past to present

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o passado pode até
ter caído em esquecimento
mas os sentimentos não, eles sempre estiveram lá.

2006.

—Você me prometeu, agora tem que cumprir. —falou o menor fazendo bico

—Eu vou cumprir, vou voltar pra Busan sim, ok? —falou o mais velho apertando as bochechas do mais novo ali. Minho não queria ir embora, mas por conta do trabalho da mãe que estava indo para Seul, ele tinha que a acompanhar, afinal só tinha sete anos.

Jisung, chorava baixinho para que Minho não se sentisse mal, Jisung sabia que Minho não queria ir, sentia isso, mas ambos não poderiam fazer nada.
Minho abraçou Jisung apertado, pela última vez, e deixou algumas lágrimas caírem, queria se fazer de forte, mas não sabia como, então assim que se separou de Jisung, limpou as lágrimas silenciosas na manga de seu casaco azul escuro.
De longe as mães de ambos os olhavam também com lágrimas nos olhos, elas sabiam a conexão que os filhos tinham desde que se conheceram, sempre foram muito próximos, sabiam que estavam sofrendo por se separarem, sabiam que os dois se amavam, mas também sabiam que os amigos um dia iam se reencontrar, não por agora. Mas iriam.
—Filho, vamos. Vamos perder o voo caso não saiamos agora. —falou a senhora Lee.

Minho olhou para Jisung, ainda tentando se conter e em seguida, foi até a mãe. Jisung observou quietinho vendo o mais velho entrar no carro e depois acompanhou com os olhos o carro cada vez ficando mais e mais longe. Só então quando teve certeza que o outro não poderia ouvi-lo Jisung chorou, chorou alto, ele berrou o mais alto que pode, ele não queria ficar longe de Minho. A mãe de Jisung quando viu o filho daquele estado o abraçou tão apertado, ela não sabia o que fazer, ela não queria que o filho se sentisse assim, o olhava penalizada ao ver o rosto do filho encharcado enquanto a criança soluçava.
Distante dali, Minho que havia se segurado de todas as formas que podia, chorava também, já estava sentindo falta do mais novo e a única coisa que podia fazer era chorar até não conseguir mais, ele sabia que Jisung estava chorando e pensar nisso, o fazia sentir mais e mais vontade de chorar.

2010

Aos dez anos, Jisung chegou a conclusão que seu Minho havia mentido pra ele, se passaram quatro anos e ele não havia recebido uma notícia se quer, nem dele e nem de sua mãe a senhora Lee, Jisung estava frustrado, com raiva e se sentindo traído, ele acreditava muito em seu no mais velho e ele queria ve-lo depois de tanto tempo e mesmo quando todos os seus amigos disseram pra ele que Minho nunca iria voltar porque já havia feito outro amigo ele se fez de doido e ainda tentou arranjar briga todos com eles.
Mas com o passar do tempo foi percebendo que isso talvez fosse verdade e que eles tivessem até razão, Minho não queria mais saber dele.

Por outro lado, em Seul, Minho se sentia completamente entorpecido, o pré-adolescente havia recebido a pior noticia que ele poderia que alguém de sua idade poderia receber. Analisava com calma o que acabara de ouvir.
Acidente. Carro na contramão. Mãe. Morte.
O menino não sabia o que fazer, não tinha pai.
Não tinha irmãos, agora não tinha mãe. O único parente que ele tinha que morava em Seul era seu primo por parte de pai, mas ele não queria contato com o tal primo, o rapaz tinha quase vinte e cinco anos e vivia as custas de sua avó que mandava dinheiro lá de Jeju da pequena pousada e fora isso ele não parecia gostar de Minho.
Minho ouviu baterem na porta de casa, fazia algum tempo que ele havia recebido a notícia, mas ele ainda estava na mesma posição que ficou após receber a ligação, assim que ouviu baterem de novo ele foi até a porta abrindo-a, dando de cara com seu primo que o olhou dos pés a cabeça, o olhar do mais velho ali era de quem parecia estar com pena do garoto,
Minho não sabia dizer.
—Hm, suspeito que você já tenha ouvido a respeito do acidente, eu sinto muito. —passou pela porta sem ao menos ser convidado. —Nossa avó também, ela pediu pra você arrumar suas roupas e bom... pegar seus documentos, ela vai resolver as coisas, aparentemente você vai ficar com ela, já que meus pais não moram aqui e bem, nossa família parece ter alguma praga ou algo parecido para perder tanta gente. —o primo de Minho falou enquanto analisava a casa.
Minho não falou nada apenas passa pelo primo indo em direção ao quarto, pegou poucas coisas, nada além de algumas mudas de roupa junto com uma toalha que cabiam na mochila e sua escova de dente.
O primo o encarava enquanto ele pegava os documentos que ele com certeza precisaria e depois o seguiu indo em direção ao carro.
Minho não parecia triste para quem o visse de longe assim, afinal o que se espera de alguém que perdeu a mãe é algo parecido com um show, choro pra todo lado e etc. Mas não, Minho parecia tranquilo. Era o que pensavam, mas estavam completamente errados.

Algumas horas depois quando chegou no local onde seria feito o velório de sua mãe, Minho ao ver sua avó conversando com seu primo sobre o que faria a respeito dele, o garoto se aproximou de onde estava a foto de sua mãe e chorou tanto quanto no dia que seu pai morreu, chorou mais do que quando partiu de Busan, ele chorou como nunca havia chorado, se perguntando o que iria fazer agora, que havia perdido seu único suporte, a única pessoa que o entendia, ele pensou o que seria de sua vida sem sua amada mãe, como iria viver agora que ela se foi, ele chorou, por saber que nunca mais poderia vê-la, nem toca-la e muito menos abraça-la. Seu primo o encarava junto com sua avó, incertos de como agir, não eram próximos nem de Minho e nem de sua falecida mãe, então Seongho o primo de Minho foi até ele junto com sua avó Bonghee, se ajoelharam próximos a ele e o abraçaram em seguida se desatando a chorar os três presentes, Seongho chorava por sentir a tristeza que Minho exalava ali, sua avó chorava pois amava a nora, mesmo não sendo próxima, a visitava vez ou outra e colocavam a conversa em dia, falavam sobre o pai de Minho, Minhyuk e sobre tudo o que dava na telha.
Os três choravam.
E então Minho pensou em Jisung, sabia que o dia de se verem novamente estava cada vez mais distante e com isso pensou também: "Jisung saberia como me consolar agora, afinal de contas ele ficou comigo quando meu pai morreu"
Não que estivesse se desfazendo de Seongho, muito menos de sua vó, mas ele queria Jisung ali e pensar nisso o fazia chorar mais.

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Cap um pouco grandekkkk
Esse cap foi um falshbackzin das memórias de infância dos dois, é algo que eu desde o começo pensava em fazer, n sei se ficou bom.
Espero que gostem

Sunset - Minsung- Onde histórias criam vida. Descubra agora