A casa era velha. Muito velha! Não era uma casa grande. As poucas telhas intactas formavam um arremedo de telhado desconjuntado que, de certo modo, a desonrava. As janelas há muito não ostentavam mais os vidros reluzentes quebrados não existiam apenas pedaços de madeira para tentar cobrir alguma coisa. As paredes de madeira, pretas, carcomidas pelos cupins e o tempo, mostravam a sua idade, o seu abandono e, o que impressionava mais às raras pessoas que deitavam-lhe os olhos: a solidão! De fato, fora construída no meio do nada, mas descobririam quem foi seu ultimo morador. A estradinha de chão batido que dava acesso à antiga construção não passava de uma trilha tomada pelo mato rasteiro no meio da montanha.
Eles tomaram a inciativa de entrar para estabelecer um perímetro de busca, dentro da casa existiam quadros de pessoas muito antigo, parecia que olhavam para eles esperando algum movimento suspeito e uma lareira acesa com um fogo tímido cheio de brasas pelo chão.
Mary na janela debateu-se como se tivesse levado um choque elétrico ao perceber que após entrarem na casa alguém observava de traz da arvore a frente. Neste momento as chamas das velas começaram a se desprender fazendo um círculo de fogo no chão da sala. Um vento quente, oriundo do centro da sala, rodopiou pelo recinto tremeluzindo as chamas das velas escrevendo em cinzas o nome de Tony no chão.
Suzan começou a perder as forças, seu coração dava saltos, os olhos ardiam, o soluço do choro começou a engasgalhe a garganta que se fechava. Os gritos de Joseph e Alison tornou-se alto e intenso! Estavam, com certeza, vendo a manifestação algum demônio ou como diziam fantasma.
- E ele veio! disse Ilda enquanto o fogo da clareira se apagou repentinamente fazendo -se tudo silencio e sombrio. - Suzan sai correndo para fora da cabana e desaparece entre as arvores, em seguida o deteve Alison corre para dentro da floresta atrás dela se embrenhando na escuridão. Na casa fica apenas, Mary, Ilda e o Reverendo Joseph. Então no meio da turbulência de uma suposta atividade paranormal se ouve um grito dentro da floresta assustador - É o Alison diz Mary indo em direção a porta que se fecha sozinha ficando tudo escuro e silencioso.
- Pai nosso que estas no céus, santificado seja o teu nome, venha ao teu reino... - Joseph reza entre a escuridão.
- Mary, policial Mary você está onde? - Ilda chama sussurrando tocando com as mãos no chão enquanto engatinha sem direção. - Mary responde caramba, você tá bem? Se machucou? Consegue me ouvir? Pelo amor de deus fala conigo - chorando e suspirando toca o chão procurando pela sargento Mary.
- Reverendo, faça alguma coisa, anda vai! - Ilda fala em meio tom má tendo se de joelhos enquanto Joseph reza!
- Ave Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores na hora de nossa morte amém ! - Joseph não consegue parar de rezar o medo tomou conta do seu corpo, mente e espírito.
A sala da casa está completamente tomada pela escuridão, a sensação é como se todos estivessem cegos, mas o estranho é que é possível sentir uma corrente de ar transitando por ali. Ilda continua a chamar por Mary enquanto o reverendo Joseph reza usando sua única arma, a fé, com sua voz trêmula e fraca.
Então entre as lavras de fé e o choro contido de medo uma voz aparece dizendo! - O que aconteceu? Onde vocês estão? Minha cabeça foi! - Sim era a voz da sargento Mary finalmente.
- Graças a Deus Marta eu já estava ficando apavorada achando que o pior pudesse ter acontecido contigo! - Diz Ilda ais aliviada.
- Onde esta o restante Ilda? Joseph é você? Que tá fazendo reverendo está rezando? Mary está confusa no meio da escuridão.
Joseph lentamente vai parando de rezar e fica em silêncio.
Mary, aqui está você eu e o reverendo, o detetive Alison foi a trás da Susan e quando você tentou sair a porta se fechou, acho que você deve ter batido com a cabeça contra a porta e desmaiou. - Ilda encontra uma parede e encosta.
