O Banquete (Parte 2)

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- Hoje vamos nos reunir novamente para mais uma reunião dos líderes. - Nilrik falava.... - Enfim vamos começar pela Fenda Norte...

Nilrik falava sério com todos, e tudo aquilo parecia ser até interessante num primeiro momento, mas com o passar do tempo, tudo foi ficando chato e mais chato.

Em resumo, pelo que Seth estava entendendo, aquela Vila era bem maior do que ele imaginava, era composta por 5 regiões e 5 líderes; Soran Chamdra, o homem com o tapa-olho, era o Líder da Fenda Norte; a Líder da Fenda Sul era Áurea Sanctus Rainbow; as gêmeas eram as Líderes da Fenda Leste, Isabella e Sarah Gesmerk; e por fim, Numã Xistsrith, Líder da Fenda Oeste; Nilrik era responsável pela quinta região, o Centro da Vila. Lá também estavam os chefes, Rakar, Chefe dos Curandeiros, Sarin, Chefe da Guarda, e Petros, Chefe doas Patrulheiros. Além deles, no lugar estavam comerciantes e pessoas influentes da vila.

- Meio chato não? - Sarah cochichou. Durante a reunião todos os líderes falaram sobre os problemas e soluções que tinham em suas fendas, mas das duas gêmeas, Isabella era a única que falava, na maior parte do tempo Sarah estava com um caderno anotando algumas coisas. - É sempre assim, não se preocupa, essa é a parte chata.

- Então tem uma parte interessante? - Seth cochichou e Sarah sorriu e respondeu fazendo um sim com a cabeça. - Esse lugar é muito grande pra ser chamado de vila, por que vocês não são uma cidade?

- É que não temos um mago. Foi um decreto da Imperatriz, todas as vilas só podem ser consideradas cidades se tiverem um mago. O Império só criou essa lei porque a grande maioria de magos vem de lá e isso faz as vilas terem que... - Sarah fez aspas com as mãos. - "Alugar" um mago da academia.

- Como assim... - Seth fez as aspas. - "Alugar"?

- É que pra ter um mago, as vilas precisam enviar, além do imposto, um jovem por mês pra trabalhar para o império. A verdade é que a maioria não vira soldado como eles dizem, muitos acabam virando escravos nas minas ou nas construções dos Nobres da Cidadela. - Sarah falava com tristeza na voz e no olhar. - Aliás Seth, de onde você é?

- Eu sou de lá... - Seth riu meio sem graça, mesmo que aquilo não fosse 100% verdade.

- Enfim, Seth... - Nilrik falou interrompendo o jovem. - Venha aqui. - O garoto se levantou, estavam se sentindo meio estranho, era a primeira vez que tantas pessoas olhavam para ele sem máscara. Assim que o garoto chegou perto, e o líder continuou. - Como todos já devem estar sabendo, esse aqui é o Seth, eu e Lien já interrogamos ele, e vocês sabem que o faro do Lien nunca falhou.

- E de onde esse garoto é? - Soran perguntou.

- O garoto veio de longe, fugindo da Cidadela.

- Você só pode tá brincando Nilrik! - Áurea falou levantando da cadeira.

- Sim, isso é um absurdo! - Soran complementou. - Mesmo que ele não seja o inimigo, como podemos garantir que ele não foi seguido?

- Eu vim por magia! - Seth falou fazendo todos presentes se calarem. - Um amigo meu usou uma magia para me colocar o mais longe possível da Cidadela, magia que não dá pra rastrear.

- E por que você estava fugindo? - Numã perguntou se reclinando para frente e apoiando os cotovelos na mesa.

- Seth... - Nilrik falou. - Mostra aquela coisa que você fez.

O garoto se concentrou levantando o dedo e o encostou na boca, assim como fez antes, respirou fundo e disse.

- LUMINUS. - A ponta do dedo do garoto começou a brilhar.

- Ótimo, o garoto sabe fazer a ponta do dedo brilhar, e no que isso ajuda? Você sabe usar magia de ataque garoto? - Soran falou. Seth fez que não com a cabeça. - Você sabe o que os usuários de magia podem fazer Nilrik, fazer o dedo brilhar é uma piada perto do que eles podem fazer. - Soran apontava para o tapa-olho se virando de um lado para o outro, mostrando a todos no lugar.

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