Almas Gêmeas [SwanQueen]

15. Capítulo Bônus

Créditos da segunda e quarta imagens (fanarts) usadas na montagem a "@seli_na_w" e a "reginassavior", nessa ordem.

Pov Regina

Levo a taça de vinho aos lábios e tomo um pouco do líquido, olhando de relance para Emma, admirando sua beleza sob o efeito tremulante das velas. Estamos em um charmoso restaurante, numa mesa perto do terraço, com vista panorâmica para um dos parques mais conhecidos de Londres.

É a última noite que passaremos na cidade, onde estamos há alguns dias em nossa lua de mel tardia. Nos casamos há mais de um ano, mas só agora eu consegui tirar uma licença da prefeitura para podermos finalmente viajar e termos esse tempo a sós.

— É uma pena que precisamos ir embora amanhã — ela comenta, virando o rosto para olhar o horizonte com expressão enternecida.

Deixo a taça sobre a mesa e acompanho o seu olhar.

— Também acho... Mas, infelizmente, preciso estar na prefeitura logo cedo na segunda — lembro num tom quase irritado.

Seu olhar encontra o meu e ela coloca os cotovelos na borda da mesa apoiando o queixo nas mãos, antes de me lançar um sorriso complacente.

— Quem te ouve falar assim, pode até pensar que você não adora ser a prefeita de Storybrooke.

Devolvo o sorriso, recostando-me mais na cadeira.

— Eu gosto! — admito — Mas confesso que esse segundo mandato está sendo bem mais estressante que o anterior — suspiro — Ainda bem que falta apenas dois anos para terminar e aí, Sra. Swan Mills — projeto-me para frente, deslizando uma mão sobre a toalha e ela faz o mesmo, entrelaçando seus dedos aos meus — Nós poderemos ter uma lua de mel de um, dois, enfim de quantos meses você quiser em Londres, ou em qualquer outro lugar.

Olhando-me de um jeito extremamente afetuoso, ela afirma: — Eu te amo tanto!

Aperto suavemente a sua mão que permanece entrelaçada à minha e implico com ela: — É impossível você me amar mais do que eu te amo!

Parece pronta para replicar, mas somos interrompidas pelo maître que se aproxima da mesa. Viramos o rosto para fitá-lo ao mesmo tempo que o homem fala:

— Desculpe-me interrompê-las — ele se curva um pouco para a frente de modo cerimonioso — Mas os pratos das senhoras já serão servidos. — Anuncia e desfazemos o aperto das mãos quando os garçons trazem os nossos pedidos. — A senhora deseja mais um pouco de vinho?

Assinto levemente com a cabeça e ele pergunta o mesmo para Emma. Ela diz que prefere continuar apenas com a água e um dos garçons enche sua taça, enquanto o outro despeja mais vinho na minha.

Os três homens se afastam e o aroma maravilhoso da comida estimula meu apetite.

— Parece delicioso! — Comento, olhando para o pernil de cordeiro com batatas na minha frente.

— Parece mesmo! — Ela concorda e no momento em que ergo o rosto para fitá-la, flagro-a admirando de um jeito bem cobiçoso o conteúdo do meu prato.

Emma pediu crepes à francesa, mas eu diria que não parece minimamente interessada em sua própria refeição.

— Seus crepes também estão com aparência muito boa! — Digo, sorrindo para ela.

— Ahn?! — Finalmente tira os olhos do pernil para me fitar, mas ainda com ar distraído. — Sim, meus crepes também parecem ótimos. — Concorda, porém sem qualquer empolgação.