O Menino e o Fantasma da Montanha

Reencontrando demônios do passado

 Correr parecia para uma tarefa para atletas profissionais para Tony e Ana, quando se faz isso requer muita resistência. Um atleta profissional sabe como deve seguir cada etapa como,  estudar e entender suas condições genéticas e psicológicas, muito treino de pista, etapas de desenvolvimento que envolve idade biológica e anos de treino,  disciplina e foco e isso se constrói com muito trabalho e dedicação para que você consiga alcançar. Logo os atletas chegam à fase de manutenção da corrida, quando alcançam a velocidade máxima cerca de 45 km/h, o máximo que um ser humano pode atingir. Nessa etapa eles se levantam, mas não ao máximo. E toda sua energia continua sendo anaeróbica. Muitos nem se preocupam em respirar, já que isso os tornariam mais lentos. E nesta alta intensidade o oxigênio não importa . 

Certamente Tony e Ana não tiveram tempo para pensar em todas essas teorias e aplicar na pratica quando saíram em disparada entre as arvores e rochas completamente apavorados. Mas o seu sangue estava quente e o coração batia em torno de 206 bpm, um verdadeiro atleta em seu ápice da corrida, porem a diferença que no final o premio não era uma medalha ou um troféu, mas continuar vivos.

- Abaixa aqui Tony, vai pelo amor, espera um pouco eu não estou aguentando mais, minha perda esta sangrando muito e to com tanta dor me acho que vou desmaiar. - encostada em uma pedra Ana se apoia em Tony. - Faz assim, segue você, vai, m deixa aqui, eu não consigo mais, sem mim você vai conseguir escapar, eu sou um atraso agora. - Empurra Tony para que saia dali. 

- Para com isso Ana a gente ta junto nessa, até parece que irei e deixarei você aqui pra morre, só seu eu fosse um estupido egoísta. -  Tony segura Ana firmemente pelos braços.  

Tony, veja isso - Ana aponta na direção a frente mostrando um cemitério e os dois congelam a cena de ver algo tão assustador.

A entrada destacava uma escadaria grande com degraus lagos com vestígios de lodo e galhos secos caídos.  Próximo ao ultimo degrau era notável uma planta típica do sudeste da  Ásia , a planta parece um morcego com uma longa barba a Planta Morcego conhecida como Tacca chantrieri.  Na direção oposta tumbas estavam com suas lapides deterioradas pelo tempo , tudo indicava que aquele cemitério era do século passado. O gramado alto cobria alguns nomes e sufocava a vegetação onde os insetos protagonizavam o habitar local.  Teias de aranha e suas caranguejeiras desenhavam alguns bloqueios nas trilhas e o nevoeiro vagava entre as arvores pedindo para ser visto tristemente. 

O curioso era que haviam duas capelas uma em cada lado da escada,  em cima um cruz de concreto e mensagens escritas indecifráveis.  Na parte superior esquerda havia uma arvore repleta de corvos que dormiam misturados aos morcegos que voavam ao redor da arvore. Tony e Ana perceberam que entre toda a cena de um filme de terror havia alguém mais distante, este ser estava sentado sobre um tumulo olhando para a lapide com flores nas mãos.  com certeza este ser fosse humano ou não, ainda não havia percebido a presença deles e obviamente os dois também não queriam ser vistos e continuaram em silencio observando e observando por uns dez minutos. 

Aquele ser que logo se notava ter uma voz filme e suave preferia palavras  em frente aquela tumba um tão  peculiar.  Ele  parecia estar executando o ritual de necromancia usado muito  pelos gregos. É uma cerimônia para trazer os mortos de volta que  na Grécia antiga incluía sacrifícios de animais e o cozimento de pedaços do cadáver humano.  Essas características foi reconhecida no exato momento por Ana que já havia estudado sobre o assunto.  

- Tony, a gente precisa sair daqui, isso não é nada bom, o que ele esta fazendo é algo muito perigoso. - Ana puxa o rosto de Tony batendo levemente no rosto dele.

- Como assim Ana, o que ele esta fazendo me explica, -  Fala sussurrando voltando a olhar para homem sobre o tumulo.

Isto é um ritual para ressuscitar alguém que já morreu, isso é macabro e ilegal nos dias de hoje, não podemos ficar mais aqui Tony - Ana esta completamente apavorada e enquanto discutem o que fazer ouvem um voz vindo em sua direção.