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-- Pronto? -- Clara perguntou, vendo Savannah assentir com uma expressão confusa em seu rosto.

-- Sim, mas... Eu acho que eu estou com defeito. -- Savannah disse, olhando para sua própria intimidade.

-- Como? -- Clara indagou.

-- Eu ainda quero fazer xixi. -- Ela disse, vendo Clara arquear uma sobrancelha.

-- Então faz.

-- Não dá! -- Savannah negou.

-- Mas você não quer? -- Clara perguntou e Savannah assentiu.

-- Mas está preso, eu acho. -- Ela disse bufando em completa frustração.

-- Meu amor, como assim preso? Acho que vou conversar com seu médico. -- Clara disse, cogitando possíveis infecções.

-- Acho que a Any pode ajudar. -- Savannah disse, vendo sua mãe ficar ainda mais confusa.

-- E como ela pode ajudar?

-- A massagem dela me fez querer fazer xixi. Deve funcionar de novo. -- Se Clara pudesse ficar mais vermelha do que já estava, ficaria. Seus olhos se fecharam, caindo em percepção do que havia realmente acontecido.

-- Diz uma coisa, filha, você sentiu calor? -- Clara perguntou com objetividade.

-- Como sabe? Você também? -- Savannah indagou.

-- Seu coração acelerou?

-- Você é vidente? -- Savannah perguntou confusa.

-- Eu sou nova demais para ouvir isso. -- Clara disse para si mesma, rindo.

-- Acho que não vai sair, mamãe. -- Savannah dizia, alheia aos pensamentos de sua mãe.

-- Querida, o que sentiu não foi vontade de fazer xixi, foi uma coisa mais adulta. -- Clara explicou.

-- Então o que foi?

"Vontade de gozar." Pensou, mas não poderia explicar com essas palavras para sua filha.

-- Lembra que a mamãe explicou sobre seu cérebro brigar com a outra parte dele, às vezes? -- Indagou.

-- Mas você disse que demoraria para acontecer. -- Savannah falou ainda confusa.

-- Acontece que aparentemente tem algo próximo de nós que seu cérebro adulto parece gostar. -- Clara disse. Como explicaria isso para sua filha?

-- A massagem da Any? -- Perguntou, lembrando do toque da garota em sua pele, sentindo seu corpo voltar a incendiar.

-- A "Any", no geral. -- Clara disse. -- Não dá. -- Ela disse se levantando, negando com a cabeça. -- Não sirvo para isso, você deveria ter seis anos, céus. -- Falou bufando, constrangida. -- Vou ver se a Any te explica isso melhor, se não, vou ver com a Shivani.

-- Por quê?

-- Porque se a mamãe piscasse os olhos igual você, provavelmente este seria um momento onde aconteceria tal episódio.

-- Não entendi. -- Savannah disse.

-- A mamãe é ruim em explicações. -- Clara disse rindo.

-- Oh! -- Savannah disse.

-- Vem, vamos voltar!

[...]

A porta do salão se abriu e se fechou bruscamente e um Simon irritado e transbordando raiva entrara por ela, com um saquinho de lanches naturais e um porta copos com sucos naturais de laranja.

Em um piscar de olhos (Savany)Onde histórias criam vida. Descubra agora