Sete.

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Assim que chegou em casa Draco se jogou no sofá enquanto Harry carregava alguns livros que haviam alugado para que pudessem ler em casa, olhando para Draco indignado por ter que carregar tudo sozinho.

— Achei que o príncipe aqui fosse eu. — resmungou e Draco o olhou risonho, fazendo com que Harry se sentisse levemente bobo por ter esse sorriso direcionado para si.

— Eu estou lhe cedendo minha casa, nada mais justo que você virar meu burro de carga. — falou enquanto se sentava no sofá e estendia a mão para pegar dois dos livros que Harry carregava.

— Você é um filho da puta, Malfoy. –Imitou o loiro — levemente azulado — e se sentou enquanto colocava os livros em seu colo, abrindo um para poder começar a ler.

— Não xingue minha mãe, Potter. — Draco rebateu com um desprezo falso na voz e passou a ler também, os dois teriam uma tarde longa pela frente.

Mas isso não os desanimava, pelo contrário, Harry achou a leitura muito interessante, simplesmente o fascinou ler sobre bruxaria e feitiçaria, mas infelizmente nada do que ele leu lhe foi útil para saber se conseguiria voltar ao normal sem precisar encontrar sua "alma gêmea".

— Escuta, Potter! Aqui fala sobre almas gêmeas. — Draco exclamou e Harry se sentou ao lado dele, se atentando a ouvir e tentando ler o que estava escrito no livro que Draco segurava com cuidado. — "...Encontrar-se com sua alma gêmea pode ser uma tarefa difícil, mas não necessariamente impossível. Saberás que encontrou sua alma gêmea quando não sentir medo de perder esta pessoa pois sabe que têm uma grande conexão, não precisará forçar nada para que tenham alguma relação, se amarão sem que ao menos percebam e quando acontecer, não se lembrarão dos dias em que esteve sem esta pessoa..." — Draco terminou a leitura e prendeu o riso, achava mesmo que aquilo era uma bobagem, olhou para o príncipe ao seu lado que fixava o olhar no livro e então parou de sorrir. — Acha que é mesmo possível?

— Eu sei lá! Eu acreditava no começo, sabe? Mas acho que perdi minhas esperanças. Talvez essa merda seja uma mentira fodida e eu esteja fadado a viver sem ver visto ou tocado.

— Não seja tão pessimista, Potter. Vamos, temos que ter esperanças! Ainda tem mais dez folhas para ler. — disse e tornou a folhear o livro em suas mãos, sabia que se desistisse agora iria descumprir o que havia dito a Harry quando falou que o ajudaria a voltar ao normal. Terminou de ler o livro e continuava tendo o mesmo conhecimento sobre o assunto que procurava que tinha antes de ler o que estava escrito lá. — E aí? Encontrou algo? — perguntou para Harry que mantinha os olhos fixados em uma página dos livros.

— Aqui diz sobre quebrar feitiços... Mas para isso eu precisaria achar a feiticeira que me lançou o feitiço ou alguém tão poderoso quanto. — disse frustrado e fechou o livro enquanto suspirava. — Esquece, Malfoy. Foi bom ter esperanças enquanto durou, mas ter que ler isso tudo e perceber que não estamos chegando a lugar nenhum me deixa extremamente depressivo!

— Nem se atreva a desistir, Potter! Vamos, eu sei onde tem um lugar com mais alguns livros de feitiçaria. — se levantou e Harry o imitou, estreitando os olhos.

— Para onde vamos?

— Para a casa dos meus pais. — Draco disse enquanto pegava a chave de sua casa e enfiava no bolso da bermuda.

— Se tinha livros de feitiçaria na sua casa por que a gente não começou procurando por lá? — Harry perguntou confuso e Draco deu de ombros.

— Só é estranho para mim te levar lá, eu acho. — mas Draco não sabia dizer mesmo o porquê não tinha o levado lá antes.

Talvez fosse o sentimento de estar louco que ainda o assombrava as vezes, ou talvez fosse o medo de encontrar algo real quando chegasse lá. Sua mãe sempre o contou a história de Harry Potter como se soubesse de tudo e apesar dele já ter esquecido de metade de tudo o que ela havia lhe contado, sabia que o que sua mãe contava não era a mesma história encontrada no Google.

Toque. ~DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora