NOITCELFER | PJM • JJK [CONCLUÍDA]

sorria e acene

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PARK JIMIN

ㅡ Ele é o reflexo do Inferno na Terra. ㅡ O homem de cabelos castanhos, que segurava o meu braço, disse com convicção.

Eu não sabia mais o que estava acontecendo ali, porque até para um sequestro aquilo estava muito estranho. Eu imaginei que colocariam uma arma na minha cabeça e ligariam para o meu pai pedindo quarenta mil reais pela minha salvação. E se o plano deles fosse aquele eu sinto muito, porque meu pai, certamente, lhes entregaria cinquenta apenas para não me devolverem de volta.

ㅡ Olhem ­ㅡ tomei voz, tentando acabar com aquilo da melhor forma possível ㅡ Tudo bem vocês gostarem de cultos estranhos ou essas coisas, eu super respeito, de verdade. Mas me deixem ir, pelo amor de Deus ㅡ supliquei, tentando fazer com que sentissem pena de mim.

ㅡ Faz sentido! Se lembram da lenda do espelho? ㅡ O homem de cabelos azuis me ignorou totalmente ㅡ "Nós somos nossos próprios demônios e fazemos desse mundo, nosso próprio inferno".

Eu conhecia aquela frase.

ㅡ Isso é Oscar Wilde? ㅡ franzi o cenho. Eles foram de mafiosos para satanistas para filósofos muito rápido.

ㅡ Oscar o que? ㅡ O moreno que segurava meu braço perguntou, com uma careta. O homem engravatado, que parecia ser o chefe deles, estava sentado em minha frente, com um copo de whisky em mãos.

ㅡ Isso não importa agora. ㅡ O azulado me soltou para se levantar, porém, antes que eu pudesse fazer menção em correr ele se virou de volta, com uma postura elegante. ㅡ O apartamento está trancado, a boate está cheia e a música alta, se você gritar, espernear ou fazer outra coisa, não vai adiantar em nada. Ninguém vai escutar. ㅡ avisou, esmagando a esperança que eu tinha de fugir dali. ㅡ A lenda fala sobre um espelho que liga dois mundos, o Inferno e a Terra. Talvez ele... ㅡ apontou para mim ㅡ Seja o reflexo do inferno na Terra.

ㅡ Que ótimo, era só isso que eu precisava mesmo, uma cópia de Jee-min ㅡ Revirou os olhos, goleando seu whisky.

ㅡ Cara, eu realmente não faço parte de nada disso e... ㅡ Me auto cortei, tentando puxar o ar. Estava nervoso, minha respiração tremia, minhas mãos estavam geladas e eu não sabia se deveria mesmo abrir a boca. ㅡ Eu só quero ir para casa, por favor ㅡ senti vontade de chorar.

ㅡ Se for embora você corre perigo, é isso que quer? Porque se for, faça as honras. ㅡ O chefe da quadrilha se levantou, apontando para a porta com a mesma mão que segurava o copo. ㅡ será um peso a menos na minha vida.

ㅡ Morrer? ㅡ Seu lacaio de cabelos castanhos perguntou e eu agradeci a ele por isso.

ㅡ Jee-min acordou, quanto tempo você dá para ele descobrir a existência desse daí? Porque cá entre nós, ele vai saber que não acordou daquele abismo por sorte. ㅡ Eu já não tinha certeza se aquilo era uma simples pegadinha.

ㅡ Quem é esse Jee-min? Francamente, vocês não explicam nada! Eu não sei mais o que fazer, não quero gritar com vocês porque uma bala de fuzil na minha testa não é muito bem o que eu quero, mas se eu ficar quieto eu vou sair naquela rua e vou topar com esse tal Krap que, com certeza, deve ser algum agiota que me confundiu com algum chefe de máfia ㅡ disparei, soltando as palavras com rapidez.

ㅡ Ele é corajoso pelo menos. ㅡ O de cabelos azuis comentou com o outro lacaio do chefão, apontando pra mim

ㅡ Ele está respondendo o Diabo, não é coragem, é burrice ㅡ retrucou.

ㅡ Ah! ㅡ ri nasal. Aquilo estava ficando absurdo ㅡ O Diabo, era só o que me faltava. Se for assim eu sou a Branca de neve.

Se for para morrer, que seja lutando, né?