Correio Elegante (Wolftsar)

Paper hearts

Apesar de não ter tido festa junina em 2020, eu usei situação que aconteceu comigo em 2019 pra me inspirar nessa história que eu amei escrever.
Espero que gostem

Era junho, e estava tão frio quanto Remus se lembrava do ano anterior. Parecia que o colégio deles sempre escolhia a noite mais fria do ano para fazer a festa junina própria, que em si já era um acontecimento que movimentava a cidade, praticamente uma tradição envolvendo aquele colégio centenário e uma festa típica do país. Ele não reclamava, pelo menos não muito, já tinha seus melhores amigos pra isso, e sabia como eles adoravam reclamar da festa no dia seguinte, mas no próximo ano sempre voltavam e eram quase os primeiros a chegarem.

Mas nesse ano eles não tinham a chance de não querer ir na festa a noite, estavam no último ano do colégio e era tradição que os alunos do último ano ajudassem em algumas atividades da festa, para ajudar a escola e ainda arrecadar dinheiro pra formatura que com James na comissão estava ficando cada vez mais cara, então todo dinheiro que eles pudessem arrecadar era de grande ajuda.

O garoto de cabelos castanhos já estava há algum tempo na festa, não tinha ideia de quando seu turno no correio elegante iria acabar. Essa tinha sido a atividade escolhida por Remus, já que foi obrigado a escolher uma, e não queria trabalhar no pula pula com James, nem no estacionamento com Sirius, e trabalhar no correio elegante com suas amigas não parecia tão difícil. Mas ele talvez estivesse se arrependendo dessa afirmação nesse momento, depois de passar a última semana cortando corações de papel cartão e pregando bombons neles, e agora depois de ter sido deixado sozinho assim que seu turno começou por Marlene que iria ser sua parceira de trabalho, mas ainda preferia isso a trabalhar com Sirius por exemplo, que deveria estar congelando naquele frio cortante do estacionamento, fez um lembrete mental de levar um potinho de caldo de feijão pra ele assim que acabasse de trabalhar.

Pegou seu celular, guardando logo em seguida ao sentir o olhar de sua professora de literatura sobre si, sorriu amarelo pra ela que acenou com a cabeça seriamente, tudo bem ele podia passar os próximos 30 minutos, que era o tempo que faltava pro seu turno acabar, sem mexer no celular.

Andando pelo lugar que a escola tinha arranjado para fazer a festa, que afinal de contas era sempre o mesmo, o parque de exposições da cidade, notou a decoração bonita que as professoras dos pequenos tinham feito, oferecendo corações de papel e bombons para seus professores, que acabavam comprando, pessoas mais velhas tinham tendência em gostar de Remus, e se Sirius e James estivessem ali com ele sabia que estaria ouvindo várias piadas sobre esse assunto. Escutou seu nome sendo gritado, quando se virou pra trás viu James correndo na sua direção.

- Você não deveria estar trabalhando no pula pula com Arthur?- Remus perguntou para o de óculos que estava totalmente vestido a caráter para uma festa como aquela. A calça jeans rasgada juntamente com a blusa xadrez vermelha, dava um ar charmoso pra James, e impressionantemente combinavam com o bigode falso que ele tinha feito junto com Sirius usando o lápis de olho de sua mãe, não pode deixar de sorrir ao lembrar cena dos dois adolescentes se arrumando ao som de músicas típicas da festa que estavam agora.

- Nós dividimos ao meio a hora de trabalho, já trabalhei a minha meia hora, agora é com ele- respondeu enquanto mexia na caixa que eu tinha feito para carregar os coraçõezinhos, quando eu vi sua mão indo em direção ao lugarzinho reservado aos bilhetes já assinados e para serem entregues dei um tapa em sua mão curiosa, sorri maroto para seu olhar indignado e continuei a andar e oferecer os meus serviços de correio para as pessoas que já estavam lá sendo seguido de perto pelo Potter tagarelando sobre como sua paixão, Lily Evans, estava linda usando um vestido de quadrilha branco, como a turma deles escolheu fazer o casamento caipira esse ano, ela seria a noiva e James quase chorou quando descobriu que não seria o noivo, talvez ele tenha chorado, mas nunca admitiria isso. Ri da sua cara de bobo apaixonado ao falar da ruiva chamando sua atenção.