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Uma fada da Lua, descobrir o que eu era quando tinha quatro anos, o motivo de meus pais sempre me manterem afastados de outras pessoas, não era porque eu tinha uma doença, eu nunca estive doente para começar.

Sozinha, era esses os pensamentos que sempre vinham, não importava o quanto tentasse reprimir. Uma aberração, que estava condenada a ficar sozinha, era isso que as vozes diziam.

— Machuca mamãe... — choramingo tentando tampar meus ouvidos, falhando no processo, as vozes ficaram mais altas, a dor era alucinante.

— Elas sentem seu medo, você tem que as dominar. Não o contrário! — mamãe fala puxado minhas mãos para longe de minha cabeça.

— Eu... Não consigo! — Choro sentindo sangue sair de meus ouvidos, eram vozes de mais. Eu me sentia em uma multidão e ela estava em minha cabeça.

— Você é forte. — fala carinhosamente.

Eu não consegui, por mais que tentasse não conseguia acalmar as vozes que gritavam em minha cabeça, eu estava ficando louca. Durante seis meses minha mãe tentou de todas as maneiras me ajudar.

Dormir era quase impossível, acordar durante a noite era frequente, algo já natural. Mas essa noite foi diferente, em vez de gritos de humilhação, elas me alertavam. Não entendi até sentir a casa pegar fogo.

No dia 31 de outubro, perdi meus pais em um incêndio provocado por magia, o único motivo de ter saído viva era pelo simples acaso de ser uma noite de lua cheia, a lua me salvou. Irônico não?  O que eu tinha de especial?

— Achamos uma criança! — grita um homem com um uniforme engraçado.

— Ela parece ser a única sobrevivente — Uma mulher fala com uma máscara de oxigênio. — Bebê, a tia vai até você, eu preciso que você fique paradinha Ok?

— Acho que ela entrou em estado de choque, está muito tempo exposta a fumaça. — O homem responde ajudando a mulher a tirar o pilar de madeira da passagem.

No dia 31 de outubro me tornei uma órfã. Eles me mantivera no hospital por um mês, em vez de ser enviada para um orfanato fui enviada para um colégio interno no interior da Inglaterra. No dia 13 de Novembro eu estava de fato sozinha.

×××

— Quem é ela? — Uma garota loira sussurra apontado para mim.

O colégio era bonito ele parecia um castelo, um colégio inferno para garotas, seguro o advogado que me visitou no hospital, eu ficaria aqui até ser maior de idade e poder mexer no dinheiro deixado por meus pais, ou até aparecer um parente, coisa que não aconteceu, eles não conseguiram achar a família da mamãe.

— Uma órfã que acabou de se mudar — Uma menina que aparentava ter seis anos responde em alto e bom som.

Não foi preciso de muito para elas rirem de mim, a maioria dessas garotas vinham de uma família rica, pessoas ligadas a realeza ou com um título nobre, Patéticas.

—  mal sabe elas que você é uma princesa.

Uma rainha!

As vozes sussurram em meus ouvidos, suspiro aliviada por elas estarem controladas, não queria que essas meninas tivessem mais um motivo para rir de mim.

— coitada, o que ela está fazendo aqui?

— Quem sabe? Caridade talvez?

Não estou sozinha°Klaus Mikaelson- REESCREVENDO.Onde histórias criam vida. Descubra agora