Eu lembro que as borboletas eram azuis, mas o céu não as camuflava, apesar de acreditarem que sim. Eu lembro que eu era uma delas, eu também acreditava.
Eu voava sem esperar nada. Voava porque queria, voava por voar. Até que um dia, descobri que o céu era artificial, que o dia era criação divina da criança que ainda vivia. Foi então que as asas desbotaram e eu cai. Costumava sonhar alto, portanto a queda quase me afundou.
Quando toquei o chão, reguei as plantas com minhas próprias lágrimas. Salguei o oceano de tanto chorar. Clamei à Ícaro que me emprestasse suas asas, para que eu, mais uma vez, pudesse me encontrar.
Ninguém nunca ouviu minhas orações. As lágrimas que desciam o meu rosto, rolaram em direção ao meu peito e transformaram-se em suor. Olhei para o céu mais uma vez, mas não foi preciso eu já estava lá.< E ai? >
![](https://img.wattpad.com/cover/253656462-288-k851589.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vem cá conversar.
PoesiaTudo aqui escrito é de minha autoria. Aceito críticas, sugestões, inspirações ou qualquer outra coisa que você tenha a oferecer.