CAPÍTULO OITO NATALIE

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Encontramos com Julian e ele nos guiou até o refeitório.

Estava lotado como sempre.

Achamos uma mesa vazia e nos sentamos.

Michael estava do meu lado enquanto Aline estava do outro.

Olhamos para a comida e Luke disse:

- Isso é muito gorduroso. Não quero nem pensar no teor de sódio que contém em cada grama desse hambúrguer.

- Por favor,ignorem o fato desse tapado ser meu gêmeo.-Aline disse com as mãos na testa.

Nós rimos.

Ashton pegou um hambúrguer e o mordeu com vontade.

-Caramba, isso é uma delícia.-Ele disse de boca cheia.

Michael pegou um bife, timidamente e cortou um pedaço. Levou até a boca e começou a mastigar inexpressivo.

- E então?-Perguntei.

- Isso é ótimo.-Ele sorriu.

Passamos o jantar rindo e brincando um com o outro.

Logo a sobremesa foi liberada e Michael praticamente surtou com o bolo de chocolate.

Julian nos mostrou o quarto depois do jantar.

Beliches próximas umas das outras.

Meninos e meninas juntos.

Escolhemos nossas camas.

Fiquei com a beliche de baixo e Ash com a de cima.

Michael ficou a de baixo da cama do lado da minha.

Era praticamente colado. Uns trinta centímetros de distância.

...

Ainda estávamos liberados até as onze da noite.

Eu estava com Aline, Bárbara, Ashton, Calum e Luke no fosso.

Não estava encontrando Michael em lugar nenhum.

Pedi licença para eles e comecei a caminhar pelos corredores rochosos.

Meus cuturnos fazendo uma ruído abafado ecoar.

Desci uma pequena e estreita escada de ferro e fui para o fundo do abismo.

A água ligeira, assoprando as pedras.

Comecei a andar por entre as rochas e avistei uma cabeça colorida pulando de uma pedra pra outra.

-Michael.-Chamei.

Ele se virou na minha direção e sorriu.

Fui até ele e olhamos para o rio.

- Te dá medo?-Ele perguntou.

- Não. - Respondi

- Te intimida?

- Um pouco.

- Te dá coragem?

-Muita.

Ele me olhou e sorriu.

-Você pensa como eu.

- Por  que tá aqui?-Levantei uma sobrancelha.

- Queria ver de perto.

- Muitos já morreram aqui.-Abaixei a cabeça.

- Ei, não fica assim.-Michael passou um braço por cima do meu ombro, me aconchegando.

- Eu fico pensando, como que o medo faz com que uma pessoa pense que a morte é melhor que o fracasso?-Eu disse.-Tinha um transferido da Franqueza,na iniciação da minha mãe,que se chamava Al. O medo o consumiu de uma forma, que ele simplesmente se jogou. Como isso pode ser melhor que se tornar um sem facção?

- O medo faz coisas estranhas com as pessoas.-Michael afirmou. - Eu acho que não adianta fugir dos nossos medos, todos temos, e se fugirmos, o medo vence, e isso eu não quero pra mim.

- Nem eu.-Ele sorriu e eu deitei minha cabeça no seu ombro.

Um silêncio confortável se instalou.

Se ouvia  apenas o barulho da correnteza da água.

-Está ansioso, pra começar o treinamento?-Perguntei.

- Claro, mal posso esperar para amanhã.

- Não, eu digo o treinamento para divergentes.-Expliquei.

- Ah..,estou...não acha que vão perguntar entre quais facções temos divergência, não é?-Ele perguntou incomodado.

- Acho que não.-Respondi. Michael parecia tenso.

Resolvi não perguntar sobre as suas facções Divergentes, porque era óbvio que ele ia perguntar as minhas também.

Por mais que eu gostasse e confiasse em Michael, não era seguro compartilhar essa informação.

Um tempinho depois resolvemos ir para o dormitório.

Nós nos deitamos e ficamos um de frente para o outro. Nos olhando.

Estiquei meu braço um bocadinho e pousei minha mão na sua cama. Ele sorriu e entrelaçou seus dedos nos meus.

Logo acabamos por adormecer.

Oi Oi, olha quem apareceu.
Desculpa a demora.
Bjussss da KRIPTO até o próximo capítulo X

Refulgent -5 seconds of summer and Divergente fanfiction #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora