Parte 6

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O parque flamboyant continha um lago enorme com alguns patos, ao redor cheio de árvores e passagens de pontes de madeiras. Um lugar bonito com parquinhos para crianças e tinha idosos fazendo caminhada, jovens correndo, pessoas com bicicletas e até grupos jogando futebol, futebol americano sem camisa e adolescentes com vilões.
Apesar de ser um parque em um bairro de pessoas ricas da cidade, tinha também pessoas de classes mais baixas que vinham para curtir uma boa tarde.
Bruno me buscou em casa, usando seu carro que era um Hyundai Creta na cor branca, ele me explicou que o carro tava na oficina após um motoqueiro ter quebrado o espelho retrovisor enquanto estavam parados em um sinal vermelho.Será que era um péssimo momento para dizer a ele que prefiro motos ao invés de carros? Melhor não.

- Como a Valéria está?

Bruno pergunta quando saímos do carro, ele estava com uma manta xadrez no braço e uma cesta que tinha tirado do banco de trás. Me contento em não pegar na mão dele, mas andamos em busca de um lugar para nos sentar.

- Bem melhor, ela viu as hashtag no Twitter e me disse que nunca mais vai cair nisso. - Escolho uma árvore como sombra e ele me entrega a manta e eu forro a grama, nos sentamos enquanto o Bruno abria a cesta e retira uma garrafa de chá gelado de pêssego e duas taças.

- Chá?

- Percebi que você gosta disso. - Ele admite. - Vi as 20 garrafas em sua geladeira.

- Confesso ser uma viciada. - Admito a ele.

Bebia do chá e estava delicioso naquele dia quente, estava tão quente que eu usava um vestido de tecido leve, vermelho com estampa de margaridas e com alças finas. Bruno também estava confortável, usando bermuda caqui e uma camisa floral, sapatenis novamente.
EU queria poder rir, mas não ia rir dele por usar sapatenis.
Brindamos com nossas taças e olhamos para o lago e vimos um casal passar com algodão doce.

- Tá aí uma coisa que eu amo.

- Algodão doce? - Pergunto e ele confirma com a cabeça.

Me levanto indo até o casal.

- LAYLA? - Bruno me chama enquanto eu vou até o casal, pergunto aonde compraram e eles me aponta um carrinho.

Aceno para o Bruno enquanto eu sigo para o carrinho, compro três algodão doces, um rosa, um branco e um azul. Retorno para o Bruno que estava sorrindo.

- Isso tudo é pra mim?

- Para mim também, seu guloso.

Abria o pacote rosa e pego um punhado de açúcar puro e levo para a boca do Bruno que abocanha com tudo, meus dois dedos ficam presos em seus lábios, ele chupa e eu sinto um trimilique em meu núcleo e puxo minha mão.

- Bruno, isso foi...

- Sexy Anatomy. É eu sei. - Ele brinca e eu não resisti o beijando novamente.

Algodão Doce (+12) Onde histórias criam vida. Descubra agora