PARTE II: A busca por mim
— Qual era o nome dela?
Era horário do almoço quando Baekhyun abandonou o ateliê e escapuliu antes mesmo que seu agente pudesse dar sua falta. Chanyeol estudava pelo período da manhã e trabalhava à noite, de maneira que o único período em que ele podia se encontrar com o Byun sempre seria do horário de almoço até um pouco antes do pôr do sol, ele havia explicado ao artista na noite anterior enquanto trocavam mensagens e enviara o endereço de sua casa para Baekhyun.
Acatando a sugestão do pintor, Chanyeol e Baekhyun decidiram que iniciariam a busca pela modelo refazendo toda a rotina da mulher. Acreditavam que dessa forma poderiam encontrar algo que passou pela polícia, talvez alguém com quem a modelo tivesse conversado ou algo que ela tinha visto. Eles não sabiam, mas tinham esperanças.
Seguindo as instruções do GPS, Baekhyun encontrou o complexo de apartamentos em que morava a modelo e o irmão. Chanyeol já o esperava do lado de fora, e sorriu em reconhecimento ao notá-lo no volante.
E, por alguma razão que fugia do conhecimento de Baekhyun, ao sair do carro e encontrar o Park em toda sua glória alta, covinha na bochecha e sorriso afetuoso, ao invés de um cumprimento, tudo o que ele pôde esboçar foi um repentino e confuso "Qual era o nome dela?".
A pergunta abrupta pegou tanto o Byun quanto o Park completamente desprevenidos, deixando um Baekhyun avermelhado pela ligeira grosseria e um Chanyeol preso entre o choque e a diversão.
— Que tipo de pergunta é essa? — no fim, o mais alto se rendeu a diversão, rindo alto.
Baekhyun, que ainda se sentia envergonhado, tentou desconversar, mas ao perceber como Chanyeol parecia realmente interessado, explicou:
— Eu trabalhei com sua irmã, como você sabe, mas ela nunca me contou o nome dela. E eu confesso que também nunca perguntei. Agora me arrependo um pouco disso.
— Então você espera que eu te conte o nome dela? — Chanyeol replicou, liderando o caminho na direção do complexo. Por cima do ombro ele pôde ver o mais baixo assentir, e isso o fez rir mais baixo. Aquele tipo de coisa, deixar plantada esse tipo de mistério, era algo característico de sua irmã — Não posso te contar.
— Por que não? — Baekhyun quis saber quando alcançaram as escadarias, sua voz ecoando pelo corredor vazio e pouco iluminado. Não era um edifício muito bonito, não possuía um elevador nem portaria, apenas uma longa escadaria que levava aos andares dos apartamentos.
— Se ela quisesse te contar, ela já teria dito, Baekhyun. — era uma das primeiras vezes em que Chanyeol disse o nome do pintor, e o Byun não pôde deixar de notar, concluindo que seu nome na voz na grave do Park era muito agradável — Ela não contava o próprio nome para muitas pessoas. Espero que entenda.
O Byun não entendia, mas não insistiu no assunto.
— Chegamos. — de repente, dando fim àquela conversa, Chanyeol anunciou.
O interior do apartamento não era muito diferente do design do prédio. Era pequeno compacto, mas estranhamente familiar. Possuía poucos cômodos. A sala, a cozinha, a lavanderia e o que parecia um quarto particular eram condensados em um único cômodo, cada função da sala designada por algum móvel: a televisão na parede delimitava até onde ia a sala de estar, ao passo que o fogão e a pequena geladeira atrás do balcão mostravam onde deveria ser uma cozinha; uma pequena máquina de lavar ao lado da geladeira identificava a lavanderia e o sofá-cama aberto no centro de tudo revelava a função de quarto.
Tudo parecia muito limpo e organizado, repletos de porta-retratos com fotos do Park e sua irmã. Algumas fotografias da formatura, em parques, nos feriados. Baekhyun notou como em todas havia apenas eles dois, nada de fotos com os pais, avós ou primos.
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ela (outro eu, que é você)
FanfictionBaekhyun é um artista plástico que se prepara para sua próxima exposição. Para isso, seu agente contrata uma série de modelos femininas para modelar para suas pinturas. Dentre tais rostos, um em especial o cativa, pertencendo a uma estranha mulher d...