— Acho que já exploramos o bastante por hoje, pessoal — Jimin disse para a câmera, parecendo cansado. — O vampiro deve estar por aqui em algum lugar… Com certeza tem um esconderijo secreto. Mas vamos continuar a caçada amanhã, porque agora preciso comer e descansar.
Ele guardou a câmera e foi até a sala de jantar para comer, mas parecia estranho sentar sozinho e em silêncio total naquela enorme mesa de ébano vazia.
Então subiu as escadas e entrou no primeiro quarto que apareceu em seu caminho, se jogando na cama macia e soltando uma exclamação de satisfação ao finalmente tirar os tênis e relaxar os músculos.
O quarto era escuro, assim como o resto do castelo. Jimin mal podia distinguir os móveis das sombras que cobriam o aposento.
— Cara, esse trabalho cansa! Hora de uma refeição digna, porque eu mereço — disse alegremente, tirando da mochila um pacote de salgadinhos de cebola. Ele amava aquilo, apesar de meio fedido e esfarelento.
Abriu o pacote e quando estava prestes a abocanhar o primeiro anel de cebola, sentiu algo se mover na escuridão.
— Veio me fazer companhia pro jantar? — perguntou ao ser escondido atrás da enorme cortina branca com bordados em azul.
— Não seria mais prudente jantar à mesa? — a voz rouca perguntou.
— Por que?
— Não seria adequado comer neste local. Além disso, esta coisa é um tanto… Mal cheirosa — sua voz se encheu de repulsa.
Jimin pensou um pouco e riu.
— Não quer que eu suje seus lençóis, é isso?
Sem resposta. Ele entendeu o silêncio como um "sim".
— Se eu for comer na mesa, você vem comigo?
Ele esperou mais algum tempo, ainda sem resposta, somente um silêncio profundo; só sabia que o vampiro ainda estava ali porque podia ver seus olhos escarlates brilhando em sua direção.
Jimin deu de ombros e começou a comer, julgando que o ser não se importasse tanto assim já que sequer lhe respondeu.
— Está bem! — a voz disse em um tom aflito, rendendo-se.
Jimin sorriu, imaginando estar fazendo algum progresso, mas ainda sentia que havia um longo caminho pela frente.
Percebia que o ser jamais baixava a guarda enquanto o observava silenciosamente. Era como se estivesse se sentindo ameaçado com sua presença ali.
Park desceu sozinho e quando chegou à sala de jantar, logo avistou os olhos do vampiro na extremidade mais escura do cômodo.
Sentou em uma das cadeiras e começou a comer. O monstro apenas o observava, sem sequer piscar.
Estava confuso, acuado. Como Jimin entrara ali? Um ser humano normal jamais conseguiria e isso o intimidava, apesar de considerar vergonhoso se sentir assim diante de um mero mortal.
— E então… Por que gosta tanto das coisas limpas e bem arrumadas? Eu imaginei o lar de um vampiro como algo um pouco… Diferente.
Sem resposta.
Jimin suspirou e recostou o tronco nas costas da cadeira, colocando os pés em cima da mesa.
O vampiro grunhiu.
— Poderia demonstrar modos ao menos quando está à mesa — reclamou em um tom quase gutural.
— Desculpe. Eu sei, deve ser chato alguém entrar na sua casa, mexer nas suas coisas… Mas eu quero me aproximar de você e não sei como. Você só se dirige à mim pra me dar bronca — lamentou, tirando os pés da mesa.
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amaranthine ★ jikook
FanfictionReza a lenda que na Colina da Morte, há muitos anos, bruxas se uniram para selar um monstro que ameaçava a paz. Ele era tão perigoso que sua prisão foi escondida e jamais encontrada por ninguém, nem mesmo pelo próprio Rei do Inferno. Muitos anos se...