais sempre faziam o que Paola queria, tudo para que tivessem uma convivência pacífica com ela e eu, bom, era a filha que nunca reclamava e que nunca levou alguma confusão para casa, conhecida como a mais compreensiva e paciente da família, mas entendam que ser assim não foi bem uma escolha minha.

Sou tirada dos meus pensamentos quando vejo que o ônibus estava chegando no meu destino, me levanto do banco e dou o sinal para descer, assim que o ônibus para eu desço dele e ando em direção a lanchonete, demorou mais uns 10 minutos para chegar e, quando entro dentro da lanchonete, olho no meu relógio e sorrio, vendo que havia chegado no meu horário em ponto.

Trabalhava até as 17:00 da tarde na lanchonete do senhor Victor, bem conhecida por toda a cidade e sempre vivia cheia, não importasse o horário. Caminho até o balcão, atravesso ele e entro dentro da cozinha, cumprimento os meninos da cozinha e sigo até o vestiário, chegando lá vou até meu armário e o abro, deixando minha bolsa lá dentro.

Pego meu avental e amarro na minha cintura, coloco o meu crachá com meu nome no peito esquerdo e olho no pequeno espelho que tinha ali, ajeito meu rabo de cavalo e peguei o bloquinho que serve para eu anotar os pedidos, saio de dentro do vestiário e sigo até o salão.