-A gente precisa sair daqui, não dá pra ficar aqui no escuro parados sem se quer reagir. Essa bosta pode piorar e ninguém vai vir a trás da gente Ilda. - Mary se levanta mas não consegue enxergar um paumo a frente, e caminha tocando pela parede. - Vamos fazer assim vamos falando ao mesmo tempo até que possamos nos encontrar e juntos encontraremos uma forma de sair dessa merda ok? - Fala com um tom de revolta.
- Tudo bem, eu estou aqui, você consegue me ouvir segue a minha voz Mary , vem nessa direção, tô ouvindo você Mary, isso continua vindo!. - Ilda fica repetindo a mesma coisa enquanto Mary fala - Ilda também te escuto, sua voz está ficando perto. Perfeito, continue falando. Reverendo Joseph não te ouço, fale também por favor., reverendo faça algum som. - Mary caminha chamando pelo reverendo mas seguindo a voz de Ilda até que chega até ela.
- Aiii que bom, te encontrei - Diz aliviada Mary.
-Policial Mary você está bem? Fiquei tão preocupada - toca no rosto de Mary sem enxergar. - Sim esteou bem Ilda apenas alguns arranhões suponho e a cabeça que foi, mas isso não é problema a gente tem que sair daqui. - e percebem o silêncio vindo de Joseph por não ouvir mais a sua oração.
- Joseph, você está aí? Reverendo por favor responde- pergunta Ilda - a sala está em silêncio e as orações que outrora pareciam amenizar a situação agora vagam a merece da voz calada de Joseph na salada da casa.
Escuta, escura, você ouviu? Você ouviu Ilda? - atemorizada Mary segura nas mãos de Ilda.
- O que sargento? Do que você está falando? Eu não ouvi nada! - trêmula se perde entre a escuridão.
Ouviu? Tá vindo daquele lado, meu Deus, não é possível que naoe está ouvindo Ilda. - Fala mais brava e agitada a sargento Mary.
Sim sim, ouvi agora..( pausa ) ... Mary acho que parou, não esrou escutando mais. - abraça a sargento com força.
Foi pro outro lado agora, está maos distante.. merda meu, café o reverendo Joseph, caramba Ilda. - retribui o abraço com os rostos colados - Ilda, olha ali , tá vendo? Na direção dos nosso rostos. - as duas ficam silêncio, a respiração ofegante, os batimentos cardíacos aumentam E a suas tremem como se o ossos fossem quebrar.
Em sua frente elas estão vendo o reverendo Joseph envolvido em uma espécie de luz amarela com pontos vermelhos e ele vem flutuando na direção das duas. Elas gritam no mesmo tempo, a sargento Mary empurra a Ilda para trás e sala a sua arma apontando para o reverendo.
- Se afaste, eu estou falando, vou atirar, se afaste, por favor Joseh não faça isso, eu não quero te machucar, fique onde está. - ela aponta a arma enquanto Joseph flutua na sua direção girando o corpo sentido ante horário.
- Não atira sargento, não atira, não é ele, veja, não é o reverendo. - grita Ilda puxando ela pela camisa.
- Fique pra traz Ilda, eu não vou deixar ele nos machucar, - apontando a arma Mary grita - Pra trás agora ou eu vou atirar!
Neste momento ouve se tiros de fora da casa, má Ilda confusa acha que foi Mary que atirou em Joseph e cai no chão chorando descontroladamente. Mary se volta para o lado de fora e ouve novamente dois disparos, então a porta abre brutalmente, era Alison que acabava de chegar para salvar elas do demônio da casa paranormal. Ao abrir a porta um grito invadiu o ambiente deixando os quase que surdos , tanto que protegeram os ouvidos e como instinto fecharam os olhos, e depois que passou o som pertubador ao abrir para a surpresa de todos Joseh estava no canto da casa rezando incansavelmente.
Mas como? Se a pouco ele tentava atacar Ilda e Mary possuído por um espírito? Como seria real tudo isso? As perguntas e dúvidas flutuavam pela mente de Mary e Ilda enquanto Alison corria até Joseph para acalmar ele.
Ilda estava destruída psicologicamente, tentava manter a mente em Suzan e Tony, precisava sair daquela casa. Mary tentava unir as peças do quebra cabeça e traseira realidade tudo.
