cartinhas e declarações

finais sendo finais.

Agora adultos, vejo que perdemos a magia por várias coisas. As séries que víamos demasiadas vezes já não nos serve mais; adormecemos nos primeiros vinte minutos. As roupas de casais tornaram-se vergonhosas; caímos na risada todas as vezes que recordamos da nossa antiga vontade de sair por aí, combinando peças.

Não que amadurecer seja algo ruim. É que toda vez te encaro, vejo momentos, lembranças. Das quais me trazem paz, e ao mesmo tempo enchem meu peito de dor, e aí penso sobre o tempo que tenho estado ao teu lado. Caramba.

E quantos questionamentos fiz a mim mesmo, se era suficiente para você, se estava certo em continuar algo que eu sabia que iria acabar por minha causa? Não sei, costumava me autodepreciar muito na minha adolescência.

Acho que deixei de lado as tais inseguranças quando vi que você sorria para mim até mesmo quando eu estava completamente sujo de pasta de dente, porque era atrapalhado demais e não conseguia ficar alguns minutos sem me sujar por inteiro. E aos seus olhos, aquilo não era vergonhoso, pelo contrário, era fofo.

Queria ponderar mais um zilhões de coisas que, com o tempo, pude enxergar melhor. Talvez pudesse fazer isso. Mas quero, por agora, desprender-me destas cartas, pois estarei procurando outra forma de explicar o que sinto por ti.

Na verdade, não há data que me cerque da possibilidade de te apreciar. E é por isso que estou aqui, escrevendo cartinhas bobas com momentos que mexem e remexem meu coração, declarando todo o meu amor por você.