Entre o sol e a lua

28. REVELAÇÕES

Um pequeno raio sol penetrava o quarto através de uma fresta na cortina, Irei abriu os olhos azul claro e admirou o menino que dormia a seu lado, fazia um tempo desde que pôde observa-lo dormir daquela forma tão tranquila.

- Bom dia, meu fofinho.

Disse Irei fazendo cafuné e dando pequenos beijinhos em Ariel.

- Cala a boca... Eu quero dormir, para com isso.

- Mas eu não quero que você durma.

Disse ele rindo e insistindo em perturbar o jovem ruivo.

De repente o garoto parou e olhou sério para o herboriano.

- Eu decidi te contar... Fiquei pensando nisso durante a parte da noite que você me deixou descansar haha.

Falou o ruivo vermelho.

- Tem certeza ? Eu não quero te forçar a isso, sei que deve ser uma coisa delicada.

- Meu pânico de palco começou um ano antes de conhecer você e Mirai, bem haveria uma apresentação e eu ia cantar e apesar de sempre ter sofrido bullying isso nunca me causou de fato alguma fobia, porém no dia da apresentação um certo grupo que implicava comigo colocou uma erva na minha água, erva está que modificava o som da voz, dava coceira e inchaços.

Ariel começou a falar e Irei ouvia atentamente tudo o que ele dizia.

- Eu passei muito mal na frente de todos, foi uma humilhação... Eles riram tanto de mim. Depois daquilo eu tentei denuncia-los mas a escola nada fez pois eles eram nobres e a instituição não iria contra suas famílias, então eu recorri a meus pais porém a única coisa que saiu de suas bocas foi... Que a culpa era minha por ser tão inútil e descuidado, depois disso adquiri fobia de palco e qualquer coisa onde a atenção seja voltada para mim.

- Agora eu descobri que seus pais são realmente escrotos em qualquer instância, antes eu achava que eles apenas não gostavam de nós.

Ariel deu risada.

- Sim, você tem razão mas eu acho que não devo mais deixar isso reger minha vida e a minha vontade. Você me ajuda?

Irei abriu um largo sorriso e prontamente respondeu, tomando o namorado nos braços.

- É claro que sim! O que você me pede que eu não faço?

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- É a sua décima queda ! Não era pra sua fênix ajudar?!

Gritou Radassa, que estava sentada numa cadeira no canto da grande sala de ensaios, a qual o tablado agora era puro gelo.

- Olha só eu estou ajudando ok! Eu melhoro habilidades, não faço milagres!

Respondeu a fênix vermelha.

- Desculpa gente, eu juro que estou tentando o meu melhor. Vamos tentar mais uma vez do início. A é ! Radassa como anda o figurino?

Disse Rute enquanto tentava levantar do chão sem escorregar.

- Muito melhor que a coleografia devo dizer hahaha. Acho bom você fazer algo incrível, só assim para chegar aos pés da sua roupa.

A dama apertou o play e o ensaio continuou.

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A atmosfera da sala de reunião estava tensa, todos estavam focados na mesa onde se encontrava um mapa tridimensional da Academia Elementar.

- Então como vemos aqui estamos cercados, é óbvio que estão armando está tocaia a muito tempo, há inimigos por todos os lados.

Disse Dom apontando para a floresta ao redor, onde se podia ver uma quantidade considerável de soldados inimigos acampando.

- Mas quem são eles ? Somos neutros, não temos rixas com os quatro reinos, então o que eles querem?

Perguntou Eredon aparentemente confuso.

Todos na sala olharam para a diretora aguardando o fim do mistério que rondava aquele ataque.

Alicia estava visívelmente tensa, ela limpou a garganta e começou a falar.

- Bem creio que todos saibam que nossa aluna Rute de Além Mundo é especial, mas eu não contei tudo a vocês, na verdade eu menti... Para vocês eu contei que ela era uma erboriana perdida e para ela eu disse que todos vocês sabiam de tudo, porém a verdade é que ela é a princesa perdida da profecia.

- Não pode ser !

Disse o velho senhor espantado.

- Sim, é verdade os únicos que sabiam disso além de mim eram Radassa, Dom e Ryder que descobriu por ser muito observador ou melhor dizendo fofoqueiro.

Desdenhou a bela mulher.

- Acredito que eles estão aqui para buscar a menina e terminarem o trabalho.

Afirmou Dom.

- Não meu caro, em nenhuma hipótese eles estão vindo mata-la. Há mais uma coisa que eu não disse nem a vocês e principalmente a Rute.

Falou a diretora com o semblante sério e o olhar preocupado.