3| VAMPIRO ESTRANGEIRO

1.5K 219 57
                                    

Usem a #667Vminkook no twitter
Boa leitura 🩸⚰️
____________

Abro meus olhos pela manhã, sentindo os raios de sol batendo em minhas pálpebras avermelhadas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Abro meus olhos pela manhã, sentindo os raios de sol batendo em minhas pálpebras avermelhadas. É uma tortura sentir a luz batendo em meus lumes ardidos, mas tento ignorar, somente levantando logo para acabar com a dor.

Não há forças para sair, viver uma vida que me foi imposta, porém me mantenho forte pois não existe opção melhor. A morte é acolhedora, mas aquela que mais tememos. Posso desejá-la, como agora, contudo em meu fundo eu prefiro milagres do que me render ao fim de minha vida.

Arrasto meus pés pelo chão até a cômoda no quarto, em busca de uma roupa para me vestir adequadamente. Abro a gaveta e vejo várias roupas iguais, sem nenhum traço de singularidade. Não vejo diferenças, então pego qualquer uma indo em direção ao banheiro.

Tento ser rápido em minha higienização para não me atrasar ao que for acontecer em seguida, mas estava tão sujo. Fungos se grudaram em meu pé, depois da corrida contra a morte, e tive que arranca-los com facas, além de meu corpo inteiro estar cheio de lama e precisar lavar com mais intensidade. A sujeira tinha se tornado parte de meu corpo, clara em me mostrar que eu sou uma carne suja e barata para todos esses vampiros. Sou mais um humano sujo.

Quando acabo, visto meu uniforme e saio do quarto sem olhar para trás. Andando pelo corredor, vejo uma agitação no corredor, pessoas indo de um lado para o outro, sem olharem muito para onde estão indo. Isso me dá otimismo, não sou o único então que acordou agora, deve significar que o horário de se levantar é esse.

Sigo algumas garotas que tinham recém saído de seus quartos, esperando que alguém ou até mesmo elas me notem e digam o que devo fazer. Parece estranho, mas é como se todos fizessem parte disso a anos, não existe novatos aqui, todos já sabem o que fazer e nem ao menos há perguntas. Me sinto deslocado, estou confuso, mas nem me atrevo em perguntar onde devo estar.

Sigo as garotas e chego no que imagino ser a sala de jantar dos empregados. Somente há eles, saboreando de pães recheados de creme e açúcar, outras massas folhadas, bolo de chocolate. Uma mesa farta para todos que trabalham ali.

— Vamos garoto! O que está esperando para se sentar conosco? Irá perder o café assim. — Madalena grita da janela para que eu sente, antes de entrar pondo mais pães salgados em cima da mesa.

Obedeço a velhinha e me sento na cadeira vazia, espremido com alguns rapazes ao meu lado. Pego um bolo de chocolate e ponho em meu prato, pegando os talheres e me encolhendo para comer. Não queria conversar com ninguém, nem ao menos ser notado.

— Olha só! Um novato, pela primeira vez na história, acordou cedo. — Um rapaz de madeixas azuis e olhos da mesma cor alarma todos com um sorriso torto.

— Isso é incrível! Sempre eles ficam com fome e passam mal no primeiro dia. — Outro garoto, de aparentemente mesma idade, sorri olhando para mim com interesse. Devo estranhar suas intenções? Não posso dizer pelo sorriso dos garotos se são somente crianças querendo brincar com a sorte, ou realmente mau intencionados.

667: O sangue dos olhos Onde histórias criam vida. Descubra agora