Parte 4

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Com o barulho da chuva, com a casa quentinha e um bom lugar para dormir, não tardou para que os rapazes dormissem, aliás nem todos dormiram pois o mais velho continuou alerta, porque não confiava na velhinha que lhes tinha tratado muito bem e aparecido do nada, e pelo motivo de sempre ouvirem falar da bruxa que vivia na floresta e do nada ela lhes conta que ela não existia.

E mesmo tentando se manter alerta, acabou por dormir e depois da velhinha ter notado isso, pôs-se a sair de casa, mas numa hora daquelas, com a chuva para onde é que ela iria? - Não sei, vamos descobrir juntos!

_Conseguiste uma boa carne pra nós, mas eles parecem tão magros. - Disse uma voz masculina estranha.

_Eu sei que são magros, no entanto eu não estou a lhes dar minha comida à toa, quero muito que eles engordem para que possamos nos deliciar deles. - Terminou a frase com um riso malévolo, aqueles bem assustadores mesmo.

_E hoje o que faremos com eles? Já dormiram? Eu quero muito chupar sangue do mais novo, estou muito debilitada. - Disse uma outra senhora, com uma voz muito frágil. - estou doente, concluiu.

_Hoje, só vamos lhes brincar um pouco, pois ainda estão frágeis e fraquinhos - kikiki, terminou com o seu riso estranho.

_Então vamos entrar na sua casa, não vejo a hora de brincar com as tripas desses miúdos, a quanto tempo eu não via crianças nessa floresta, depois de terem te descoberto. - disse o senhor estranho!

_Enfim, vamos entrar e parem de me lembrar dos erros do passado! - retorquiu a velhota, um tanto irritada.

E entraram na casa e as crianças ainda continuavam dormindo feito uns anjinhos.
Então a velhota, foi lá espreitar a eles para ter mesmo a certeza que eles já estavam a dormir e sim, eles já tinham apagado.

_Já dormiram, venham até aqui! - Chamou os seus companheiros.

_Deixa eu pegar no meu pequeno, oh já me vejo com boa saúde com um pouco do sangue dele. - sorriu maléficamente.

Começaram a brincar com eles, e quando tentava morder o mais novo algo aconteceu:

"Alguém lançou gerglim na fogueira" , e acabou espantado os feiticeiros, que saíram correndo e fazendo birra com a bruxa.

_Você nos enganou, eles não estavam a dormir, você é uma traidora. - Gritava a outra mulher muito alterada.

_Eles já estavam a dormir sim, eu juro. - disse a bruxa velhinha, com muita vergonha pelo sucedido.

_Vamos mas é embora daqui, amanhã voltaremos, se eles não estiverem a dormir, quem vai pagar é você traidora. - ameaçou então o senhor da voz estranha!

Amanheceu, e a primeira coisa que o mais velho disse aos irmãos foi:

_Vamos embora dessa casa, ela é a bruxa. - disse num tom de cochicho.

_Para com isso Pedro, você é sempre o pessimista! - foi logo interrompido pelos seus irmãos, que parece que estavam a gostar da nova casa e da nova vovó.

_Vocês esqueceram o que viemos fazer aqui? Vocês esqueceram do nosso trato? - Retorquiu Pedro.

_Não esquecemos, mas você deve descontrair, aqui estamos a comer bem, viver bem, vamos aproveitar Pedro. - Disse o João!

_Vocês sabiam que ontem, ela tentou nos matar e sugar o sangue do Lucas? Graças aos gerglim que eu trouxe de casa, que nos salvou. - argumentou!

_para com isso, mentiroso. Você quer é só ir pra casa e passar fome. Se quiser vai sozinho, nós vamos ficar aqui! - Disseram.

A velhinha apareceu, e chamou-os para juntarem-se a mesa com ela, aliás uma mesa com cheia de fartura, tinha de tudo, desde frutos à carnes diversas.

_Bom dia meus meninos, acordem e venham a mesa! - disse. Fiz o matabicho, imaginei que acordassem com fome. - terminou.

_Você quer mesmo ir embora Pedro? Você pensa mesmo que ela é bruxa? Pensa bem Pedro! - disse o João, enquanto se levantava lentamente para ir a mesa.

...

Os três irmãos e a bruxa (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora