003.

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Roseanne.

Acordo assustada com meu coração batendo forte. Havia uma tempestade intensa lá fora, eu odeio isso. Chover tudo bem, agora esses raios, me assustam. Olho para o lado da cama e percebo que Jimin não estava mais lá. Resolvo ir até o andar de baixo procurar por ele.

O mais velho estava de costas para mim, e não pude deixar de reparar nelas. Eram bonitas e fortes, realmente, é algo que me atraiu. Me aproximo dele devagar, para não assustá-lo, e assim que vou chamá-lo, ouço o barulho do trovão lá fora, fazendo com que eu abrace ele por trás e feche os olhos com força.

— Rosé, está tudo bem? — Jimin pergunta, com as suas mãos sobre as minhas. Sua voz soava alarmada, mesmo sem querer, acabei o deixando espantando.

— Eu... Eu tenho medo de tempestades, pode ficar comigo até eu conseguir dormir? Por favor. — peço, tentando manter a minha voz calma. Jimin tira meus braços de sua cintura e se vira para mim.

— Tudo bem, eu só vou terminar de beb...  — outro trovão. Me agarro a ele outra vez, que solta uma risada nasal.

— Está se assustando mesmo, ou está fazendo isso só para me agarrar? — reviro os olhos após o comentário sem graça dele.

— Idiota. — resmungo e resolvo subir a escada, mas Jimin segura o meu braço, fazendo com que eu solte um gemido de descontentamento.

— Eu estou brincando, eu vou ficar com você até dormir, vem. — ele passa em minha frente e nós dois voltamos para o quarto. Jimin deita na cama e eu faço o mesmo, sentia a respiração dele na minha nuca, mas por algum motivo, eu não queria olhá-lo nos olhos.

— Jimin... — começo, mas logo sou interrompida por ele.

— Pode dizer. — sua voz soava tão tranquila, o que acaba me tranquilizando também.

— Poderia me abraçar? Por favor? Minha mãe sempre dormia abraçada comigo quando eu ficava com medo. — ele não fez nada e nem ao menos disse. Talvez eu tenha sido meio evasiva. Não deveria ter pedido algo assim para ele, sinto meu rosto queimar um pouco. Eu não deveria ter falado isso.

— Posso. — uma única palavra, e logo os seus braços estão em volta da minha cintura me trazendo para mais perto. A chuva se intensificou lá fora, o que fez com que eu me encolhesse.

— Está tudo bem, estou com você agora, nada vai acontecer. — ele sussurra perto do meu ouvido, engulo minha saliva e finjo que a voz dele não fez com que eu me arrepiasse por inteira.

— Obrigada Jimin. — murmuro, e logo, meus olhos ficam pesados e eu acabo os fechando, lentamente, sem pressa alguma. Sinto minha respiração ficar mais leve a cada segundo, e adormeço com facilidade com os braços de Jimin ao meu redor.

Acordo mais cedo do que deveria. O relógio digital ao meu lado mostrava que eram exatas quatro horas da manhã. Tento me levantar, mas sinto a mão firme de Jimin em minha cintura. Se eu quisesse sair dali sem acordar o mesmo, precisaria de um certo esforço.

Sua perna estava em cima de mim também, eu tentei sair, mas era impossível. Peguei em seu braço lentamente, e o tirei da minha cintura, ou ao menos tentei fazê-lo.

— Aonde você está indo? — Jimin pergunta com certa dificuldade, era nítido que ele estava sonolento. Ele abre os olhinhos devagar, o que faz com que meu coração quase se derreta de tanta fofura.

— Vou pegar as minhas roupas, tenho que trabalhar hoje. — respondo em voz baixa, para não incomodá-lo tanto.

— Elas estão sujas, eu compro roupas para você mais tarde.

𝑻𝑯𝑬 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑪𝑻 • 𝘫𝘪𝘳𝘰𝘴𝘦́ Onde histórias criam vida. Descubra agora