Se passar por ele fará você o preferido? Até quando pode forjar o seu sangue?

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JEON JUNGKOOK

Todos nós fomos interrogados pela polícia. Eu não menti, mas precisei esconder muitas coisas deles. Permanecer naquele lugar estava me fazendo colapsar, os policiais não paravam de fazer perguntas, a perícia fotografava o corpo inerte de Park e as distantes sirenes das ambulâncias ecoavam na cobertura, fazendo tudo em meu corpo entrar em desordem.

Tudo iria explodir! Tudo estava explodindo e...

ㅡ Jungkook! ㅡ Ergui minha cabeça de uma vez só.

Eu estava no corredor da delegacia, me mantive com as mãos na cabeça o tempo inteiro, tentando impedir que minha mente me autossabotasse com as imagens da cobertura. Já amanhecia quando o advogado me chamou, se agachando em minha frente.

ㅡ Você precisa me tirar daqui ㅡ ordenei, com as mãos inquietas.

ㅡ Eu tirarei, mas primeiro preciso saber o que houve. ㅡ ajeitou os óculos.

ㅡ Eu te conto. ㅡ Hoseok apareceu no corredor, com um copo plástico de água na mão. Ambos iriam ir até a sala de interrogatório, mas antes disso eu chamei novamente pelo doutor Kamphorst.

ㅡ Preciso falar com a mãe dele. Eles confiscaram o meu celular ㅡ Contei, vendo o homem tirar seu celular do terno para me entregar, pedindo para que não ligasse para mais ninguém.

Andei até o banheiro, me escorando na pia antes de discar o número de Clara. Eu era bom em memorizar as coisas e dessa vez isso me foi muito útil. Enquanto a ligação chamava eu tentei me manter calmo, não sabia o que estava acontecendo comigo, eu estava fraco e não conseguia pensar direito. Era como ser humano.

ㅡ Quem é? ㅡ Clara atendeu o telefone. Pelo som externo ela não parecia estar em casa.

ㅡ Jungkook.

ㅡ O que aconteceu? ㅡ Perguntou, fazendo minha garganta fechar.

Por eu ser um ser do "alto escalão divino" eu era vulnerável e limitado a sentir dor, por isso apenas armas prateadas podiam me ferir ou, em poucos casos, me matar, como a de Jennie, que apenas me matava caso cruzasse o meu coração. Além disso, eu não tinha pena de ninguém. Lido com mortes e sangue o tempo inteiro, mas com Park parece ser a primeira vez.

ㅡ Me desculpa. ㅡ pedi, com a voz mansa. ㅡ Jee-min nos achou.

ㅡ O que aconteceu?! ㅡ Perguntou mais alto. Ela parecia estar indo para um lugar mais pacato, uma vez que o barulho de conversas paralelas sumiu.

ㅡ Eu tentei salvá-lo, mas não consegui, Clara ㅡ Prendi minha mão livre nos cabelos, tentando aliviar a tensão ㅡ Volte pra casa, sua mãe precisa de você.

ㅡ O que quer dizer com isso? Fala de uma vez, droga! ㅡ Gritou do outro lado, angustiada.

ㅡ Jimin não está mais aqui. ㅡ disparei. Era como tirar um curativo, se tirarmos rápido ele dói menos ㅡ Vai para casa e não sai, tá bem? Daqui a pouco a imprensa vai descobrir e eu não quero os holofotes em cima de vocês.

ㅡ Não brinca com essas coisas. Isso não é verdade ㅡ sua voz embargou.

ㅡ Eu prometo que não vou deixar as coisas como estão. ㅡ prometi em um tom firme. firme. ㅡ Vai pra casa. ㅡ repliquei antes de desligar a chamada, respirando fundo para me recompor.

Depois disso eu dei o meu depoimento oficial, repetindo tudo o que o advogado havia me orientado. Mantemos o que de fato aconteceu, mas ao invés de um demônio sanguinário (que nem mesmo o advogado tinha ciência) falamos que alguém que não gostava de mim entrou na casa mascarado, um hater. Ele matou quem eu amava para me atingir e em sua fuga tentou roubar um pertence que era de Hoseok, mas que precisou sair às pressas.

NOITCELFER | PJM • JJK [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora