4. Primeiro dia em Hogwarts

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Dalia ficou pensando naquilo que Draco tinha lhe falado, não era muita coisa porém já ajudava. Nem ela nem almofadinhas estavam muito a vontade no dormitório, então ela o puxou para cima da cama e ficou lhe fazendo cafuné até pegar no sono. Ao acordar, ela viu que almofadinhas não estava mais ali e correu a sua procura, até se esbarrar com Rony e almofadinhas saindo do dormitório masculino, abanando o rabinho e lambendo Rony.
- Oi, eu acho que seu cachorro veio me visitar durante a noite.
Rony fala enquanto acaricia almofadinhas
- Oie Rony, desculpa por isso, segunda vez em dois dias, ele deve ter gostado mesmo de você.
- Não tem problema, eu só quero algo em troca, você ainda não me falou seu nome.
Ele solta almofadinhas e chega mais perto de Dalia enquanto fala tirando uma mecha de cabelo que estava em seu rosto.
- Ashley, meu nome é Ashley Mann

Dalia e Rony caminharam juntos até o salão principal, até o Draco Malfoy do outro lado do salão os avistar, e depois da noite que Dalia e Draco tiveram ele não ficou contente. Rony levou Dalia até Harry e Hermione, e se embaraçou inteiro ao tentar apresentar ela formalmente ao seus amigos. Até que Dalia finalmente olhou para o outro lado da sala, e viu a cara de Draco como se alguém tivesse feito xixi nos cereais dele encarando eles. Draco estava sussurrando para Pensy que não lhe agradou.
- A partir de agora a gente namora.
- Porque eu? E não vai conseguir deixar Ashley com ciúmes por isso.
Ele lançou um olhar sombrio de desgosto para Pansy, e do nada passou o braço no ombro dela.

Então todos foram para as suas aulas, Rony se ofereceu para sentar com Dalia durante a aula de poções com o Horácio Slughorn. Enquanto ele explicava sobre alguma (que Dalia claramente não estava interessada), ela estava mexendo no estojo de Rony à procura de mais tinta, quando achou uma pulseira feita à mão de linha escrito Dalia B, que ele havia feito com ela na semana que ela foi mandada a prisão juvenil.
- Quem é Dalia B?
- aa-apenas uma paixão de infância.
- E porque você guarda aqui?
- Pode soar bobo, mas para estar com uma parte dela comigo.
Dalia corou, tentou responder mas gaguejou e depois desistiu, pensando em como eles foram felizes fazendo elas.

Dalia foi atrás do Snape, e pediu se poderia ajudar ele no tempo livre. No início ele não gostou muito da ideia, mas acabou deixando, era 14:00 e eles estavam corrigindo provas de poções, quando Dalia perguntou baixinho.
- Professor Snape, desculpa incomodar, mas chegou a meu conhecimento que você quando era adolescente criou seu próprio feitiço, como você ... conseguiu?
Severo levantou desconfiado e olhou no fundo dos olhos de Dalia
- Porque?
- Bom, eu não gosto de falar disso para ninguém, mas a única pessoa que eu realmente amava foi tirada de mim, por algo que eu ainda não descobri como matar, mas eu quero tentar, eu quero conseguir, eu quero que sinta a mesma dor que ele sentiu antes de morrer.
Snape se lembrou que a não tanto tempo atrás estava exatamente igual, então apenas levantou uma sobrancelha e voltou a corrigir as provas
- Se você realmente se empenhar em me ajudar em horários extras, eu poderia tentar te ajudar, mas não faça eu me arrepender disso.

Durante o resto do tempo que Dalia estava lhe ajudando ele lembrou do momento da morte da Lily como um flash, tudo ficando em câmera lenta enquanto ele entrava e via o grande amor da sua vida morto, e corre para segura-la no colo com os olhos lacrimejando e abraçando fortemente, não querendo a deixar ir embora mesmo sabendo que ela já foi, até que Dalia faz um barulho sem querer com a cadeira e percebe ele saindo dos próprios pensamentos e secando os olhos cheios de lágrimas. Ela sabia que não poderia contar a ele quem ela realmente era, mas poderia dizer como entendia sua dor, sem contar que seu pai e o professor Snape se odiavam, então se ela contasse talvez ele não a ajudasse.

Dalia estava no corredor após terminar de ajudar o Snape, quando Draco passou encarando com um olhar que parecia ver até a tua alma, até que ele segurou o braço dela abriu o armário de vassouras.
- Eu não consigo lembrar de tudo que aconteceu ontem direito...
- Acho que você deve ter bebido demais então
- ... Mas eu sei que não vai ficar assim.

Draco se aproximou olhando de cima para baixo de Dalia, e inesperadamente lhe deu um beijo, ambos estavam sentindo fogos de artifícios percorrendo seus corpos inteirinhos, o beijo era repleto de desejo misturado com pegadas fortes. Draco a pegou no colo e empurrou contra a parede, enquanto com a outra mão puxava seu cabelo de leve.
- Draco... alguém pode entrar
- Isso é a menor das minhas preocupações
Dalia o empurrou levemente e chegou bem perto conseguindo sentir o calor dos corpos mesmo não estando com seus corpos se tocando, e sussurrou em seu ouvido
- Eu não sou tão fácil Malfoy.

Dalia saiu do armário de vassouras toda descabelada, e esbarrou com o Rony sem querer que foi tentar ajudar ela a se arrumar e pediu o que tinha acontecido, até o Malfoy sair do armário de vassouras desarrumado também, ele já imaginava o que tinha acontecido mesmo que não tenha acontecido. Então continuou andando como se nada tivesse acontecido mas dava pra ver em seu rosto que isso mexeu com ele.

Dalia seguiu Rony tentando fazer ele falar com ela, então ele com uma cara de magoado apenas se virou e pediu
- Você e o Malfoy? A quanto tempo? Porque-e
- Rony, nada aconteceu, ontem a gente bebeu um pouco e hoje ele queria tirar satisfação, e fomos escondidos para coisas como essa não acontecerem.

Ele não acreditou e estava indo para o dormitório enquanto Dalia o seguia, os quadros estavam discutindo a respeito de em que lado eles estavam dessa discussão, então ela teve um ideia, ela esperou eles ficarem sozinhos.
- Rony, sou eu, Dalia
Rony estava em choque, sem saber se estava feliz ou triste
- Dalia??? C-como?? Porque nunca respondeu minhas cartas? Meu deus você não sabe o tanto que senti a sua falta, você não sabe por quanto tempo eu te esperei, m-mas que ***
Então Dalia alterou as memórias dele e fez ele esquecer que tudo isso tinha acontecido. Seus olhos encheram de lágrimas e ela voltou para seu quarto ficar sozinha com Almofadinhas e ler um dos diários de seu pai, tentando manter o foco do porque ela está ali.

Spilled blood - Dalia BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora