Era uma Monarquia paradoxa, na qual a humanidade estava a mercê de vampiros. Presos em sua cidade, tendo de oferecer seus corpos, alma e sangue para os seres superdotados, os humanos não possuíam mais algum espírito de liberdade.
Vivendo uma vida em...
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Meus pés batem com força nos pedregulhos da floresta, doloridos pelo impacto dos meus saltos sobre elas. Minha respiração acompanha um ritmo descompasso, e meu coração bate tão forte, que sinto pela a primeira vez ele presente. É inusitado como quando estamos prestes a morrer, finalmente sentimos que estamos vivos.
Empurro vários galhos de árvores para que o caminho fique livre, e assim, possa correr contra o tempo e pela a minha vida. Eu sinto o cheiro da morte em meu encalço, provavelmente eles estão ao meu lado, mas não posso parar de tentar fugir só pela possibilidade da proximidade dos caçadores, seja longe ou perto, parar seria minha morte certeira. Preciso ser forte uma única vez.
A floresta é densa com várias vegetações que dificultam a passagem, fazendo cócegas em meus braços, mas tenho que me manter forte. As árvores são grandes então posso dar voltas entre elas e dificultar a visão para os caçadores. Eu não faço ideia onde isso pode me levar, mas preciso correr até achar um esconderijo.
Meus olhos se inundam d'água por culpa do medo, dificultando cada vez mais minha visão. Eu tento correr rápido, mas meu anseio me cega ao ponto de não conseguir ver nem um palmo direito a minha frente, somente consigo sentir meus braços batendo bruscamente em árvores enormes e ocasionado em hematomas em meu corpo. Se eu continuar nesse ritmo, não poderia garantir minha vida.
Eu poderia desistir aqui, após ver que não conseguia mais aguentar. Meus pés estão inchados e minhas coxas doem pedindo por alívio, minha consciência me mostra cada vez mais que é desnecessário continuar a correr contra vampiros, e eu deveria me entregar logo a morte. Corro cada vez mais devagar desesperançoso de um final feliz para mim, porém, a imagem de meu falecido pai aparece em meus pensamentos como um gatilho nesse momento desesperador.
— Jungkook! Céus, garoto. Você é muito teimoso. — O homem velho comentou ranzinza me empurrando para entrar em casa, enquanto me debatia para fugir de seus empurrões.
— Eu vou brincar! — Esbravejei sem medo de desobedecer uma ordem sua.
— Sabe, garoto. Você é muito determinado quando quer algo, só espero que não perca isso quando crescer. — O homem ditou em pesar, massageando seus fios negros como um costume.
Não. Eu não iria desistir meu precioso pai, não agora. Somente iria desistir de minha vida quando fosse realmente o fim.
Enxugo minhas lágrimas, correndo cada vez mais rápido pela a floresta, tentando apaziguar o medo das sombras que aparecem ao meu lado, transformando em coragem. Um sorriso aos poucos aparece em meu rosto ao sentir que poderia vencer essa batalha se fosse persistente. Eu deveria lutar mais um pouco, tentar até que eu perca minha mente, meu corpo, e sangue. Continuo a correr até encontrar um local de descanso, olho por todos os lados vendo se encontro um caminho alternativo, porém por culpa de minha distração, não sinto uma mão chegando perto de meu ombro direito. Percebo somente quando já estou caído no chão, resmungando pela dor do impacto.
