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Não conseguia dormir, não importava quantas vezes girava na cama não encontrava uma posição confortável, tentei usar tudo de mim para não acordar Hope, estava com sono isso era visível para qual quer um, mas não conseguia achar uma posição adequada  acho que até de cabeça para baixo já tentei.

Resmungando derrotada me levando tomando cuidado para minhas asas não agararem na Hope, a ruivinha dormia como pedra, Isso era uma das habilidades de um anjo, conseguíamos deixar qual quer um confortável ao nosso lado, Hope não era diferente.

Ando em passos calmos em direção a porta, meu quarto continha o feitiço do silêncio, tive que usar uma vez que papai sempre invadia meu quarto preocupado pelos meus pesadelos. Desço as escadas distraída meu rumo era a sala de pintura ou quem sabe a sala do piano, ainda não tinha certeza, suspiro tentado decidir para onde ir, a ganhadora foi a sala de artes.

Meu estúdio era no segundo andar, uma sala com uma parede de vidro que dava a visão do jardim lateral, as outras três era cobertas de quadros, todos tinham sido eu que desenhei em algum momento de minha infância ou adolescência, sempre preferi esboços e cadernos de desenhos a quadros, então eram poucos os quadros que continha. Na sala tinha uma grande estante com vários cadernos de desenhos que já usei em algum momento, também tinha algumas gavetas com páginas soltas com esboços. As paredes eram azul escuro o piso de madeira negra totalmente coberto de respingos de tinta, dava uma imagem do espaço sideral, era bonito apesar de não ser intencional.

Na sala não tinha muito, uma mesa grande de madeira, duas poltronas na frente da janela elas eram bem confortáveis, dois cavaletes de madeira, os bancos, o suporte para tintas, meus lápis,pinceis...

Caço meus pinceis os encontrando na segunda gaveta de minha mesa, hoje eu iria pintar, quem sabe assim me daria sono, o cheiro de tinha me agradava não demora para minha mente ser puxada para longe.

Clek.

Viro em direção a porta me surpreendendo ao ver meu tio Nik escoltado nela, ele parecia em transe, quando percebe que eu o notei ele sorri entrando na sala, seus olhos parecia ver bem mais que minha aparência atua e isso me deu arrepios.

Híbrido...

Seu companheiro...

Seu destinado...

Segurança...

— Desculpa não quero te assustar Baby  — me surpreendo por ele ter me chamado de Baby, des que o conheci ele me chama de Love o que também não era normal... ou algo natural dele não sabia direito.

— Tudo bem, eu estava distraída — tento me concentra em minhas palavra, e não nas vozes gritando em minha cabeça dizendo que ele é meu companheiro.

— Esse é um belo quadro — Ele comenta andando por meu estúdio com seus braços atrás das costas, algo me dizia que essa não era a primeira vez que ele esteve ali. — esses aqui são bem peculiares...

Me levanto tentando ver do que ele falava, fico surpresa ao ver meus esboços em cima da mesa, eles não estavam ali antes... Ou estavam?

— Quem é? — Ele pergunta me encarando fixamente, olho para baixo tentando olhar para qual quer coisa e não seus olhos penetrantes, eles me faziam me sentir estranha.

— meu companheiro, é uma coisa de fada não ligue muito. — Comento andando para minha pintura, não queria está de frente para seu olhar.

— Você já encontrou seu companheiro? — seu tom era baixo e rouco, ele fazia uma pergunta, mas ela não soava como uma pergunta e sim como uma curiosidade era como se ele soubesse a resposta, ele sabia? Não tem como, lobos de sua espécie não tinha companheiros.

— Não tenho certeza tio Nik — Comento tentando usar minha tinta azul, mas era impossível ele estava tão perto que podia sentir sua respiração fazer cócegas em minha pele.

— Algo me diz que está mentindo minha doce sobrinha. — sua voz continha divertimento e sarcasmo, ele sabia...

— Você sabe... — Sussurro tentando me afastar, ele é mais rápido puxando-me em sua direção, seus braços envolvem minha cintura em um aperto de ferro, sinto que se não estivesse com minhas asas a amostra ele me envolveria com seu corpo.

— Não por ajuda de Kol — brinca acariciando meu rosto, seus olhos estavam amarelos. — ele não queria dizer o motivo de seu desmaio, e por mais experiente ele seja com a mentira, ele não é tão bom ao ponto de mentir para um híbrido. — seus dedos traçam o contorno de meu rosto parando em meus lábios.

— Então papai sabia des do início... Eu só vim descobrir agora... — questiono sem acreditar.

— Ele descobriu através de mim, digamos que meu lobo te reconheceu como dele...como nossa. — se inclina ficando ao meu nível, tento me afastar mas uma de suas mãos ainda estava em minha cintura.

— Tio... — ele não me dá tempo de recuar, seus lábios já estavam em contato com os meus.



××××

— Você ainda está brava comigo Baby? — Nik pergunta achando graça de minha reação, canalha.

— Você me beijou! Me beijou e não me deu espaço para recuar! — reclamo o olhando mortalmente.

— Está brava porque roubei seu primário beijo. — noto que ele não fez uma pergunta, ele afirmou.

— Esse não foi meu primeiro beijo! — Resmungo tentando não me mexer, Niklaus ainda me segurava a única diferença era que estávamos sentados no chão do meu estúdio.

— É claro que foi, a pessoa que cogitou tal coisa com você já está morta — sorri me puxando ainda mais para o meio de suas pernas, me deixando de frente para ele, seus olhos passavam por meu rosto antes de focar em minhas asas. — elas são da mesma cor que seus cabelos... começa brancas e terminam azuis. — Fala passando a mão sobre minhas penas me fazendo suspirar. — Acho que encontrei um ponto fraco...

Pelo resto da noite suas mãos vagaram   sobre minhas asas e cabelo como um cafuné, só então notei que dormir em seus braços. Ele era um manipulador de mão cheia, Isso eu tinha certeza.

Não estou sozinha°Klaus Mikaelson- REESCREVENDO.Onde histórias criam vida. Descubra agora