Joker

Quarto escuro

Emma corria demais, e seus passos faziam barulho devido a imensidade de água do lugar, cada passo que corria mais ele se aproximava, como se nada que ela fizesse ou por maior distancia ela criava nunca seria suficiente, pois ele estaria la.

No momento em que seus pulmões cediam ao ardor que a corrida provocara, Emma parou inclinando um pouco, e tudo que se lembrava era da lágrima escorrendo e uma força puxando-a pelo pescoço.

Tentava mexer as mãos, mas logo viu que estavam imobilizadas por uma corda presa a cama na qual estava deitada.

A garganta doía, e apesar de tentar falar algo, sua voz não conseguia sair de sua boca, a garganta inchada não permitia sequer que ela engolisse a própria saliva.

O quarto outrora escuro, se iluminou com o brilho vindo da porta recém aberta por ele.

-Acordou pequena? A voz grossa do homem provocava um arrepio assustador em Emma, como se o própio demonio estivesse ali naquele quarto.

Emma ficou quieta, não conseguiria falar, e ainda se conseguisse não queria falar com aquele cara.

Ele saiu da porta, e começou a andar rumo a cama, e apesar do feixe de luz provido da porta, não dava pra ver o rosto do homem, que com cautela ajoelhou do lado de Emma na cama e sussurrou em seu ouvido calmamente.

-Eu sou Gabriel, mas pode me chamar de Joker.

Emma fechou os olhos, com medo de tudo  aquilo, sua cabeça repetia as mesmas palavras sempre  "Joker ".

-Não consegue falar, gracinha?
Ele riu e Emma gemeu baixo ao lembrar da dor de sua garganta.

Joker beijou o pescoço de Emma, e a pressão dos beijos na garganta doía mais que qualquer dor que ela ja sentira em toda vida.

Emma já sabia o que iria acontecer a partir dali, e sentiu mais uma vez o rosto arder com a lágrima que caía sobre os arranhões em seu rosto.
E quando o corpo de Joker fazia bastante pressão sobre o corpo de Emma, quando ele se aproximava para morder a orelha dela, Emma teve certeza de que algo havia mudado.

O corpo dele relaxou, e ele ficou gélido.

-Eu.. Eu te machuquei? Meu Deus.. Me perdoa. Joker sussurrava para Emma.

A expressão dela era atônita, não era possivel a mesma pessoa mudar repentinamente.

-Por favor, permita-me que eu me apresente, sou Aly.

Ela sentiu o ar esvaziando de seu pulmão, sua garganta inchada não permitiu que passasse qualquer fração de ar, e então lembrando do nome de joker, dos nomes, ela desmaiou.