- O que aconteceu aqui com vocês? porque não saíram desta casa quando fui atrás de Suzan? Sargento Mary olha para o reverendo , ele está todo vomitando. Gente me expliquem que droga aconteceu aqui? - Alison busca por respostas enquanto analisa a situação é tenta ajudar Joseph.
- Ficamos presos aqui quando você saiu a trás de Suzan é tudo ficou escuro. Por um tempo ficou eu e o reverendo Joseph ate que Mary se recuperou e acordou da pancada que levou na cabeça quando a porta fechou. Mas estava tudo escuro, frio e estávamos trancados aqui até que não ouvimos mais o reverendo rezando e inexoravelmente ele estava possuído e nos atacou, quer dizer, quase porque quando a sargento apontou a arma para ele eu fechei os olhos e ouvi tiros disparados, por um momento pensei que o reverendo tivesse sido atingido e daí você aparece detetive - Desconsolada Ilda se levanta limpando seu corpo e olhando em volta dentro da sala da casa.
Mas eu estava aqui o tempo todo gente, rezando, não sai daqui um só momento, mesmo dursnte o tempo em que ouvia vocês . - Diz Joseph assustado.
Impossível reverendo - fala Mary muito nervosa. - Você estava flutuando em nosso frente com uma cara assustadora com um tipo feliz em volta rodando no ar. - batendo com a mão da cabeça andando de um lado pro outro.
Eu já disse, estava aqui o tempo todo, não fiz nada disso que vocês falaram. - acomodado pelo detetive Alison se senta numa cadeira. - Porém eu tive ânsia de vomito e acabei vomitando em mim mas estava com tanto medo que não consegui sair do lugar.
Isso é loucura gente, não entendo porque ficaram aqui por tanto tempo, depois que sai atrás da Susan demorei a achar ela, está tudo muito escuro e a lanterna que trouxe acabou a bateria em poucos minutos. Quando percebi já havia me afastado de vocês e não aachava o caminho de volta , então resolvi seguir até que depois 3 dias andando mata a dentro sai aqui de frente a casa e ouvi vocês gritando. Eu tentei abrir a porta mas não conseguia e tive que atirar para arrombar a fechadura. - Alison conta uma história que deixa eles mais assustados e perplexos pois para eles passarám apenas horas.
- Ilda, Mary e Joseph falam ao mesmo tempo! - Três dias? - ( pausa ) - Você só pode estar de brincadeira Alison, estamos aqui algumas horas 2 no máximo, que palhaçada e essa de três dias caramba? - pergunta Mary no limite da paciência.
- Sim sargento três dias vagando procurando por vocês, o que me salvou foi os suprimentos que trouxemos que estavam comigo. Por um momento achei que não acharia vocês mais, que o pior tivesse acontecido, mas como falei, i inexplicavelmente cheguei aqui. - terminado de limpar o reverendo levanta ele.
Ele está brincando com a gente - Diz Ilda. - Ele quer nos deixar loucos para perdermos o foco e nos perdermos.
Pnque você está falando Ilda - pergunta sargento Mary!
- Da Montanha, quero dizer, do Fantasma. - fala olhando para fora da casa.
- Mas você achou a Suzan? Encontrou ela? - pergunta Joseph para Alison .
- Infelizmente não, eu sinto muito! - abaixa a cabeça Alison com pesar.
- Então não vamos perder tempo aqui com essa casa, vamos sair e procurar por ela agora ela também está na lista de desaparecidos. - se recompõe e se arruma para seguir até a porta.
Todos caminham junto com Mary até a porta e ao cruzarem para fora começa a chover, é dia, mas não há sol, não há pássaros e nem flores para enfeitar o caminho, apenas a chuva em um dia cinzento e nublado.
- Vamos, eu acho que sei por onde devemos seguir - Diz Ilda!A caminha será mais difícil do que os três dias naquela casa....
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Menino e o Fantasma da Montanha
Mystery / ThrillerUm garoto em uma casa esquecida nas montanhas, onde a tecnologia é lenda, e a lenda é real. E tudo que parece normal torna - se incomum com o passar dos dias. O barulho do vento já não é o mesmo, o ranger da porta não é mais imperceptível e a no...