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"Olá Betty,
sei que deve estar se perguntando porque teria uma carta em nosso quarto e não eu, certo?
pois bem, nada é tão simples assim,
a morte realmente nos surpreende
nos pega despercebidos.
Nem sempre a gente consegue aceita-la tão rápido"
-Meu amor por favor- choro enquanto me sento em frente ao seu túmulo- me diz que não é verdade, fala que você vai voltar logo pra mim- beijo sua lápide- nossa história só começou, então por favor, volta pra mim.
"Uma hora você está com a pessoa, brincando, conversando, pintando as unhas"
-BETTY- rio quando Jughead acorda e vê que estou pintando suas unhas
-Calma meu amor, eu só queria ver como ficava em você- rio mais ainda da cara que ele faz.
-Ah, mas agora você vai pagar por isso- então, ele começa a rir e pula em cima de mim pra começar a fazer cócegas.
-Jug- começo a gargalhar, aquele dia foi tão bom, a gente riu tanto.
"e segundos, minutos ou horas depois
você está se lamentando em cima do caixão."
R.I.P. Forsythe Pendleton Jones III
Aqui jaz um grande poeta. Nada deixou escrito. Este silêncio, acredito, são suas obras completas.
"Flores, uma pele pálida e o corpo pressionado em um pedaço de madeira, pra meses depois aquilo tudo virar pó.
Apenas pó enterrado no pó.
Engraçado... Algumas pessoas nunca vão deixar de fazer falta."
-Você promete nunca me deixar?- pergunto a ele após acabar "a culpa é das estrelas".
Ele se vira para mim e me olha cauteloso.
-Sabia que não deveríamos ter olhado a culpa é das estrelas de novo, você sempre fica triste e faz a mesma pergunta- me dá um sorriso fraco.
-Mas eu sempre tenho que ter a mesma certeza né?- sento no colo dele.
-Claro que sim- pega na minha cintura e me puxa para si.
-Então?- arqueio a sobrancelha.
-Sua boba, claro que sim- cerro os olhos- tudo bem, eu prometo- abre o sorriso mais lindo do mundo.
-Assim tá melhor- sorrio.
-Eu te amo- ele pega na minha nuca e me puxa para um selinho.
-Eu também te amo- e acabamos a noite suados na cama, transpirando nosso amor, que a recém começou, e está longe de terminar.
