2. Uma rosa vermelha

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Os dias se passavam, Regulus achava determinação de Dalia parecida com a de Bellatrix, principalmente o gosto pelas artes das trevas, mas por motivos diferentes.
Todos os dias enquanto Regulus não estava perto, ela saia atrás de lugares abandonados onde ela poderia por seus feitiços em prática.
As vezes ia ao beco diagonal, sempre se identificando por Ashley Mann (como mencionado anteriormente, que ela trocou de nome com uma menina da prisão), comprava animais pequenos, como aranhas para testar seus feitiços, mas eles nunca chegaram a conhecer a mansão Black.

Imperius era fácil, em poucos dias ela conseguiu realizar, mas ao resto das imperdoáveis ela ficava irada em não conseguir. Mesmo sabendo que era errado, ela nunca quis algo tanto em sua vida, como conseguir todas as maldições imperdoáveis.
Em alguns meses, a maldição cruciatus começou a dar sinal de vida, fraca mas eficaz, mostrando que ela estava no caminho certo.
A cada feitiço que Regulus a ensinava, mais ele pensava sobre como ela deveria interagir com mais pessoas, do que ficar apenas trancada em casa com ele e que não poderia deixar sua vingança tomar conta dela, porque se não quando acabasse ela estaria vazia.

Regulus foi a procura de Dalia, que estava em seu quarto, quando achou cópias de algumas folhas dos diários coladas nas paredes, com fotos, anotações e nomes, tudo ligado por um fio vermelho. Embaixo da foto de cada um que de alguma forma contribuiu para a prisão de seu pai, havia uma folha com escritas em letras maiúsculas de todos os pontos fracos, como famílias e amigos, pois ela teve bastante tempo livre para ir em formato de animaga espia-los. Mas isso não era tudo, para cada nome havia um possível destino, um plano detalhado de como iria se vingar. Quando ele viu tudo isso, teve certeza que ela estava pronta para por em ação, e que em pouco tempo seus desejos mais sombrios estariam virando carne e osso.

Regulus contou que o dementador que matou Sirius era aliado de Voldemort, assim como Peter Pettigrew era um comensal da morte, e que antigamente ele também era. Os olhos de Dalia encheram de lágrimas de raiva, pensando em como ela nunca havia desconfiado disso.
Ela se transformou em coruja, e saiu voando pela janela meio aberta, indo para godric's hollow. Onde estava a lápide de seu pai, ao lado de James e Lily, mas quando ela olhou para baixo viu uma única rosa vermelha, igual a que tinha no buquê na frente da lápide de James e Lily, sem estar congelada ainda, mesmo estando nevando, então alguém esteve ali a pouco tempo. Seria possível que alguém de fora acreditasse que seu pai era inocente? Pensando na probabilidade de ter sido Harry que colocou, já que Sirius era seu dindo, ela voou para Hogwarts. Ela ficou sentada como coruja em frente a uma janela, observando de longe.

Quando bateu os olhos em Ronald Weasley, seu amor de infância sentado junto ao Harry no meio do salão comunal. Seu estômago começou a se remexer e as pernas fraquejarem e velhas memórias voltaram à tona, beijos inocentes na toca dos Weasley's, as brincadeiras com perebas e as pegadinhas do Fred e do Jorge e mesmo depois de tantos anos e mesmo sem ter a intenção ele conseguia fazer ela se sentir como uma garotinha novamente.
Dalia perdeu a noção do tempo quando avistou o ruivo de olhos claros e brilhantes, dando altas risadas com Harry e Hermione, enquanto comia um feijãozinho de todos os sabores escondido para não dividir. Quando Dalia percebeu já estava tarde, então voltou logo para casa, pensando em quando iria ver Rony novamente e tentando evitar o assunto de que Regulus já foi um comensal da morte.

No outro dia Regulus estava a ensinando poções, era dia de aprender a fazer Veritaserum a poção da verdade mais forte e perigosa que tem, sem gosto, sem cheiro nem cor, sendo ideal para descobrir tudo sem a pessoa desconfiar, já q com apenas 3 gotas até você sabe quem revelaria todos os seus maiores segredos. Tendo em mente que leva 1 mês pra ficar pronta, mas ela já tinha na cabeça em quem usar, que assim que essa poção e outras de extrema importância e poder, com mais alguns feitiços de um grau mais avançado (a maioria proibidos), e estaria pronta para a próxima parte de seu plano.

Era inverno, os flocos de neve caiam delicadamente no chão formando uma camada fofa e gelada de neve, Dalia estava sentada na frente da janela lendo um dos diários de seu pai, estava lendo a parte em que ele estava contando sobre a mãe de Dalia e como ele soube sobre a sua morte, até Regulus subir e falar que o café da manhã estava pronto e que ela deveria usar algo mais quente. O dia estava lindo, as crianças trouxas brincando de guerras de bolas de neve e esquiando de trenós. Regulus e Dalia foram dar uma volta, onde encontraram uma casa cheia de rosas vermelhas, como as que ela havia visto outro dia na lápide de seu pai e na de James e Lily, Regulus contou era a casa da Petúnia e que Harry morava com ela depois do que aconteceu com seus pais. Dalia foi tentar arrancar uma, só que ao pegar ela se cortou com um espinho, caindo 3 gotas de sangue, que com um potinho pequeno que tinha em sua bolsa, ela recolheu com um pouco de neve. Ao se levantar, olhou pela janela e avistou Harry deitado em sua cama segurando uma foto dele com Rony e Hermione, um pouco chateado antes de um velho gordo rabugento entrar e começar a brigar com ele. Então Dalia e Regulus voltaram para casa, ao chegar ela subiu para seu quarto correndo e tirou de uma prateleira um mapa antigo, virou o sangue e a neve que ela pegou quando se cortou e jogou em cima, murmurando baixinho um feitiço localizador, tentando rastrear o rabicho, quando o sangue começou a se mover sozinho e parou em cima de Hogwarts. Era o que Regulus precisava para mandar Dalia a Hogwarts.

Spilled blood - Dalia BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora