8| Trauma

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Boa Leitura

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"Meu estômago se revira,  olhar nos olhos daquele garoto é como uma punição mas firme que qualquer olhar vermelho

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"Meu estômago se revira, olhar nos olhos daquele garoto é como uma punição mas firme que qualquer olhar vermelho. Os seus olhos não são como uma imensidão clara como o mar, nem ao menos são a tranquilidade que o vermelho sangue traz, e nem são tão padrões como um olho castanho. Eles são a transparência de terras perdidas não antes conhecidas.

Uma incógnita, um verdadeiro misterioso, mas que te pune como um ancestral.

- Hyuna, está tudo bem? - Edward, meu marido põe as mãos em meu joelho e acaricia o local com cuidado.

- Eu não sei, é que... eu não sei exatamente o que fizemos. - Ao pôr minhas mãos cobrindo minha boca, sinto elas tremendo em contato com minha pele ressecada.

- Como assim, Hyuna? Tentamos enfraquecer o inimigo. - Edward franziu o cenho me encarando de cima para baixo.

- É só uma criança...

- Você conhece a lenda. Aquele garoto é a sombra dos nossos pesadelos. - Edward leva sua mão ao meu ombro e endureço com seu toque.

Não que pudesse discordar de sua indagação, mas definitivamente não me sinto pronta para lidar com o que poderia acontecer. Em minha cabeça, o olhar daquela criança cria ódio e fúria por tudo que fizemos ela passar. Não demos um aviso, mas sim fizemos um chamado para o futuro.

- Estamos loucos, isso definitivamente é a coisa mais burra que minha mãe fez. - Bato a mão no estofado da carruagem assustando Edward que recua com a sobrancelha levantada e a boca espremida.

- Me desculpe. - Cubro meu rosto em vergonha

- Nunca mais diga isso em voz alta, ou eu te matarei por deslealdade a rainha. - Seu tom é calmo, mas entendo a ameaça.

Edward e eu estávamos prestes a se casar, mas às vezes sentia que seu amor por minha mãe era maior que qualquer sentimento construído por nós dois. Às vezes, sentia que nós não existiríamos, se não houvesse minha mãe. Eu não consigo amá-lo sabendo que nunca serei amada.

Saímos da carroça assim que chegamos na frente dos portões do castelo. Como a organização Sangue na Rosa é gigante, muitos se organizam na frente dos portões de prata para nos receber com glamour. Entre a multidão, procuro por ele, o homem que me mantém sã, aquele que me faz encarar uma vida. Vida. É algo que nunca consegui sentir, por mais que nós vampiros forjemos a vida, eu não sinto que sei o que é: viver.

Porém aquele homem me dá vida, ele traz algo que não tenho, mas posso ter o mínimo de sentimento quando o vejo. Tenho a impressão que ao lado dele posso ter uma ideia do que é parecido com isso que os humanos e bruxos dizem ter dentro de si, algo que sempre nos acusam de não ter, algo que posso concordar parecer invisível. É tão abstrato, mas neles é tão vivo.

667: O sangue dos olhos Onde histórias criam vida. Descubra agora