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A língua de Any se enroscava com a de Savannah em um beijo lento e intenso, fazendo Savannah soltar seu cinto e se sentar no colo de Any, sem jamais separar o beijo. Any arfou na boca dela e sorriu.

-- Eu preciso ir, Sav. – Any disse, sabendo que precisava ir para o hospital em alguns minutos.

-- Eu sei, só estou te beijando direito. – Savannah sussurrou contra sua boca.

-- Você sempre me beija direito. – Any replicou, voltando a beijar Savannah e a envolver seus braços ao redor dela. De repente o ar atmosférico ficou escasso e ambas respiravam com dificuldade.

-- Você vai me ensinar a dirigir amanhã cedo? – Savannah perguntou, enchendo de beijos o maxilar de Any, que sem perceber já tinha suas mãos passeando pela coxa e cintura de Savannah.

-- Amanhã bem cedinho. – Any respondeu, olhando-a com os olhos quase enegrecidos pelo desejo que, de tão intenso, transbordava. Savannah assentiu e voltou a beijá-la, arfando na boca de Any quando uma mão da menor apertou sua coxa e a outra a puxou mais para seu corpo.

Savannah, no intuito de aliviar um pouco o que sentia, pressionou seu corpo contra o de Any e deu uma leve rebolada, fazendo as duas gemerem.

-- Sav? – Any chamou contra a sua boca, sentindo Savannah repetir o movimento que, em seu pessoal, estava achando delicioso demais.

-- Hm? – Savannah murmurou, mordiscando o lábio inferior de Any. A menor pensou um pouco se diria o que pensava, mas acabou decidindo que sim.

-- Dorme em casa hoje? – Perguntou, ajudando com as duas mãos Savannah a friccionar seu centro contra o colo de Any.

-- Durmo... – Savannah respondeu de prontidão, gemendo baixinho ao sentir a unha de Any arranhar suas costas por dentro da blusa.

-- Amor... – Any chamou, inebriada com as sensações que seu corpo estava lhe proporcionando. – Você precisa me ajudar a parar agora, porque sozinha eu não tenho forças. – Any disse, pendendo o pescoço para trás e fechando os olhos quando sentiu a boca de Savannah fazer uma trilha de beijos de sua mandíbula até sua clavícula.

-- Eu não quero parar... – Savannah sussurrou, arrastando os dentes levemente pelo pescoço de Any.

-- Mas se sua mãe sair na janela de sua casa ela nos verá, porque o vidro da frente não é fumê. – Savannah bufou e a olhou. – Além do mais eu preciso ir.

-- Hm. Tem razão. – Savannah disse, saindo do colo de Any rapidamente. – Estou cansada hoje, Any. Acho que não vou dormir com você, não. – Any murchou na hora. Planejava dar mais um passo na relação, mas se Savannah não estava bem, não forçaria nada.

-- Está bem. – Any disse, se inclinando para dar um selinho em Savannah, mas percebeu que algo não estava bem. – Hey, o que foi? – Savannah respirou fundo e negou com a cabeça.

-- Desculpe, só foi estresse momentâneo. – Confessou, fazendo Any entortar a boca. – Vou dormir com você sim, não vou descontar frustrações em você, Any.

-- O que te frustrou? – Any perguntou.

-- É que você sempre me afasta, mas já passou. Podemos levar o Leo hoje? – Savannah perguntou mudando de assunto e Any assentiu.

-- Podemos. – Any respondeu olhando em seu relógio de pulso no momento seguinte. – E eu só te afastei agora porque Clara pode nos ver e porque eu tenho que ir. – Any disse, se debruçando sobre o banco do passageiro. – Que tal se formos jantar fora hoje?

-- Eu vou poder ficar abraçadinha com você? – Savannah perguntou. – Porque nos filmes os casais sentam um em cada lado da mesa e eu não quero ficar longe. – Any sorriu ao ouvir aquilo.

-- Podemos nos sentar uma do lado da outra, apesar de não ser o tradicional. – Any disse rindo.

-- Então está bem. – Savannah disse e Any assentiu. – Eu amo dormir abraçadinha com você. Fico feliz de dormir lá hoje. – Comentou, passando os dois braços ao redor de Any e colando os lábios nos dela.

-- Eu tinha outra coisa em mente para essa noite, além de dormir. – Any disse, mordendo o próprio lábio inferior para conter o sorriso ao ver os olhos de Savannah brilharem.

-- Você... está falando sobre o que estou pensando? – Savannah perguntou e Any deu de ombros.

-- Depende, está pensando em assistir filmes até amanhecer?

-- Huh... – Savannah disse um pouco desanimada. A risada de Any ecoou dentro do carro e ela se inclinou e deu um beijo no rosto de Savannah.

-- Estou brincando. – Any disse. – Eu estava me referindo a fazermos amor... – Any disse em um sussurro, analisando cada expressão de Savannah, a forma como seus olhos brilharam e seu sorriso se alargou. – Se você se sentir preparada para isso.

-- Siiim. – Savannah disse animada. – Deus ouviu minhas orações. – Any voltou a rir.

-- Pediu isso a Deus? – Any perguntou surpresa.

-- Para você não adiantava mais, você sempre me negava. – Savannah falou e Any riu novamente.

-- Sabe que não era por falta de vontade, não é? – Perguntou, uma de suas mãos estava no volante e a outra apoiada no banco do passageiro.

-- Sim. – Savannah replicou, levando uma mecha dos cabelos de Any até atrás de sua orelha. – Estou nervosa. – Savannah confessou rindo.

-- Não precisa. Se você mudar de ideia, mesmo que seja mais tarde, mesmo que seja durante... Você sabe... – Any disse. – Me deixe saber, por favor.

-- Eu não vou mudar de ideia. – Savannah disse. – Agora me dá um último beijo e vai, porque eu tenho aula já já e você vai se atrasar. – Ela disse, vendo Any assentir e se inclinar, roçando seus lábios nos dela antes de aprofundar o beijo.

Savannah arfou, amava a sensação de ter os lábios de sua namorada contra os seus.

-- Eu te amo. – Any sussurrou, dando um último selinho em Savannah. – As nove e meia passo aqui.

-- Também te amo. – Savannah respondeu. – Nove horas já estarei pronta. – Savannah disse rindo e Any assentiu, vendo Savannah abrir a porta de seu carro e sair.

A menor soltou o ar que nem sabia que prendia. Iriam mesmo fazer aquilo? Ah, se dependesse dela iriam. Ela prendeu seu cinto e ligou o carro, depois a rádio, cantando junto com a música enquanto manobrava o carro. Se ela estava feliz? Com certeza.

Em um piscar de olhos (Savany)Onde histórias criam vida. Descubra agora